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FRANCISCO SOUTO NETO no ano de 1987, através de antigos recortes de velhos jornais (e de algumas fotografias)

26 de fevereiro de 2012

Francisco Souto Neto – VELHOS JORNAIS, ANTIGOS RECORTES (Décadas de 40 a 90 do Século XX)

 

FRANCISCO SOUTO NETO no ano de 1987, através de antigos recortes de velhos jornais (e de algumas fotografias).

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O ANO DE 1987

 

Prelimiarmente, antes mesmo de iniciar a coleção de recortes de jornais, antecipo seis fotografias que sintetizam o ano de 1987:

 

Mais uma vez em Curitiba, a atriz Henriqueta Brieba vem almoçar comigo e minha mãe (de quem Dª Henriqueta era amiga).

Termina o Governo José Richa e começa o Governo Álvaro Dias. Nos primeiros dias do novo governo, assumi o cargo de Assessor de Diretor da Banestado Reflorestadora, e mantive o de Assessor de Diretoria para Assuntos de Cultura. Na foto acima, no meu novo gabinete de trabalho.

“Reunião com todos os presidentes do Banestado”, é o nome que dei a esta foto. São telas de De Bona, que mandei restaurar, e de Antônio Macedo e Vilmar Lopes, que mandei pintar para o acervo do novo Museu Banestado. Na foto aparecem também minha mãe e minha sobrinha Mara (segurando o Quincas).

Dia da inauguração do Museu Banestado. Nicolau Elias Abagge (presidente do Banco), Octacílio Ribeiro da Silva e Francisco Souto Neto (cujos nomes constam na placa de bronze), e outro diretor, o Aroldo dos Santos Carneiro.

No dia da inauguração do Museu Banestado: Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto, Edith Barbosa Souto e Grací Trény. Nos quadros ao fundo, dois ex-presidentes do Banestado: Emílio Hoffmann Gomes (que foi também Governador do Paraná) e Léo de Almeida Neves.

Nova caricatura de Rubens Gennaro, que foi usada como cartão de Natal de 1987. Na caricatura: Edith Barbosa Souto, Francisco Souto Neto e Quincas Little Poncho.

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Os registros do ano de 1987 começam com algumas chamadas dos jornais para o IV Salão Banestado que seria inaugurado no dia 5 de janeiro.

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RECORTES:

Em azul são palavras de Souto Neto. Em preto são transcrições do que foi publicado. Em vermelho são os nomes das pessoas que aparecem nas fotos. Em verde são os números das ilustrações.

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ILUSTRAÇÃO 1 – 1º recorte: Salão Banestado de Artistas Inéditos, Correio de Notícias, 4.1.1987. Legenda da foto: “Comissão organizadora e julgadora do Salão”. Aparecem na foto: Tadeu Petrin, Jorge Carlos Sade, Sofia Dyminski, Ricardo Krieger e Francisco Souto Neto. 2º recorte: Salão Banestado de Artistas, Diário Popular, 4.1.1987. 3º recorte: IV Salão Banestado, Folha de Curitiba, 6.1.1987. Abaixo:

 

Texto constante do 1º recorte acima:

Salão Banestado de Artistas Inéditos.

Neste dia 5, segunda-feira, Nicolau Elias Agabbe, presidente do Banestado, estará inaugurando o IV SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, na Rua Marechal Deodoro, 333, Curitiba, local onde está instalada a Galeria de Arte Poupança Banestado. Só então, durante as solenidades, serão conhecidos os nomes dos três grandes vencedores, e entregues os prêmios em espécie oferecidos pelo Banestado, e as menções especiais, aos artistas que se inscreveram ao certame e tiveram suas obras analisadas pela Comissão Julgadora formada pelos artistas plásticos Sofia Dyminski, Ricardo Krieger e Jorge Carlos Sade.

A cada ano vem aumentando o número de concorrentes ao Salão Banestado. Na quarta etapa que ora se realiza, inscreveram-se 256 obras, tendo sido classificados 42 artistas com 63 obras, a maioria da capital paranaense, mas com considerável porcentagem do interior, notadamente de Londrina. Mas outros estados federados também se fizeram representar, com inscrições até de Minas Gerais.

Francisco Souto Neto, Assessor de Diretor do Banestado, que em 1983 criou o Salão com Tadeu Petrin, diz no texto do catálogo: “Ao inaugurarmos o IV BSAI, encontramo-lo forte e consolidado, já incorporado ao calendário artístico-cultural da capital paranaense. A cada nova fase o SBAI suscita a expectativa e o  interesse dos artistas em estágio de desenvolvimento – pois a eles se destina o nosso Salão – em busca de informações e detalhes quanto ao regulamento e às inscrições. Temos, pois, a certeza da sua continuidade, mesmo que, no futuro, não mais aqui estejamos. Importa, isto sim, que o SBAI prossiga sob a égide de um mecenato, representando um espaço aberto, sem fins lucrativos, aos novos artistas que estão à espera de uma oportunidade para dar a público a sua obra, e de um estímulo ao seu talento”.

Acrescenta Souto Neto que o Salão Banestado só se tornou realidade em 1983, graças ao empenho do diretor Octacílio Ribeiro da Silva, que defendeu perante a diretoria do Banestado a sua realização e consolidação.

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Chamadas dos jornais para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos

ILUSTRAÇÃO 2Abaixo, 1º recorte: No campo de batalha (Aramis Millarch), O Estado do Paraná, 13.1.1987. 2º recorte: IV SBAI, Folha de Curitiba, 3.1.1987. Aparecem na foto: Tadeu Petrin, Jorge Carlos Sade, Sofia Dyminski, Ricardo Krieger e Francisco Souto Neto. 3º recorte: IV SBAI abre amanhã na Galeria de Arte Banestado, Jornal do Estado, 4.1.1987. Aparecem na foto: Tadeu Petrin, Jorge Carlos Sade, Sofia Dyminski, Ricardo Krieger e Francisco Souto Neto.

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Catálogo do IV Salão Banestado de Artistas Inéditos, assinado por Francisco Souto Neto:

ILUSTRAÇÃO 3 –

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Os artistas participantes do IV SBAI:

ILUSTRAÇÃO 4-

Relação dos artistas participantes do IV SBAI:

Artistas participantes: Álvaro Rogers Wambier Júnior, Annemarie Mueller de Fernandez, Antônio Luz Reis, Antônio Rizzo, Aristide Brodeschi, Arlene Senegaglia, Arlinda M. de Araújo Mendes, Ayrton Alírio Hecke, Caetano Augusto Rodrigues, Catarina de Castro Caputo, Christianne Ávila César, Dourival Miranda Conceição, Dulcirene Montanha Moletta, Edilson de Carvalho Viriato, Fernanda Maria Castro Paula, Horandina Fernandes Ferro, Ieda de Camargo Coelho, Ivo F. Martinez Filho, Jaqueline Bellani, José Antônio Lima, José Carlos Küster, José Márcio Pupulim, Julian Carlo Fagotti, Lory Maria Battisti Archer, Lourdes Miró Marcondes, Luiz Carlos Dalla Vecchia, Márcio S. Sborgi, Maria de Lourdes Brandão Hecke, Maria Dorothéa Barbosa, Marina Pimentel de Barros, Maria Regina Simonato, Mariza Pereira Pauluk, Marly Carrati Torrens, Marly Meyer de Araújo, Nilce Meyer Sabbag, Odila Santos Vallim, Regina Celi Negrinho, Ruth Garbi Assumpção, Sérgio Monteiro de Almeida, Tadashi Ikoma, Wilma C. Lima Zétola, Yara Oliveira de Moraes.

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Ata de julgamento e texto do convite para o IV SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

ILUSTRAÇÃO 5 –

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Detalhe do cartaz do IV SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos:

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Abaixo, oito páginas de um álbum com fotografias da abertura do IV SBAI, entrega dos prêmios, e convidados:

ILUSTRAÇÕES 6 a 13 – 

 

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Primeiras notícias após a inauguração do IV SBAI.

ILUSTRAÇÃO 14 – 1º recorte: Alcy Ramalho Filho, Gazeta do Povo, 9.1.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, José Márcio Pupulim (1º prêmio) e Nicolau Elias Abagge. 2º recorte: Banestado abre o Salão de Inéditos, Gazeta do Povo, 9.1.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto (cortado pela metade), Octacílio Ribeiro da Silva, José Márcio Pupulim (e não identificado). 3º recorte: Juril Carnasciali, Gazeta do Povo, 11.1.1987. 4º recorte: Gazeta do Povo, 6.1.1987. Abaixo:

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Notícias sobre a inauguração do IV SBAI.

ILUSTRAÇÃO 15 – 1º recorte: IV Salão, Correio de Notícias, 9.1.1987.Aparecem na foto: Elzi Zanoto Hohmann, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, José Márcio Pupulim, Nicolau Elias Abagge, e outros. 2º recorte: jornal não identificado. Aparecem na foto: Octacílio Ribeiro da Silva e Francisco Souto Neto. 3º recorte: Salão para inéditos está aberto – Jornal Indústria & Comércio (Tadeu Petrin) de 6.1.1987. 4º recorte: Gazeta do Povo (ACHO) de 6.1.1987. Abaixo:

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Notícias sobre o IV Salão Banestado.

ILUSTRAÇÃO 16 – 1º recorte: Resultados do SBAI (Alcy Ramalho Filho), Gazeta do Povo de 8.1.1987. 2º recorte: Artista inédito, Folha de Londrina, 7.1.1987. 3º recorte: Variedades – Jornal do Estado, 13.1.1987. Aparecem na foto: Fernanda de Castro e José Carlos Pupulim. 4º recorte: Correio de Notícias de 14.1.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Fernanda de Castro e Cláudio Seto. Abaixo:

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Notícias sobre o IV SBAI

ILUSTRAÇÃO 17 – 1º recorte: Salão Banestado premia artistas inéditos do Paraná – Jornal do Estado de 9.1.1987. Aparecem na foto: Vera Marques, não identificado, Francisco Souto Neto, não identificado, Octacílio Ribeiro da Silva, Nicolau Elias Abagge, Tadeu Petrin. 2º recorte: Folha de Curitiba de 6.1.1987. 3º recorte: Gazeta do Povo (Dino Almeida) de 21.8.1987. 4º recorte: Gazeta do Povo (Dino Almeida) de 20.1.1987. 5º recorte: Londrinense premiada no Salão Banestado – Folha de Londrina de 10.1.1987. Aparece na foto: Mariza Pauluk. Abaixo:

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Notícias sobre o IV SBAI e outro assunto (Aramis Millarch)

ILUSTRAÇÃO 18 – 1º recorte: Salão de Inéditos premia fotógrafa – Gazeta do Povo de 22.1.1987. Aparece na foto: Fernando Maria de Castro Paula. 2º recorte: jornal não identificado. Aparece na foto: Fernanda Maria de Castro Paula. 3º recorte: Jornal do Estado de 15.1.1987. Aparece na foto: Vera Marques. 4º recorte: Alcy Ramalho Filho – Acho – Gazeta do Povo de 17.1.1987. 5º recorte: Aramis Millarch – Tabloide – O Estado do Paraná de 9.1.1987. Abaixo:

Abaixo, texto constante do 5º recorte acima (Tabloide de Aramis Millarch)

Tabloide – Aramis Millarch (8.1.1987)

A Rádio Estadual do Paraná aceitou a sugestão da coluna e vai homenagear Newton Finzetto, cujos 10 anos de morte transcorreram a 6 de dezembro de 1986. Um especial está sendo montado sob coordenação do gerente-executivo, Lourival Pedrazzian (Palito) e uma placa deverá ser descerrada no estúdio que, oficialmente, tem o nome do fundador da emissora. Falando em homenagens, o vereador Luís Carlos Betenheuser apresentou há tempos um projeto dando o nome do radialista, homem de televisão e político Homero Silva (1920-1981) a um logradouro de Curitiba. A homenagem será concretizada em breve, através da inauguração de uma pequena praça, na confluência da Avenida Cândido Hartmann com as ruas Frederico Cantarelli e Desembargador Otávio do Amaral, escolhida pelo advogado Francisco Souto Neto, sobrinho do homenageado. Embora tendo nascido e vivido em São Paulo, Homero Silva tinha ligações com o Paraná. Nos anos 50, inúmeras vezes aqui esteve em função de programas que criou como o Clube Papai Noel, que tinha na antiga Guairacá, “A voz nativa da Terra dos Pinheirais”, uma versão local: o Clube Mirim M-5, criado e animado por Aluísio Finzetto. Homero Silva, criador do Clube Papai Noel em 1938 (que revelou inúmeros talentos INFANTIS), quando da inauguração da TV-Tupi, Canal 3, em São Paulo, foi um dos primeiros profissionais a aparecer no vídeo. Passou por várias estações de rádio e televisão, fez política na UDN, partido pelo qual foi vereador, deputado estadual e candidato a prefeito de São Paulo em 1958.

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Notícias sobre o IV SBAI.

ILUSTRAÇÃO 19 – 1º recorte: A propósito do Salão Banestado – Verônica Lago – Contra-Informação, Jornal de Cultura nº 8. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. 2º recorte: Artista de Paranavaí é ganhador do IV SBAI – Jornal não identificado. Aparecem na pequena foto: Elzi Zanoto Hohmann, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, José Márcio Pupulim, Nicolau Elias Abagge. Abaixo.

Texto constante do 1º recorte acima

A propósito do Salão Banestado (Verônica Lago)

Foi enorme a manifestação dos jornais paranaenses a respeito do IV SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, realizado durante o mês de janeiro do ano em curso, com chamadas quase diárias para todas as etapas do certame, tendo iniciado com informações sobre as inscrições e encerrado com a divulgação dos artistas classificados e premiados. A partir de então, o nome de José Márcio Pupulim pululou como o grande vencedor do Salão, seguido de Mariza Pauluk e Yara de Oliveira Moraes, constituindo-se estes nos três grandes prêmios de estímulo oferecidos pelo Banestado e escolhidos pela comissão julgadora formada por Sofia Dyminski, Ricardo Krieger e Jorge Carlos Sade. Sete foram as menções especiais, dentre elas a fotógrafa Fernanda de Castro, cuja bonita auto-foto xerocada, “Maternidade”, revelando-a grávida e com os seios nus à mostra, tomou as páginas de vários jornais.

Diversas foram as críticas ao SBAI, todas favoráveis, dentre elas a da jornalista Juril Carnasciali, em cuja seção dominical da Gazeta do Povo de 11.1.1987, comparou o IV Salão Banestado ao 43º Salão Paranaense, enaltecendo as qualidades do primeiro e colocando-o acima do outro.

É claro que isso tudo aguçou a minha curiosidade, e estive na Galeria de Arte Poupança Banestado quando a mostra já se encontrava na sua última semana. À entrada, em off da exposição e em homenagem à autora, um óleo sobre tela da grande revelação do ano passado, a ótima Jandira Martini, descoberta e projetada pelo Salão Banestado, e que já está se tornando a sensação entre os pintores naïfs brasileiros, e com elogios da exigente – e competente – crítica de arte Adalice Araújo.

Dentro do recinto da exposição, logo localizei, colocadas em local estratégico de modo a evidenciar-lhes a beleza, duas obras de Antônio Rizzo, um dos nomes que, sem dúvida, será de grande expressão na próxima década. De grande força, também, a obra de Aristide Brodeschi. José Antônio Lima, por seu turno, impressiona com o mórbido e forte “Meus fantasmas”, e Tadashi Ikoma (o pai) surpreende, saindo do seu habitual abstrato para sugerir um cavalo em meio às cores, com a delicadeza dos traços nitidamente orientais. Catarina de Castro Caputo, de Minas Gerais, exibe “Inês após o banho”, uma lito de finos traços dallinianos. Tudo bonito e conforme a imprensa noticiara.

O CRIADOR

Daí então a minha curiosidade ainda maior pelo trabalho do Francisco Souto Neto, assessor de diretor do Banestado e criador do Salão, a quem não conhecia e a quem entrevistei em sua residência, graças a um contato preliminar feito por um amigo em comum.

Fui recebida pelo Souto Neto, onde reside em companhia de sua mãe, Dona Edith, e de um minúsculo chihuahua, o Quincas (cujas diminutas dimensões eu imaginava que existissem só em livros de ficção), num apartamento amplo e elegante, cercado de quadros e livros, num misto de galeria de arte e biblioteca.

Inteirei-me dos fatos: contando com o apoio do diretor do Banestado Octacílio Ribeiro, que defendeu perante a presidência daquela instituição a ideia de realizar um Salão de artes plásticas, e com a ajuda de apenas um colega de nome Tadeu Petrin, o Souto conseguiu concretizar o primeiro Salão em 1983, e repeti-lo anualmente com sucesso crescente. Seu objetivo foi o de abrir uma nova porta par aos artistas principiantes, em estágio de desenvolvimento, para que os mesmos pudessem dar a público o seu talento e para que exercitassem a sua criatividade, estimulados pelos prêmios oferecidos pelo Banestado. De fato, os artistas, provenientes de vários estados federados, descobertos pelos primeiros Salões, estão alcançando notoriedade no panorama das artes plásticas do país.

ASCENSÃO E DECLÍNIO

Temos presenciado exemplos de órgãos públicos, ou de economia mista, que têm procurado promover cultura. Exemplo disso foi o BADEP, que conta com um belo espaço para exposições, e que há cerca de uma década – pela metade dos anos 70 – promoveu magníficas mostras, até internacionais, movimentando a intelectualidade paranaense. Isto é, há momentos em que tais empresas percebem que gastos culturais não representam despesas supérfluas e que têm obrigação, as ligadas ao Estado, de darem a sua parcela de colaboração ao impulso e ao desenvolvimento do conhecimento humano e da criatividade. Mas, infelizmente, essas raras iniciativas  ligadas ao governo, são cíclicas e, em contraponto ao apogeu, conhecem momentos de declínio. É o que ocorre com o espaço cultural do BADEP, ora desativado.

Observando os benefícios que o Salão Banestado de Artistas Inéditos trouxe à cultura paranaense, é de cruzar os dedos e torcer para que os futuros governos e as próximas diretorias do Banestado mantenham a galeria de arte que é gerenciada pela sra. Vera Marques, que é um dos mais tradicionais pontos de encontro dos artistas plásticos paranaenses, e justifiquem as expectativas do mundo artístico brasileiro, dando sequência ao SBAI – Salão Banestado, fruto da sensibilidade e idealismo de Francisco Souto Neto, um dos mais atuantes assessores de diretoria do nosso Banco Oficial.

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Boletim interno da Associação Banestado.

ILUSTRAÇÃO 20 – “PARTICIPE, VOCÊ TAMBÉM, DA FUNDAÇÃO DO MUSEU BANESTADO”. Abaixo:

Jornal Todos Nós.

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ILUSTRAÇÃO 21 – APROVADA A FUNDAÇÃO DO MUSEU BANESTADO. Aparece na foto: Francisco Souto Neto (autor da proposição).  Abaixo:

Texto constante do recorte acima

Aprovada a fundação do Museu Banestado

Raras vezes as pessoas têm a sorte de presenciar o nascimento de um museu. Nós, entretanto, teremos esse privilégio, e muito em breve. Além de tudo, e o que é mais importante, é que assistiremos à criação do nosso museu – o Museu Banestado. A proposição foi aprovada na reunião de Diretoria de 18 de fevereiro, e tudo surgiu da ideia que teve o nosso colega Francisco Souto Neto de apresentar ao diretor a quem assessora, Octacílio Ribeiro da Silva, uma sugestão através de carta ora já transformada em documento, datada de 07.02.1986, sob referência RURAL/DCRER-084/86, cujos tópicos dizem o seguinte:

A CARTA-DOCUMENTO

“Corretíssimo o filósofo alemão Elie Wiesel, ao afirmar ‘A civilização significa memória. Sem memória, a civilização morre. Se esquecermos, seremos também esquecidos’.

Muitas são as formas de memória, desde a arquitetura até aos livros. Entretanto, é sob a forma de um  museu que a memória se materializae se mostra objetivamente dirigida à comunidade que é a sua beneficiária. É através dos museus que se preserva para as gerações futuras e se eterniza.

As coleções de objetos conservadas nos museus são um elemento de fundamental importância no desenvolvimento cultural do mundo moderno. Os museus, juntamente com as bibliotecas e os arquivos, encerram os testemunhos do trabalho levado a cabo pelo homem através de toda a sua história. Mas o papel que os museus desempenham é talvez mais amplo que o das bibliotecas e dos arquivos para o conhecimento da história e da atividade criadora do homem desde as suas origens. Há alguns anos considera-se que a civilização do objeto e dos signos, isto é, dos sinais, é mais vasta e complexa que a da palavra escrita, já que a cultura humana não começou com a escrita, nem se reduz a ela, como se supunha. Por outro lado, as condições da civilização contemporânea, baseadas nos modernos meios de comunicação de massa (publicações ilustradas, cinema e televisão) que difundem sobretudo imagens e sinais, conferem nova importância às antigas culturas do signo, cuja forma superior é a arte.

Sabe V.Sª que eu muito tenho viajado. Chega a perto de trinta o número de países onde já estive. E quanto mais evoluído e civilizado é o país, percebo que maior é o grau de importância que se dá à memória e aos museus. Pelo que me foi dado ver, as grandes empresas, nos ricos países do Hemisfério Norte, costumam ter seus próprios museus, muitos dos quais, pela antiguidade, chegam a escapar ao seu âmbito restrito de museu de empresa, atingindo a comunidade como um todo e despertando-lhe um interesse universalizado. Aliás, os museus começam como bancos de objetos mas, à medida em que crescem, tornam-se em universidade para o povo através dos objetos e passam a abarcar a totalidade da comunidade que pretende servir.

No Brasil tal prática parece estar apenas começando, apesar de que eu não tenha conhecimento de qualquer grande empresa paranaense que já conte com o seu museu. Contudo, sejamos ou não pioneiros da ideia neste Estado, não tenho dúvidas de que o Banestado tem porte suficiente e história bastante para dar um importante passo rumo à criação de um museu próprio”.

LOCAL PARA AS INSTALAÇÕES

Em seguida, Souto Neto referiu-se às instalações do futuro museu, nestes termos: “O espaço físico a ser ocupado pelo museu não representará ônus para o Banco. já que nos primeiros anos poderá funcionar num dos espaços livres deste Centro Administrativo. É certo que com a passagem do tempo o seu acervo se ampliará e o museu terá sua importância multiplicada. É de esperar-se que, inevitavelmente, dentro de poucas décadas o significado do museu transcenderá os limites do próprio Banestado, para vir a representar o espelho do banco brasileiro do passado. Caberá então às futuras gerações de banestadenses e de Governo, proporcionar-lhe um local adequado à sua importância”.

O ACERVO

Quanto à formação do acervo, Francisco Souto Neto teceu as seguintes considerações: “Há algum tempo, o colega Emerson Casseb , quando na chefia da DISER, começou a reunir antigas peças de uso habitual nos primórdios do Banestado, tais como a alta cadeira do ‘contador’ com o símbolo do Banestado nela esculpido, máquinas da época e inúmeros outros objetos. Os documentos que atestam a fundação desta Casa encontrariam a guarida adequada dentro do museu. Acrescente-se que vários colegas do interior do Estado guardam antigos objetos e documentos do Banco, hoje já de grande valor histórico. Assim, tão logo fundado o museu, proderá ser promovida uma campanha através do jornal Todos Nós e outros meios de comunicação interna, visando arrecadar peças para o enriquecimento do acervo. Além disso, tenho conhecimento de diversos quadros guardados neste Centro, sem uso, de grandes mestres como [De Bona], Andersen e Bakun, que poderão ir para as paredes do museu. E tudo, repito, sem ônus para o Banco”.

DOAÇÕES

Muitos colegas com senso de preservação e com conhecimento do valor histórico dos objetos, guardam zelosamente, há décadas, os mais variados, desde as chamadas “fichas de caixa” a antigas máquinas autenticadoras.

Brevemente será dado início a uma grande campanha de esclarecimento, visando a coleta desses objetos que serão, com o nome do doador, incorporados ao acervo do futuro museu. As instruções sobre o assunto serão, oportunamente, encaminhadas às administrações de todas as agências, gerências regionais e aos diversos setores da diretoria e da direção geral, bem como às empresas conglomeradas.

PROJETOS

Após considerar as repercussões do evento dentro da empresa e no contexto sócio-cultural da capital paranaense, o Souto concluiu sua proposição desta forma: “Isto posto, tomo a liberdade de sugerir a V. Sª que leve esta ideia e as justificativas à Diretoria, propondo-lhe aprovar a fundação do MUSEU BANESTADO, designando-se, oportunamente, uma pequena comissão para as diversas fases de sua implantação e determinando-se, no devido tempo, o local físico para as instalações do acervo e, ainda, fixando-se a data para a sua inauguração (sugiro a véspera do aniversário do Banco, uma sexta-feira, 28.11.1986). O futuro saberá, sem dúvida, reverenciar e dar o devido reconhecimento à Diretoria que aprovar a criação da nossa futura casa de cultura, o Museu Banestado”.

Procuramos pelo Souto Neto que, pessoalmente, falou ao TODOS NÓS sobre os seus planos, afirmando que o Museu Banestado deverá começar como um banco de objetos, mas que no futuro espera vê-lo transformado num museu vivo, dinâmico, atuante, e promotor de eventos culturais que revertam a favor não apenas da grande comunidade banestadense, mas também da sociedade curitibana. Acrescentou ainda que o diretor Octacílio Ribeiro da Silva tem dado o maior apoio às causas de cultura e vem obtendo sucesso na concretização de importantes eventos, a exemplo do SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, que ora ruma para a sua quarta edição. Disse ainda que a atual gestão deverá ser lembrada, dentre outros aspectos positivos, como uma grande incentivadora das causas de cultura.

Jornal Todos Nós

Museu Banestado começa com De Bona.

ILUSTRAÇÃO 22 – O texto é ilustrado com quadros pintados por Theodoro De Bona, retratando os oito primeiros presidentes do Banestado: Pretextato P. Taborda Ribas, David da Silva Carneiro, Gustavo A. de Carvalho, Bertholdo Hauer, Ivo Abreu de Leão, Rivadávia de Macedo, Arcésio Correia Lima, e retrato então ainda sem identificação. Abaixo:

Texto constante do recorte acima:

Museu Banestado começa com De Bona

Francisco Souto Neto, assessor da DIRAL e presidente da Comissão de Implantação do Museu Banestado, conseguiu incorporar oito telas de Theodoro De Bona ao acervo do futuro museu. O material é de inestimável importância, não apenas para o Banestado – pois são os retratos dos oito primeiros presidentes da Casa – mas também para a história da arte paranaense e para a comunidade que terá acesso aos mesmos após a inauguração do museu, marcada para o final do ano.

Mestres da pintura como Alfredo Andersen e De Bona, têm a mesma importância para a história das artes do Paraná, quanto Portinari e Di Cavalcanti para o Brasil.

Qualquer museu do mundo teria orgulho de começar assim. Antes de passarem por mãos de avaliadores profissionais, podemos estimar que o preço de cada tela é, pelo menos, de Cz$150 mil. Compreende-se, pois, o entusiasmo do nosso colega Souto Neto ao fazer a entrevista-depoimento que transcrevemos:

UM RETROSPECTO

Os oito quadros de De Bona foram pintados nos anos 40, e ainda não conseguimos identificar quem os teria encomendado. Devem ter permanecido durante cerca de duas décadas possivelmente nas paredes da presidência do Banestado, donde foram retirados, não sabemos por quem, nem por quais motivos, e levados à casa de máquinas dos elevadores do edifício da Rua Monsenhor Celso que, durante muitos anos, abrigou a diretoria e a direção geral. Possivelmente ao fim de alguma gestão e, talvez, com a transferência ou aposentadoria de funcionários que tivessem conhecimento de tais obras, ficaram elas ali abandonadas à sua própria sorte.Tratadas naquele tempo (há cerca de ¼ de século) como entulho, devem ter servido de base para caixotes, a julgar pelos danos causados às telas, diversas furadas e rasgadas.

Por ocasião da inauguração do Centro Administrativo Banestado no bairro de Santa Cândida, a 24 de novembro de 1978, os diversos setores foram sendo aos poucos transferidos do centro da cidade para a Rua Máximo João Kopp, no referido bairro. Providencialmente, as oito telas de De Bona também vieram, quase ao acaso, acondicionadas numa grande caixa de papelão.

Entretanto, ninguém sabia delas, ao menos oficialmente. Mas havia uma espécie de lenda a respeito de diversos quadros de alto valor, esquecidos em algum ponto ignoto da Direção Geral. Aliás, ao fazer a proposição, através do Dr. Octacílio Ribeiro da Silva, à presidência desta Casa, com vistas à criação do Museu Banestado, mencionei essas misteriosas telas “sem uso”.

O ACHADO

No princípio do ano em curso, Tadeu Petrin, do DEPUB, disse-me que tais telas deveriam estar na caixa forte da BABS. Pedi-lhe, entrementes, que procurasse averiguar o assunto. Ele fez então uma pesquisa visual, que resultou infrutífera.

No dia 12 de junho de 1986 (coincidentemente, véspera do aniversário de De Bona), um funcionário da BABS, Otto Florentino, mexendo em velhas caixas de papelão no depósito do seu setor de trabalho, encontrou as oito telas. Identificando-as e presumindo o seu alto valor, comunicou o fato ao Dr. Reis, presidente da BPDS, que mandou levá-las ao seu gabinete, com a ideia de salvá-las do abandono.

Quase imediatamente vim a saber que o precioso achado se concretizara e, na qualidade de Presidente da Comissão de Implantação do Museu Banestado, requisitei-as para compor o acervo do futuro museu, no que fui prontamente atendido pelo Dr. Reis.

TELAS IGNORADAS

As telas não estavam catalogadas porque, obviamente, delas não se tinha conhecimento oficial. Também a DIPAT, que mantém um catálogo com rigoroso controle e documentação fotográfica das obras de arte do Banestado, não sabia da existência das mesmas – o que é óbvio, porque há mais de duas décadas é que foram elas relegadas ao esquecimento, ocasião em que os que hoje respondem pelo setor, estavam em outras atividades. Eu também, àquela época, era um funcionário relativamente novato no Banestado. Aqueles, portanto, que pretendam atribuir responsabilidades aos atuais encarregados do setor de patrimônio do Banco, demonstram, no mínimo, insensatez. Se insensibilidade houve – e houve, de fato – deveríamos atribuí-la aos fantasmas do passado, desde o momento em que, mandando retirá-las das paredes, esqueceram-nas à sua própria sorte.

O ESTADO DAS OBRAS

Os trabalhos de restauração foram entregues à professora Maria Ester Teixeira Cruz, expert do ateliê de restauros do Solar do Barão, que iniciará o tratamento com a substituição dos chassis que estão infestados por cupins, nivelamento das telas, reentelamento (devido ao descolamento da camada de pintura), limpeza, retoques e camadas de proteção, sem falar na recuperação dos diversos furos que as obras apresentam. Também as molduras, que estão danificadas e quebradas, serão reconstituídas, limpas e pintadas. Os trabalhos de restauro durarão cerca de noventa dias.

Seu estado atual demonstra o alto grau de ignorância, e a falta de educação e de respeito das pessoas em relação às obras de arte. Resta, entretanto, a satisfação que estou tendo pela oportunidade de resgatá-las do abandono e do esquecimento aos quais estiveram relegadas nas últimas décadas, e pela possibilidade de expô-las, permanentemente, ao público, através do futuro Museu Banestado”.

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Primeiras notícias sobre o Museu Banestado em formação.

ILUSTRAÇÃO 23 – 1º recorte: Doações para o Museu Banestado! – Diário Popular (recorte não datado). Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Rodrigo Collere de Oliveira, Silmara Krainer Vitta, Rosane Fontoura, Paulo Schultz Filho. 2º recorte: Wilde Martini – Folha de Curitiba sem data no recorte. 3º recorte: Variedades – Jornal Indústria&Comércio de 21.10.1986. 4º recorte: Folha de Londrina de 31.10.1986. Abaixo:

Texto constante do 1º recorte acima

Doações para o Museu Banestado!

O futuro Museu Banestado, que será inaugurado ainda no ano em curso, está iniciando através da sua Comissão de Implantação, uma ampla campanha em nível público, que visa sensibilizar a população a doar objetos e documentos para o enriquecimento do seu acervo.

Os bens a serem doados não precisam, necessariamente, ser ligados à história do banco oficial paranaense, já que o museu pretende ser um espelho das instituições financeiras do passado, genericamente.

Como é de praxe em tais casos, os nomes dos doadores ficarão gravados para sempre ao lado do bem doado. Aliás, diversas agências do Banestado, em diversos Estados Federados, estão expondo cartazes que orientam os doadores sobre como proceder para fazerem essas doações.

Tais informações nos foram prestadas pelo presidente da Comissão de Implantação do Museu Banestado, Francisco Souto Neto, que é assessor de diretoria daquele Banco, onde vem realizando diversos projetos culturais, dentre eles o SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos. Tendo Souto Neto apresentado o projeto do Museu Banestado a Octacílio Ribeiro da Silva, diretor de Crédito Rural e Agroindustrial, este o levou ao presidente daquele Conglomerado Financeiro, Nicolau Elias Abagge, e sua aprovação foi unânime pela diretoria, tendo sido nomeada a referida Comissão que, além de presidida por Francisco Souto Neto, é composta por Silmara Krainer Vitta e pelo aposentado Paulo Schultz Filho. Os suplentes, também funcionários do Banestado, são Rosane Fontoura e Rodrigo Collere de Oliveira.

O diretor de Assuntos Administrativos, Aroldo dos Santos Carneiro, está envidando esforços no sentido de implantar o Museu no 2º andar do bonito e histórico edifício na esquina das ruas 15 de Novembro e Monsenhor Celso, cujo andar térreo abriga a Agência XV, o que, segundo o presidente da Comissão de Implantação, significará o encontro daquele prédio com o seu próprio passado.

Acrescenta Souto Neto que o museu, apesar de no início contar com oito telas de De Bona, dos anos 40, começará modesto, como um simples banco de objetos, mas que espera, nas futuras administrações, vê-lo transformado num museu vivo e atuante, dotado de teatro para palestras e conferências, e de biblioteca.

Aqueles que desejarem colaborar na formação do acervo, deve falar com os gerentes das agências Banestado, ou diretamente com o presidente da Comissão de Implantação, Souto Neto.

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Notícias sobre o Museu Banestado em formação.

ILUSTRAÇÃO 24 – 1º recorte: Vem aí o Museu Banestado – Correio de Notícias de 22.10.1986. 2º recorte: Original museu no Banestado – Gazeta do Povo de 10.3.1983. Aparecem na foto: Octacílio Ribeiro da Silva e Francisco Souto Neto. 3º recorte: MuseuBanestado pede doação. Jornal do Estado de 19.10.1986. Abaixo:

 

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Notícias sobre o futuro Museu Banestado.

ILUSTRAÇÃO 25 – 1º recorte: Será inaugurado no final do ano o Museu Banestado – Diário Popular de 9 e 10.3.1986. 2º recorte: Em organização, o Museu Banestado – Gazeta do Povo de 22.10.1986. 3º recorte: Alcy Ramalho Filho – Gazeta do Povo de 2.3.1986. Duas fotos de Francisco Souto Neto, idealizador e criador do Museu Banestado, com a comissão de implantação. Abaixo:

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ILUSTRAÇÃO 26 – Na foto abaixo, na fila de trás: Paulo Schultz Filho (comissão de implantação do Museu Banestado), Rodrigo Otávio Collere de Oliveira (suplente), Francisco Souto Neto (presidente da comissão de implantação do Museu Banestado). Na fila da frente: Silmara Krainer Vitta (comissão de implantação), Octacílio Ribeiro da Silva (diretor do Banestado, aqui representando o presidente da instituição), Rosane Fontoura (suplente e futura gerente do Museu Banestado).

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ILUSTRAÇÃO 27 – Na foto abaixo, na fila da frente: Francisco Souto Neto, Silmara Krainer Vitta e Paulo Schultz Filho, membros da comissão de implantação do Museu Banestado. Na fila de trás: Rodrigo Otávio Collere de Oliveira e Rosane Fontoura (suplentes).

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ILUSTRAÇÃO 28 – Abaixo, detalhe do cartaz e convite para a inauguração do Museu Banestado.

Quadros expostos no cartaz

1º quadro: Affonso Alves de Camargo (presidente do Estado do Paraná – como se chamava o título do governo estadual na época – e fundador do Banco do Estado do Paraná), tela de Alfredo Andersen. 2º quadro: Pretextato P. Taborda Ribas, primeiro presidente do Banco do Estado do Paraná, tela de Theodoro de Bona. 3º quadro: “Mulher”, tela de Rubens Faria Gonçalves, artista plástico premiado no SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, primeira doação de artista contemporâneo para a formação do acervo do Museu Banestado. Com a venda do Banestado para o Banco Itaú na primeira década do século XXI, referidas telas foram doadas pelo Itaú ao Museu Oscar Niemeyer, e hoje fazem parte do seu acervo. A máquina datilográfica vista no cartaz, foi doação de Edith Barbosa Souto ao Museu Banestado. Quanto ao cartaz, o seu projeto foi de Francisco Souto Neto (idealizador do Museu Banestado e presidente da sua comissão de implantação), a arte-final da frente foi de Vera L. S. Krüger, o verso de Lígia C. S. Muraro, e a foto ilustrativa foi feita por Roberto Von Der Hosten.

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ILUSTRAÇÃO 29Texto constante do convite para a inauguração do Museu Banestado, assinado por Francisco Souto Neto (Assessor de Diretoria do Banestado). Abaixo:

Abaixo, texto constante do cartaz-convite para a inauguração do Museu Banestado

          Hoje nasce mais um espaço cultural dentro da capital paranaense: O Museu Banestado.

As ideias para a criação de um museu que viesse a preservar a memória do Banco Oficial paranaense não são novas, e alguns colegas, em tempos anteriores, cogitaram dessas possibilidades, dentre eles Emerson Casseb (que preservou peças e documentos de grande valor histórico), Sérgio Figueiredo, José Maria Antônio e Wilson Ganem. Entretanto, foi a atual Diretoria que viabilizou aquela antigo anseio.

Propusemos a ideia ao diretor de Crédito Rural e Agroindustrial, Octacílio Ribeiro da Silva, grande entusiasta das causas culturais, que a levou ao presidente Dr. Nicolau Elias Abagge. O Sr. Presidente apoiou e aprovou a fundação do Museu Banestado, com o aplauso de toda a diretoria, criando a Comissão de Implantação, e nomeando Francisco Souto Neto como presidente da referida comissão, e como componentes Silmara Vitta e Paulo Schultz Filho. Nomeou ainda, como suplentes, Rodrigo Otávio Collere de Oliveira e Rosane Fontoura.

A formação do acervo teve início com oito telas de De Bona, que retratam os primeiros presidentes do Banestado. Como estivessem danificadas, as telas foram restauradas pela professora Maria Ester Teixeira Cruz (do Solar do Barão), auxiliada pela sua irmã Carmen Sílvia. O irmão de ambas, Carlos Alberto Teixeira Cruz, restaurou as molduras.

A sequência dos retratos que compõem a galeria dos presidentes do Banestado, foi feita pelos excelentes artistas plásticos Antônio Macedo (em sua maioria) e Vilmar Lopes.

O espaço do Museu, no 11º andar do edifício à Rua Monsenhor Celso, 151, foi conquistado graças aos esforços do diretor de Serviços Administrativos, Dr. Aroldo dos Santos Carneiro, e consta de três salas para o acerro permanente, e uma para exposições itinerantes.

O acervo começará pequeno e singelo, mas caberá ao seu Conselho Administrativo (composto pelos eminentes Srs. David Carneiro, Ennio Marques Ferreira e Frederico Marés de Souza Filho) e à administradora do Museu, a Srtª Rosane Fontoura, traçar diretrizes e planos no tocante à ampliação desse acervo, projetar exposições e mostras itinerantes, dimensionar as suas atividades e eventos culturais, e trabalhar pela sua ampliação no andar superior, o 12º (também destinado ao Museu), com a instalação de teatro e biblioteca, transformando o local em ponto de encontro da intelectualidade paranaense.

Hoje o Banestado começa a preservar a memória que não é apenas sua, mas do Paraná e do Brasil. Hoje, graças ao apoio de uma diretoria dinâmica, organizada, capaz e moderna, ganhamos um novo espaço cultural, onde o Banestado tem um encontro com o seu próprio passado, e mais um caminho para projetar o futuro.

O Paraná está de parabéns!

Francisco Souto Neto

Assessor de diretoria do Banestado

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ILUSTRAÇõES 30 a 34  – Abaixo, cinco páginas do álbum de fotografias de Francisco Souto Neto, com fragrantes da inauguração do Museu Banestado. Essas páginas são auto-explicativas.

1ª foto: Octacílio Ribeiro da Silva discursa. Léo de Almeida Neves (ex-presidente do Banestado) e Nicolau Elias Abagge (presidente do Banestado) e esposa ouvem. 2ª foto: Octacílio Ribeiro da Silva discursa. Ao fundo, Wilson Ganem, Francisco Souto Neto, Edith Barbosa Souto, Dione Mara Souto da Rosa e Grací Trény. 3ª foto: O discurso de Octacílio Ribeiro e, 4ª foto, o discurso de Dr. Peixoto, representando todos os ex-presidentes do Banestado.

1ª foto: Nicolau Elias Abagge e senhora, Octacílio Ribeiro da Silva e senhora, Wilson Ganem e senhora, e Francisco Souto Neto. Nos dois quadros ao fundo: Affonso Camargo e Emílio Gomes, que foram presidentes do Banestado e também governadores do Estado do Paraná. 2ª foto: presentes ao ato inaugural. 3ª foto: Francisco Souto Neto e Nicolau Elias Abagge descerram a placa inaugural do Museu Banestado. 4ª foto: ao redor da placa inaugural, quatro presidentes do Banestado: Léo de Almeida Neves, Peixoto, José Brandt Silva e Nicolau Elias Abagge.

1ª foto: personalidades na Galeria dos ex-Presidentes do Banestado. 2ª foto: Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto, Edith Barbosa Souto e Grací Trény. Os quadros retratam Emílio Hoffmann Gomes e Léo de Almeida Neves. 3ª foto: família do ex-presidente Manoel J. Gonçalves. 4ª foto: Dª Maria da Luz Bartolomei (viúva do ex-presidente Bartolomei), filho e nora.

1ª foto: Octacílio Ribeiro da Silva, Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto e Aroldo dos Santos Carneiro. 2ª foto: Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto e Edith Barbosa Souto. 3ª foto: o artista Vilmar Lopes entre vários visitantes. 4ª foto: Sofia Dyminski.

1ª foto: visitantes observando os retratos da galeria. 2ª foto: Rosane Fontoura, gerente do novo museu. 3ª foto: Wilde Martini e Jandira Chagas Martini. 4ª foto: Rubens, Müller, Souto Neto, Brandt, Peixoto.

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Primeiras notícias após a inauguração do Museu Banestado.

ILUSTRAÇÃO 35 – 1º recorte: Curitiba ganha mais num museu – Correio de Noticias de 13.3.1987. Aparecem na foto: Paulo Schultz Filho, Silmara Kraimer Vitta, Rodrigo Otávio Collere de Oliveira, Octacílio Ribeiro da Silva, Francisco Souto Neto, Rosane Fontoura. 2º recorte: Chico consegue fazer o Museu Banestado – Tabloide – Aramis Millarch – O Estado do Paraná de 14.3.1987. 3º recorte: Alcy Ramalho Filho – Museus a granel – Gazeta do Povo de 15.3.1987. Abaixo:

Adiante, a transcrição de dois dos três recortes acima.

1º recorte acima: Curitiba ganha mais um museu

Hoje Curitiba estará ganhando mais um museu e um novo espaço cultural, o Museu Banestado, cuja placa inaugural será descerrada por Nicolau Elias Abagge, presidente do Conglomerado Financeiro Banestado.

O texto de apresentação do novo Museu, constante do convite para a inauguração, vem assinado por Francisco Souto Neto, Assessor de Diretoria do Banestado e idealizador do Museu (…).

2º recorte acima: Chico consegue fazer o museu do Banestado

Francisco Souza Neto [Francisco Souto Neto] é o exemplo da pessoa cuja inquietação cultural produz bons frutos. Assessor da diretoria de Crédito Rural do Banestado, não se limita às suas funções. Colecionador de obras de arte, cinemaníaco – é um dos financiadores [na verdade, apenas um colaborador] do corajoso “Opção Cultural”, editado pelo Conselho Nacional de Cine Clubes – e pesquisador de heráldica (tanto é que acabou descobrindo um título de nobreza em sua família, que já reivindicou para si). Francisco foi quem criou, há três anos, o Salão Banestado, para artistas inéditos. Hoje esta mostra está consolidada. Preocupado com a guarda da memória do banco oficial do Paraná, Souza Neto [Souto Neto] foi um dos animadores da ideia de ser criado o Museu Banestado, que afinal se consolidou com sua inauguração no entardecer de ontem, sexta-feira (Rua Monsenhor Celso, 151 – 11º andar), a tempo, portanto, do governador João Elísio incluir em sua maratona promocional de festejos de despedida. A idéia de criar o Museu Banestado foi, generosamente, transmitida por Souto Neto ao seu chefe imediato, Octacílio Ribeiro da Silva, diretor de Crédito Rural e Agroindustrial (aliás, um dos poucos diretores que permanecerão no cargo na futura administração). O presidente do Banestado, Nicolau Elias Abagge, aconselhado por Ricardo Cravo, diretor de marketing, apoiou e aprovou a fundação do Museu, criando uma comissão para sua implantação, com toda a justiça presidida por Chico Neto – e da qual fizeram parte Rodrigo Otávio Oliveira e Rosane Fontoura. A formação do acervo foi iniciada com oito telas de Theodoro de Bona, retratando alguns dos presidentes do Banestado (e que se encontravam jogados num dos depósitos do banco, conforme aqui publicamos há alguns meses). Os demais retratos de ex-presidentes do Banestado foram feitos por Antônio Macedo (em sua maioria) e Vilmar Lopes.

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ILUSTRAÇÃO 36 – Jornais noticiam a inauguração do Museu Banestado. 1º recorte: Banestado – Folha de Curitiba de 11.3.1987. Aparecem na foto: Paulo Schultz Filho, Silmara Kraimer Vitta, Rodrigo Otávio Collere de Oliveira, Octacílio Ribeiro da Silva, Francisco Souto Neto, Rosane Fontoura. 2º recorte: Curitiba ganha novo espaço cultural: Museu Banestado, Jornal do Estado de 12.3.1987. 3º recorte: Domingo social – Wilde Martini – Diário Popular de 15 e 16.3.1987.  Aparecem na foto: Paulo Schultz Filho, Silmara Kraimer Vitta, Rodrigo Otávio Collere de Oliveira, Octacílio Ribeiro da Silva, Francisco Souto Neto, Rosane Fontoura. 4º recorte: Juril Carnasciali – Gazeta do Povo de 15.3.1987. 5º recorte Jornal não identificado. 6º recorte: Adalice Araújo – Gazeta do Povo de 15.3.1987. 7º recorte: Cláudio Seto – Correio de Notícias de 13.3.1987. Abaixo:

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A criação do Museu Banestado.

ILUSTRAÇÃO 37 – 1º recorte: Veterana Verba – Os novos museus do Paraná – David Carneiro – Gazeta do Povo, 21.3.1987. 2º recorte: fragmentos do grande cartaz espalhado através de todo o Estado do Paraná e das cidades de outros Estados onde o Banestado tinha agências: “PARTICIPE DA CRIAÇÃO DO MUSEU BANESTADO”. 3º recorte: Jornal Todos Nós: “Museu Banestado resgata nossa história”. Abaixo:

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Inaugurado o Museu Banestado.

ILUSTRAÇÃO 38 – 1º recorte: Inauguração do Museu Banestado marca início da preservação – Todos Nós. 2º recorte: Gazeta nas Artes – Nery Baptista – Gazeta do Povo de 23.3.1987. Abaixo:

Transcrição do 1º recorte acima.

Inauguração do Museu Banestado marca início da preservação

No dia 13 de fevereiro deste ano, Curitiba ganhou um novo museu e importante ponto cultural, o Museu Banestado, cuja placa inaugural foi descerrada às 19:30 horas pelo ex-presidente Nicolau Elias Abagge e pelo Assessor de Diretoria Francisco Souto Neto.

O texto de apresentação constante do convite para a inauguração, vem assinado por Souto Neto, idealizador do museu, e diz: “O espaço do Museu, no 11º andar do edifício à Rua Monsenhor Celso, 151, foi conquistado graças aos esforços do diretor de Serviços Administrativos, Dr. Aroldo dos Santos Carneiro, e consta de três salas para o acerro permanente, e uma para exposições itinerantes. O acervo começará pequeno e singelo, mas caberá ao seu Conselho Administrativo (composto pelos eminentes Srs. David Carneiro, Ennio Marques Ferreira e Frederico Marés de Souza Filho) e à administradora do Museu, a Srtª Rosane Fontoura, traçar diretrizes e planos no tocante à ampliação desse acervo, projetar exposições e mostras itinerantes, dimensionar as suas atividades e eventos culturais, e trabalhar pela sua ampliação no andar superior, o 12º (também destinado ao Museu), com a instalação de teatro e biblioteca, transformando o local em ponto de encontro da intelectualidade paranaense”.

Desde a data da inauguração, o Museu, em sala especial, está exibindo roupas e objetos pessoais que pertenceram a Benjamin Constant, e que fazem parte do acervo do historiador David Carneiro, por este emprestados ao Museu Banestado.

O ACERVO

O acervo permanente foi formado por objetos e documentos doados pelos funcionários, portanto sem custos para o Banco, e as suas instalações aproveitaram todas as divisórias já existentes e não modificadas do 11º e 12º andares do edifício da Banestado Crédito Imobiliário, mas conta com um Andersen e com oito preciosas telas de De Bona, estas retratando alguns dos primeiros presidentes do Banestado. A Galeria dos Presidentes foi completada pelos artistas plásticos Antônio Macedo e Vilmar Lopes.

Alguns artistas plásticos doaram telas de sua autoria, como Rubens Faria Gonçalves, Jandira Martini, Antônio Rizzo e Celso Izidoro. A DISER cedeu antigas máquinas datilográficas, a SEGER contrinbuiu com importantes documentos, e assim por diante. Até clientes do Banco fizeram doações, como a Srª Edith Barbosa Souto, que doou ao acervo uma coleção de cédulas de mil-réis e de cruzeiro antigo.

O diretor Octacílio Ribeiro da Silva, que tem exercido um verdadeiro mecenato às casas de cultura, foi quem tornou viável a implantação do Museu, defendendo junto à Presidência a necessidade de sua fundação, e indicou a Comissão de Indtalação que foi presidida por Francisco Souto Neto e completada por Rosane Fontoura (que está atualmente administrando o Museu), Rodrigo Otávio Collere de Oliveira, Silmara Krainer Vitta e Paulo Schultz Filho. O Conselho de Administração, que irá gerir o futuro Museu, é composto pelo museólogo e historiador David Carneiro, pelo alto funcionário do MAC Ennio Marques Ferreira, e pelo Secretário Municipal da Cultura e presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Carlos Frederico Marés de Souza Filho.

DISCURSOS INAUGURAIS

O orador oficial da inauguração foi Octacílio Ribeiro da Silva, e Joaquim de Almeida Peixoto discursou em nome dos demais ex-presidentes que compareceram às sonelidades: David Carneiro, Celso da Costa Sabóia, Léo de Almeida Neves e José Brandt Silva.

Souto Neto, que defende a ideia de que os museus devem ser vivos e atuantes, concluiu o texto do cartaz-convite nestes termos: “Hoje o Banestado começa a preservar a memória que não é apenas suas, mas do Paraná e do Brasil. Hoje, graças ao apoio de uma diretoria dinâmica, organizada, capaz e moderna, ganhamos um novo espaço cultural, onde o Banestado tem um encontro com o seu próprio passado, e mais um caminho para projetar o futuro. O Paraná está de parabéns!”.

Nesta fase inicial, nosso museu está aberto à visitação pública no período da tarde. Visite-o e divulgue-o entre seus amigos. Prestigie o que é nosso.

Legenda da foto ilustrativa: “Octacílio Ribeiro da Silva, Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Aroldo dos Santos Carneiro”.

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Manchetes.

ILUSTRAÇÃO 39 – 1º recorte: Clubes & Gente – Carlos Queiroz Maranhão –  Manchetes de Primeira Página – Jornal do Estado de 27.6.1987. Legenda da foto: “Francisco Souto Neto, paranaense e advogado, é funcionário do Banestado desde começo da década de 60, é assessor de diretoria daquele banco oficial desde a metade dos anos 70, caso único de um funcionário num mesmo cargo de confiança durante tantos e sucessivos Governos”. 2º recorte: Dino Almeida – GENTE QUE É NOTÍCIA – Gazeta do Povo de 24.5.1987. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. Texto transcrito abaixo. 3º recorte: Dino Almeida – Eles e Elas – 26.7.1987. Legenda da foto: “A simpatia da senhora Edith Barbosa Souto, que continua recebendo felicitações pelo seu aniversário”. 4º recorte: Alcy Ramalho Filho – Impressões sobre o Salão – Gazeta do Povo de 12.6.1987. Abaixo:

 Texto constante do 2º recorte acima

GENTE QUE É NOTÍCIA: FRANCISCO SOUTO NETO

(por Dino Almeida)

O advogado Francisco Souto Neto é paulista, mas reside no Paraná desde a sua infância. Filho do jornalista Arary Souto, cujo nome honra as ruas de diversas municipalidades, e de Dª Edith Barbosa Souto, que já foi presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Pelo lado materno, é aparentado pelas famílias Barbosa Macedo e Barbosa Martins, de importantes políticos de Mato Grosso do Sul. Pela avó paterna é descendente, em linhagem colateral, do duque e duquesa de Caxias; e pelo avô paterno, é trineto e herdeiro do visconde e viscondessa de Souto.

Funcionário do Banestado desde a década de 60, é assessor de diretoria daquele banco oficial desde a década de 70, caso único de um funcionário num mesmo cargo de confiança durante tantos e sucessivos governos. No Banestado dinamizou o lado cultural da empresa, criando o SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos e fundando o Museu Banestado, projetos voltados, o primeiro, para o estímulo à criatividade no campo das artes plásticas; e o segundo para a coletividade paranaense, que é a beneficiária do Museu.

No ano passado, Souto Neto alcançou notoriedade no país ao iniciar uma campanha, em nível nacional, apoiado pela grande imprensa (Jornal do Brasil, O Globo), e também por jornalistas paranaenses, como Aramis Millarch, [Alcy Ramalho Filho] e David Carneiro, dentre outros, com vistas a obter da SPHAN – Secretaria do Patrimônio Histórico [e Artístico] Nacional – o tombamento do setor histórico do Catumbi, que se encontrava decadente, e onde estão sepultados vultos históricos brasileiros e portugueses, entre eles o visconde de Souto (nascido no Porto em 1813 e falecido no Rio de Janeiro em 1880), banqueiro português que inovou e revolucionou a economia brasileira na primeira metade do século XIX, tendo sido o primeiro banqueiro de que se tem notícia no Brasil. (…).

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ILUSTRAÇÃO 40 – Abaixo, TABLOIDE – Aramis Millarch – O guardião da memória do cemitério – O Estado do Paraná de 5.4.1987.

Transcrição do texto da matéria acima, de Aramis Millarch:

O guardião da memória do cemitério.

Pesquisador incansável e organizado, o advogado Francisco Souto Neto já tem uma opção profissional para quando se aposentar do Banestado, onde é o braço direito na diretoria de Crédito Rural: a de continuar as pesquisas que o crítico e historiador de artes Clarival do Prado Valadares deixou incompletas devido à sua morte: o levantamento da arquitetura dos cemitérios brasileiros. Há dois anos, ao visitar o túmulo de seus trisavós, o visconde e a viscondessa de Souto, sepultados no século XIX, no Cemitério do Catumbi, no Rio de Janeiro, Souto Neto ficou tão indignado com o estado de abandono em que se encontrava o setor histórico daquela necrópole (onde estão também sepultados marechais, senadores do Império e os nobres do Brasil e de Portugal), que começou uma campanha que já alcançou repercussão nacional. Francisco Souto Neto gastou parte de suas últimas férias para, debaixo de um calor senegalês, realizar um completo levantamento de duas quadras do setor histórico do Cemitério de Catumbi, catalogando as sepulturas com as lápides ainda intactas – e levantando as sem identificação. Elaborou mapas, gráficos e acompanhado com centenas de fotos, encaminhou este material tanto ao monsenhor Abílio Ferreira da Nova, procurador da Venerável Ordem 3ª dos Mínimos de São Francisco de Paula – responsável pela conservação daquele campo santo, como também ao senhor Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, secretário do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além de cópias à imprensa nacional. Herdeiro do título de Visconde Souto – que pertenceu ao seu trisavô, Antônio José Alves de Souto (1813 – 1880) -, apaixonado por heráldica e incansável pesquisador de árvores genealógicas de sua família, Souto Neto extrapolou a simples preocupação familiar para, com suas denúncias, alertar em relação ao abandono em que os túmulos do Catumbi (e outros cemitérios) se encontram relegados. No Catumbi, descobriu que uma favela vizinha já soterrou os restos do túmulo de Teófilo Ottoni (1807 – 1869) e sobre o mesmo foram construídos barracos. Até agora, nada extraordinário ali aconteceu, mas fenômenos na linha “Poltergeist” podem aparecer. O que revolta Souto Neto é o desleixo dos herdeiros de famílias tradicionais em não se preocuparem com a situação dos túmulos de seus antepassados. Vai mais além, ao denunciar para a direção do SPHAN: – “Aquilo não seria assombroso, se considerarmos que alguns herdeiros são capazes de atos espúrios, como o daquela bisneta que destruiu o mausoléu neobarroco do Visconde Guaramores, neles incluindo-se o próprio sarcófago do visconde”. Em suas denúncias na defesa do Cemitério do Catumbi, Francisco Souto Neto levanta até a hipótese de que interesses financeiros envolvem a crescente e ininterrupta destruição do setor histórico do mesmo. Assim, está a exigir a contratação de guardas para o cemitério e a clamar providências para a identificação de muitos túmulos abandonados. Em seu levantamento, das 262 sepulturas que pesquisou, só 162 foram identificadas e 100 delas estão abertas, ou sem lápides que torne possível a identificação dos vultos históricos lá sepultados, “o que dá a exata dimensão do descaso por parte dos descendentes”. No Cemitério Municipal de Curitiba a situação não chega a tal gravidade – mas há também muitos túmulos abandonados. Em compensação, há curiosas obras de arquitetura de cemitério, que, analisadas por um pesquisador dedicado como é o Chico Souto, podem resultar numa interessante publicação. Eis aí uma sugestão para ele ocupar suas próximas horas de folga. LEGENDA FOTO 1 – Francisco, Visconde de Souto, pesquisando túmulos destruídos no Cemitério do Catumbi. LEGENDA FOTO 2 – Exemplo de túmulo destruído em Catumbi.

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Cemitério do Catumbi

e Visconde e Viscondessa de Souto.

ILUSTRAÇÕES 41 a 44  – As quatro páginas de álbum adiante, mostram o Cemitério do Catumbi ainda parcialmente envolto em mato, porém a área ao redor da sepultura do Visconde de Souto encontrava-se limpa. Aqui pode ser visto o túmulo como mandei reconstruir, simples, mas com a lápide original preservada, e uma pequena alusão à depredação ocorrida no ano anterior. O túmulo da Viscondessa de Souto continuava com a capela intacta, apesar do furto das floreiras de mármore e do busto da Viscondessa, que existia dentro da pequena capela. As fotos contêm legendas explicativas.

OBSERVAÇÃO ACRESCENTADA EM 10.11.2012:

Após mandar reconstruir o túmulo do Visconde de Souto em 1987, levei muitos anos sem voltar ao Rio de Janeiro. Passados 22 anos, em 2009 viajei ao Rio com minha prima Lúcia Helena Souto Martini, com o objetivo de realizarmos pesquisas para o livro que estávamos escrevendo em coautoria, Visconde de Souto – Ascensão e “Quebra” no Rio de Janeiro Imperial. No dia que planejamos visitar o Cemitério São Francisco de Paula, mais conhecido como Cemitério do Catumbi, acompanhou-nos Sílvia Maria Pinheiro Grumbach, esposa de José Roberto Ponce Grumbach (nosso primo, descendente do Visconde de Souto e do Marquês de Olinda). Por gentileza da Drª Isaura Taveira Barbosa, diretora da Beneficência Portuguesa, acompanhou-nos no táxi, nas visitas que fizemos à Capela Mayrink e ao Cemitério do Catumbi, o chefe de segurança da Beneficência Portuguesa, para nos proteger da violência urbana.

Ao chegarmos ao Cemitério do Catumbi, fomos atendidos pelo atencioso administrador, que nos levou em carro elétrico até ao setor histórico. Para minha surpresa e decepção, tinha desaparecido a campa de granito que em 1987 eu mandara colocar sobre o túmulo do Visconde de Souto, e com ela foi-se a preciosa lápide original que naquela época eu mandara restaurar. O túmulo encontrava-se como mostram as fotos abaixo. Na primeira foto abaixo (ILUSTRAÇÃO 45) vê-se à esquerda um pedaço do túmulo do Marquês de Olinda. O túmulo ao lado, que é encimado por uma estátua de mulher, é da Marquesa de Olinda. Ao lado do túmulo da Marquesa, encontra-se o do Visconde de Souto, sem identificação. Na ala de baixo, na direção do túmulo do Visconde de Souto, Lúcia Helena Souto Martini e Sílvia Grumbach examinam o desabamento de uma outra sepultura. Na segunda foto abaixo (ILUSTRAÇÃO 45-A), está o túmulo do Visconde de Souto sem a campa, sem a lápide original, coberto com cimento, sem nenhuma identificação. 

ILUSTRAÇÃO 45:

ILUSTRAÇÃO 45-A:

 

No ano de 2011 eu e Lúcia Helena Souto Martini voltamos ao Rio de Janeiro, desta feita a convite de nossa prima Cybelle de Ipanema (presidente do IHGRJ – Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, e diretora do IHGB – Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro) para proferirmos uma palestra, seguida de debate com a plateia, na sede do IHGB, sob o tema “A Chácara do Souto e seu Jardim Zoológico”, alusão ao nosso artigo publicado naquele ano na Revista do IHGRJ ano 18, nº 18, 2011. Na ocasião, procurei pelo marmorista Alessandro Mário (Rua Dom Pedro Mascarenhas, 19, telefones 3972-6546 e 9192-9799) a quem encomendei a colocação de uma nova campa de granito sobre o túmulo do Visconde de Souto, e a reconstituição da lápide, com base em fotografia, em alto relevo, em mármore de Carrara, com a ortografia original de 1880. O marmorista efetuou primoroso trabalho, e o túmulo ficou pronto no corrente ano de 2012, conforme se vê na ILUSTRAÇÃO 45-B e ILUSTRAÇÃO 45-C abaixo, ambas gentilmente tiradas pelo próprio marmorista Alessandro Mário:

ILUSTRAÇÃO 45-B:

ILUSTRAÇÃO 45-C:

 

Francisco Souto Neto

Curitiba, 10 de novembro de 2012.

Aqui encerra-se a OBSERVAÇÃO acrescentada em 2012. Abaixo, prosseguem os registros do álbum de 1987.

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DEPOIMENTO A RESPEITO DO ASSUNTO A SEGUIR, A HOMENAGEM A NICOLAU ELIAS ABAGGE.

Geralmente quando caía um presidente do Banestado (e isto chegou a acontecer, certa ocasião, quatro vezes durante um mesmo governo) e o seu sucessor assumia o posto, criava-se uma certa animosidade entre aquele que saía e o que entrava. Quando isto acontecia em função da eleição de novo governador, ou de um vice-governador que assumia em “mandato-tampão”, a animosidade podia ser até bastante explícita. Então comecei a criar uma tradição no Banestado: quando um presidente saía (fosse qual fosse o motivo), eu mandava pintar um seu retrato a óleo para integrá-lo à “Galeria dos ex-presidentes do Banestado”, e a inauguração do retrato na parede do museu era feita… pelo novo presidente. Assim, presidente atual e seu antecessor viam-se na contingência de se cumprimentarem amistosamente, e o discurso do novo presidente era, obviamente, voltado ao seu antecessor. Graças a isso, vimos oponentes confraternizarem ante o flash dos repórteres. As páginas seguintes atestam um desses momentos, ocorrido em 1987. Desta vez, o próprio Governador do Paraná (João Elísio Ferraz de Campos) compareceu em pessoa.

Curitiba, 29 de fevereiro de 2012.

Francisco Souto Neto.

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ILUSTRAÇÃO 46 – Abaixo, homenagem a Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado. 1º recorte: Nicolau Abagge na galeria do Banestado – Jornal do Estado de 3.9.1987. Aparecem na foto: Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, João Carlos Finardi. 2º recorte: Domingo social – Wilde Martini – Diário Popular de 6 e 7.9.1978. Aparecem na foto: Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, João Carlos Finardi.

Transcrição do 1º recorte acima:

Nicolau Elias Abagge na galeria Banestado

A Galeria de ex-presidentes do Banestado inaugurou, na última segunda-feira, o retrato do último presidente do Banco o industrial Nicolau Elias Abagge que exerceu o cargo de 1º de janeiro de 1986 até 16 de março de 1987, quando transmitiu o posto ao atual presidente, João Carlos Finardi.

Pintado pelo artista Antônio Macedo, autor de vários governadores do Estado do Paraná do acervo do Palácio Iguaçu, e que com De Bona e Vilmar Lopes forma o elenco de retratistas do Museu Banestado, o retrato de Nicolau Elias Abagge é o trigésimo a entrar para a Galeria dos ex-Presidentes.

A solenidade de inauguração do retrato, presidido pelo diretor da Banestado Reflorestadora Octacílio Ribeiro da Silva, assessorado por Francisco Souto Neto, foi uma festa de congraçamento entre ex-diretores, atuais diretores, ex-funcionários e funcionários “da ativa” do Banestado, com a presença do presidente do Banco, do Vereador José Maria Corrêa representando o prefeito Requião, do Governador João Elisio Ferraz de Campos, e outras autoridades.

Nicolau Elias Abagge disse, durante a inauguração, estar sentindo uma satisfação muito grande em poder entrar para a história do Banestado e do Paraná. “Sinto muito prazer em estar novamente participando com os funcionários do Banestado em alguma coisa, porque aqui foi o lugar onde mais consegui fazer amigos”, declarou. “Presidi o Banestado no período mais difícil para os bancos na história do país e, mesmo assim, conseguimos apresentar lucro”.

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ILUSTRAÇÃO 47 – Abaixo, homenagem a Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado. No recorte: Homenagem – Alcy Ramalho Filho – Folha de Curitiba, 11.9.1987. Legenda da foto: “Flash da inauguração de retrato do ex-presidente Nicolau Elias Abagge no Museu Banestado: o homenageado com Francisco Souto Neto e o presidente FDA Banestado Reflorestadora Octacílio Ribeiro da Silva”. Na 1ª fotografia em preto e branco, Nicolau Elias Abagge e Octacílio Ribeiro da Silva cumprimentam-se. À esquerda, o Governador João Elísio Ferraz de Campos, e à direita Francisco Souto Neto, aplaudem. Na 2ª fotografia em preto e branco: Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeitro da Silva e João Carlos Finardi.

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Abaixo, homenagem a Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado.

ILUSTRAÇÃO 48 – 1º recorte: Agenda social – Colunista Tucca – Folha de Curitiba, 3.9.1987. Aparecem na foto: ao centro, Nicolau Elias Abagge, Octacílio Ribeiro da Silva e João Carlos Finardi. À esquerda, o Governador João Elísio Ferraz de Campos; à direita, de perfil, Francisco Souto Neto. 2º recorte: Jornal do Estado, 5.9.1987. Aparecem na foto: Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva e João Carlos Finardi. 3º recorte: Folha nas Artes – José Benjamim Meilinger Júnior – Retrato – Folha de Curitiba, 11.9.1987. Legenda da foto: “A cerimônia foi coordenada por Francisco Souto Neto, criador do Museu Banestado. Na foto, com Nicolau Elias Abagge, Terezinha Abagge, João Carlos Finardi e Octacílio Ribeiro da Silva”. Abaixo:

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Abaixo, homenagem a Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado, e exposição de Nelson Padrella.

ILUSTRAÇÃO 49 – 1º recorte: Dino Almeida – Retrato de presidente no Museu Banestado. Legenda da foto: “No Museu Banestado, as presenças de Nicolau Elias Abagge (ex-presidente do Banco), Francisco Souto Neto (assessor de diretoria do Banestado e criador do museu), Octacílio Ribeiro da Silva (diretor da Banestado Reflorestadora) e João Carlos Finardi, presidente do Banestado”. 2º recorte: Banestado homenageia Abagge – Política – Correio de Notícias de 3.9.1987. Aparecem na foto: Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, João Carlos Finardi. 3º recorte: Folha nas Artes – José Benjamim Meilinger Júnior – Folha de Curitiba, 25.9.1987. Aparecem na foto: Osmar Chromiec, Vera Marques e Francisco Souto Neto. 4º recorte: Alcy Ramalho Filho – Inauguração – Gazeta do Povo (recorte não datado). Aparecem na foto: Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, João Carlos Finardi. Abaixo:

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Abaixo, homenagem a Nicolau Elias Abagge, ex-presidente do Banestado, e exposição de Nelson Padrella.

ILUSTRAÇÃO 50 – 1º recorte: dp urgente – Galeria de ex-presidentes – Diário Popular de 2.9.1987. Aparecem na foto: Nicolau Elias Abagge, Francisco Souto Neto, Octacílio Ribeiro da Silva, João Carlos Finardi. 2º recorte: GERAL – Galeria – Folha de Curitiba de 2.9.1987. Aparecem na foto: Terezinha Abagge, Nicolau Elias Abagge, Octacílio Ribeiro da Silva, João Carlos Finardi, Francisco Souto Neto (de perfil). 3º recorte: Jornal Indústria&Comércio de 6.10.1987. Legenda da foto: “F. Souto Neto (Assessor Cultural do Banestado), Vera Munhoz da Rocha Marques (Gerente da Galeria Banestado), Octacílio Ribeiro da Silva (diretor do Banestado), Nelson Padrella (artista plástico) e Nely Valente (do conselho de administração da galeria)”. 4º recorte: Elas & Eles – Izza Zilli – Correio de Notícias de 3.10.1987. Aparecem na foto:Francisco Souto Neto, Vera Marques, Octacílio Ribeiro da Silva, Nelson Padrella, Nely Valente. Abaixo:

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Abaixo, exposição de Nelson Padrella.

ILUSTRAÇÃO 51 – 1º recorte: dp urgente – Exposição de Padrella – Diário Popular de 1º.10.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Vera Marques, Octacílio Ribeiro da Silva, Nelson Padrella, Nely Valente. 2º recorte: GERAL – Folha de Curitiba de 1º.10.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Vera Marques, Octacílio Ribeiro da Silva, Nelson Padrella, Nely Valente. 3º recorte: Variedades – Jornal do Estado de 2.10.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Vera Marques, Octacílio Ribeiro da Silva, Nelson Padrella, Nely Valente. Abaixo:

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Mais uma viagem de Henriqueta Brieba a Curitiba

ILUSTRAÇÕES 52 a 56 – A atriz Henriqueta Brieba almoça na residência de sua amiga Edith Barbosa Souto, e Francisco Souto Neto. Presentes ao almoço: Dione Mara Souto da Rosa, Marléne Sant’Anna Granville Urban e Rubens Faria Gonçalves. As quatro páginas de álbum, a seguir, contendo fotos da visita de Dona Henriqueta, são auto-explicativas:

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Abaixo, a imprensa divulga a visita de Henriqueta Brieba a Souto Neto.

ILUSTRAÇÃO 57 – 1º recorte: Alcy Ramalho Filho – Gazeta do Povo de 5.12.1987. Legenda da foto: “Quando de sua última estada em Curitiba, a atriz Henriqueta Brieba foi recepcionada para jantar na residência de Francisco Souto Neto”. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto e Henriqueta Brieba segurando o chihuahua Quincas Little Poncho. 2º recorte: Eles & Elas – Izza Zilli – Correio de Notícias de 4.10.1987. Legenda da foto: “F. Souto Neto recebe a atriz Henriqueta Brieba, detentora de um “Prêmio Molière”, dentre tantos que, com 82 anos de palco, personifica o próprio Teatro Brasileiro”. 3º recorte: Domingo social – Wilde Martini – Diário Popular (recorte não datado) – Legenda da foto: “Mês passado, no Dia do Teatro, Henriqueta Brieba estave em Curitiba, apresentando-se no Teatro Guaíra, na Companhia de Colé e Carlos Nobre, sendo homenageada pelo Secretário da Cultura René Dotti. A grande atriz do teatro brasileiro passou o domingo todo na residência da Sra. Edith Barbosa Souto e seu filho Francisco Souto Neto, amigos de longos anos, a quem não deixa de visitar sempre que vem a Curitiba. La Brieba, cuja carreira e talento é a expressão da arte teatral, aos 86 anos, é um exemplo de vigor, lucidez e alegria de viver”. 4º recorte: Dino Almeida – Gazeta do Povo de 4.10.1987. Aparecem na foto: Edith Barbosa Souto e sua amiga Henriqueta Brieba. 5º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo – Jornal do Estado de 3.10.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto e Henriqueta Brieba, com o Quincas Little Poncho. 6º recorte: Domingo social – Wilde Martini – Diário Popular de 11 e 12.10.1987. Comenta a exposição Skroch-Jandira-Izidoro Grandó, e cita as pessoas presentes: “Nilza Procopiak, Juril Carnasciali, Francisco Souto Neto, Carmen Zanchi, (etc.)”. Abaixo:

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Abaixo, notícias diversas envolvendo Francisco Souto Neto.

ILUSTRAÇÃO 58 – 1º recorte: Folha nas Artes – Gécicka de Castro – Folha de Curitiba (recorte não datado). Legenda: “O artista Antônio Arney, Marlene Granville Urban e Francisco Souto Neto ao lado de uma tela de Arney, pertencente a acervo particular. Foto Alice Varajão”. 2º recorte: Jornal não identificado e não datado. Legenda da foto: “Edisson Faust (vice-presidente do Banestado) Shizuva Kato (cônsul geral do Japão), Nely Valente de Almeida e Francisco Souto Neto”. 3º recorte: AGENDA SOCIAL – Colunista TUCCA – Folha de Curitiba de 24.10.1987. Legenda da foto: “Em alta rotação artística, a expert do mundo das artes plásticas Denise Roman (esq.), que enfocamos ladeada por Francisco Souto Neto (assessor de diretor e de cultura do Banestado) e o casal directrice Octacílio Ribeiro da Silva (da instituição bancária) abriu temporada expositiva pelos espaços da Galeria de Arte Poupança Banestado. Foto Roberto Antônio Van Der Osten”. 4º recorte: Cláudio Manoel da Costa – Expo Arney – O Estado do Paraná de 22.11.1987. Legenda da primeira foto: “Francisco Souto Neto, Vera Marques e Antônio Arney”. Legenda da segunda foto: “Aurélio Benítex, Nely Valente de Almeida e Adalice Araújo”. 5º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo – Jornal do Estado de 4.12.1987. Legenda da foto: “Antônio Dönatz, Francisco Souto Neto e o artista Antônio Arney – durante a exposição em que Arney está mostrando seus mais recentes trabalhos até o dia 4, na Galeria de Arte Poupança Banestado. Foto Alice Varajão”. 6º recorte: Folha nas Artes – Gécicka de Castro – Folha de Curitiba de 21.11.1987. Legenda da foto: “Jane Borden, de Londrina, Faride Pedroso, Vera Rocha Marques, gerente da Galeria de Arte Banestado, e Francisco Souto Neto, criador do Salão de Inéditos do Banestado”. Abaixo:

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Abaixo, as primeiras notícias sobre a abertura das inscrições para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

ILUSTRAÇÃO 59 – 1º recorte: Calil Simão – Salão Banestado de Artistas Inéditos – Jornal Indústria&Comércio de 24.11.1987. Legenda da foto: “Octacílio Ribeiro da Silva e Francisco Souto Neto, organizador do Salão Banestado de Artistas Inéditos e o primeiro Diretor da Galeria de Arte Poupança Banestado”. 2º recorte: Dino Almeida informa – Diário Popular de 25.11.1987. Legenda da foto: “Em flash exclusivo para o D. A., Francisco Souto Neto (assessor e diretor de cultura do Banestado) e Octacílio Ribeiro da Silva (diretor do Banco), criadores e implantadores do Salão Banestado. 3º recorte: Alcy Ramalho Filho – Gazeta do Povo de 10.11.1987. 4º recorte: Cláudio Seto – Correio de Notícias de 21/22.11.1987. 5º recorte: Almanaque – O Estado do Paraná de novembro de 1987. Abaixo:

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Abaixo, as primeiras notícias sobre a abertura das inscrições para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

ILUSTRAÇÃO 601º recorte: Dino Almeida informa – Salão Banestado em sua 5ª edição – Gazeta do Povo de 17.11.1987. 2º recorte: Dicas – Salão Banestado – Folha de Londrina de 19.11.1987. Os demais recortes desta página são repetidos, por engano, quando o álbum foi montado em janeiro do ano seguinte. Abaixo:

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Abaixo, as primeiras notícias sobre a abertura das inscrições para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

ILUSTRAÇÃO 611º recorte: Salão Banestado de Artistas Inéditos – Diário Popular de 5.11.1987. Legenda da foto: “Francisco Souza Netto [Francisco Souto Neto], assessor de diretor e de cultura, e Octacílio Ribeiro da Silva, diretor do Banestado”. 2º recorte: Alcy Ramalho Filho – Salão Banestado – Gazeta do Povo de 9.11.1987. Legenda da foto: “F. Souto Neto, assessor de diretor e de cultura, e Octacílio Ribeiro da Silva, diretor do Banestado, criadores e implantadores do SBAI – Salão Banestado”. 3º recorte: Artespaço – Alcy Ramalho Filho – Gazeta do Povo de 22.11.1987. 4º recorte: Neon – Tânia Toledo – Correio de Notícias de 21 e 22.11.1987. Abaixo:

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Abaixo, notícias sobre a abertura das inscrições para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

ILUSTRAÇÃO 62 – 1º recorte: Um artista revelado no salão dos novos. Opção Cultural – Recorte não datado. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. 2º recorte: Colunista Tucca – Salão Banestado de Artes – Folha de Curitiba (recorte não datado). 3º recorte: Cláudio Manoel da Costa – O Estado do Paraná de 13.11.1987. Abaixo:

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Abaixo, notícias sobre a abertura das inscrições para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

ILUSTRAÇÃO 63 – 1º recorte: ARTE – Impulsionando a cultura – Estão abertas as inscrições para o V SBAI – Recorte que não identifica o nome do jornal e a data. Legenda da fotografia: “Francisco Souto Neto, Assessor de Diretor e de Cultura, e Octacílio Ribeiro da Silva, que cumula os cargos de Diretor da Reflorestadora e de Cultura do Banestado”. 2º recorte: GERAL – V SBAI – Folha de Curitiba de 5.11.1987. Legenda da foto: “O Salão Banestado foi criado por Francisco Souto Neto e Tadeu Petrin, contando com o apoio do diretor Octacílio Ribeiro da Silva”. 3º recorte: Dino Almeida – Gazeta do Povo, recorte não datado. Abaixo:

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Abaixo, primeiras notícias sobre os classificados para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, e outras notícias.

ILUSTRAÇÃO 64 – 1º recorte: Folha nas Artes – Gécicka de Castro – Folha de Curitiba, recorte não datado. Legenda da foto: “O artista plástico e jornalista Cláiudio Seto, Secretário da Cultura Renê Dotti e Francisco Souto Neto, na abertura da exposição de Mazé Mendes e Cláudio Alvarez, na Galeria Banestado. Foto Alice Varajão”. 2º recorte: Agenda Social – Colunista Tucca – Selecionados do Salão Banestado – Folha de Curitiba, 16.12.1987. Legenda da foto: “Com criteriosa responsabilidade, a comissão de analistas formada pelos experts: Ida Hannemann de Campos, Rossana Guimarães e Raul Cruz, que enfocamos ladeados pelo criador do Salão Banestado de Artistas Francisco Souto Neto (dir.), estiveram em franca atividade no finalzão de semana, selecionando os trabalhos do V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos”. 3º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo – Jornal do Estado de 29.11.1987. Abaixo:

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Abaixo, primeiras notícias sobre os classificados para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, e outras notícias.

ILUSTRAÇÃO 65 – 1º recorte: Domingo Social – Wilde Martini – Diário Popular de 20 e 21.12.1987. Legenda da foto: “Francisco Souto Neto, criador do Salão Banestado, recebeu em sua residência os integrantes da comissão julgadora – Ida Hannemann de Campos, Raul Cruz e Rossana Guimarães, para a divulgação dos classificados no 5º SBAI”. 2º recorte: Artes Plásticas – Salão Banestado de Artistas abre inscriçõed – Jornal do Estado de 6.11.1987. 3º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo – Jornal do Estado de 5.12.1987. Legenda da foto: “A artista plástica Denise Roman ao lado de Francisco Souto Neto (assessor de diretor de Cultura do Banestado) e o casal Octacílio Ribeiro da Silva (Diretor do Banestado), durante coquetel de abertura da mostra individual de Denise na Banestado Galeria de Arte. Foto Roberto Antônio Von Der Osten”  Abaixo:

Transcrição do 1º recorte acima.

Francisco Souto Neto, criador e organizador do SBAI, está entusiasmado com o nível dos trabalhos selecionados, divulgando os artistas que foram aprovados pelo júri: Ana Lúcia Procopiak, Beni Cardoso, Carlos Maiucci, Clóvis Pedro de Lara, Cristina Suplicy, Donizete Barbosa, Dulcirene Moletta, Edilson Viriato, Eliana Utrabo, Eloísio de Souza, Gil César Gracia, Heloísa Vargas, Ieda Coelho, Ivo Martinez Filho, Janet Quadros Pinotti, Jayme Andreassi de Albuquerque, João Gutierrez Neto, José de Lima, Jussara Salazar, Léa Bueno, Maria Clara Sternberg, Maria Coelho, Maria Lúcia Puppi, Maria Almeida, Marly Carfrati Torrens, Marly Meyer de Araújo, Miriam Luíza Guerra, Mirna Castellano, Nilza Gomes, Odete Cortes, Roberto Bueno, Roberto Yabe, Rosângela Andrade, Sílvia Pereira, Suene Santos, Tânia Machado, Telma Regina Serur, Trajano Ferrer, Valdomiro Moreira, Wilma Wambier e Wilson Pereira.

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Abaixo, notícias sobre os classificados para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, e outras notícias.

ILUSTRAÇÃO 66 – 1º recorte: Fragmento da página inteira VERNISSAGE, de Cláudio Seto, publicada no Correio de Notícias de 19/20.12.1987. TESTE CÉSIO 137 – “A comissão julgadora do SBAI (Raul Cruz, ida Hannemann de Campos e Rossana Guimarães) é recebida pelo criador do Salão Banestado: a) Souto Neto – b) Souza Neto – c) Silva Neto – d) Silva Beto”. 2º recorte: Colunista Tucca – Salão Banestado de artistas –  Folha de Curitiba de 6.11.1987. 3º recorte: Colunista Tucca – Legenda da foto: “Incentivando a revelação e projeção dos novos talentos do mundo artístico, os directrices Francisco Souto Neto e Octacílio Ribeiro da Silva, estão apadrinhando a todo vapor o lançamento do imperdível V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, com inscrições abertas até o finalzinho de novembro”. 3º recorte: Juril Carnasciali – Gazeta do Povo de 29.11.1987. 4º recorte: Salão Banestado – Folha de Londrina de 8.11.1987. 5º recorte: Colunista Tucca – Banestado agradecendo apoio – Folha de Curitiba de 5.12.1987.

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Abaixo, notícias sobre os classificados para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

ILUSTRAÇÃO 67 – 1º recorte: Seleção e julgamento do Salão Banestado de Artistas Inéditos – Diário Popular de 17.12.1987. Legenda da foto: “Comissão julgadora do SBAI (Raul Cruz, Ida Hannemann de Campos e Rossana Guimarães) é recebida por Francisco Souto Neto, criador do Salão Banestado, para divulgação dos nomes dos artistas classificados”. 2º recorte: Salão Banestado – Correio de Notícias de 19/20.12.1987. Abaixo:

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Abaixo, notícias sobre os classificados para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, e outros assuntos.

ILUSTRAÇÃO 68 – 1º recorte: Dino Almeida informa – Diário Popular de 17.11.1987. 2º recorte: VARIEDADES – Jornal do Estado de 16.12.1987. Aparecem na foto: Raul Cruz, Ida Hannemann de Campos, Rossana Guimarães, Francisco Souto Neto. 3º recorte: VARIEDADES – Jornal do Estado de 11.11.1987. 4º recorte: Juril Carnasciali – Gazeta do Povo de 15.11.1987. Aparecem na foto: Octacílio Ribeiro da Silva e Francisco Souto Neto. 5º recorte: Jornal do Estado de 18.12.1987. Aparecem na foto: Ida Hannemann de Campos, Francisco Souto Neto, Raul Cruz, Rossana Guimarães e Edith Barbosa Souto segurando o chihuahua Quincas Little Poncho. 6º recorte: Folha nas Artes – Gécicka de Castro. Aparecem na foto: Octacílio Ribeiro da Silva, Rossana Guimarães, Vera Munhoz da Rocha Marques, Nely Valente e Francisco Souto Neto. Abaixo:

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Abaixo, notícias sobre os classificados para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, e outros assuntos.

ILUSTRAÇÃO 69 – 1º recorte: Folha nas Artes – Gécicka de Castro – Folha de Curitiba de 10.12.1987. Grupo de artistas plásticos e outros participantes que compareceram à festa de fim de ano promovida pela Galeria de Arte Banestado. Foto Alice Varajão. 2º recorte: Cláudio Manoel da Costa – O Estado do Paraná de 22.12.1987. 3º recorte: Gazeta do Povo de 13.11.1987. 4º recorte: Jornal Indústria&Comércio de 26.11.1987.

Texto de Gécicka de Castro no 1º recorte acima. Adiante:

Linda, maravilhosa, gostosíssima, sensacional etc.,  a festinha de Natal que a Galeria de Arte Banestado promoveu no dia quinze.

Lá estiveram uns duzentos ou mais artistas plásticos, em confraternização de final de ano.

Quanto ao “amigo secreto”, foi de um modo geral só de troca de trabalhos artísticos dos participantes. Excelente ideia, uma vez que assim se teve a oportunidade de ter uma obra de outro artista sem necessidade de comprá-la.

Entre as pessoas que lá estiveram, isso sem falar de Nely Valente, Vera Rocha Marques e Clarissa Lagarrigue, posso citar Álvaro Borges, João Osório Brzezinski, Denise Roman, Dr. Francisco Souto Neto, Sérgio Lima, Wilson e Mazé de Andrade Silva, Max Conradt Jr., Raul Cruz, Renê Bittencourt, Geraldo Leão, Rossana Guimarães, Lirdi Jorge, Dálio Zippin, Lélia Brown, Ronald Luz, Osmar Chromiec, Octacílio Ribeiro da Silva, diretor de assuntos culturais do Banestado, Ronald Simon, Sofia Dyminski, que também fazia sua festa de aniversário aproveitando a companhia dos amigos, Afonso José Afonso (que montou o presépio), Fabiano Dalla Bona, Dino Almeida, Fernando Calderari, Fernando Veloso, eu e mais uma porção de gente.

Parabéns pela promoção e tim… tim…

Legenda da foto: Grupo de artistas plásticos e outros participantes que compareceram à festa de fim de ano promovida pela Galeria de Arte Banestado. Foto Alice Varajão.

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Abaixo, notícias sobre os classificados para o V SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, e outros assuntos.

ILUSTRAÇÃO 70 – 1º recorte: Colunista Tucca – Folha de Curitiba de 28.11.1987. Aparecem na foto: Octacílio Ribeiro da Silva e Francisco Souto Neto. 2º recorte: Jornal Indústria&Comércio de 10.11.1987. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto e Octacílio Ribeiro da Silva. 3º recorte: Folha de Londrina de 18.12.1987. 4º recorte: Elas & Eles – Izza Zilli [Iza Zilli] – Correio de Notícias de 18.12.1987. Aparecem na foto: Edith Barbosa Souto (segurando o chihuahua Quincas Little Poncho), Rossana Guimarães, Raul Cruz, Francisco Souto Neto e Ida Hannemann de Campos. 5º recorte: Gazeta do Povo de 19.12.1987. Os dois recortes restantes são repetições de publicações meses antes. Abaixo:

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FINALMENTE, ALGUMAS PÁGINAS DE ÁLBUNS FOTOGRÁFICOS DE 1987:

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Ao assumir o Governador Álvaro Dias em 1987 (terminada a gestão de José Richa), passei a ser assessor da Banestado Reflorestadora. Em meu novo gabinete no Centro Administrativo Banestado, esta, nas duas primeiras fotos, era a vista que eu tinha da minha janela. Nas duas fotos abaixo, brincando com as molduras destinadas aos retratos dos presidentes do Banco.

Francisco Souto Neto em seu gabinete de Assessor da Banestado Reflorestadora (1987).

Minha mesa de trabalho, e Marlene, a secretária.

Imagens de início de ano, com minha mãe e Quincas.

Retratos de presidentes do Banestado que mandei restaurar e pintar.

Retratos de antigos presidentes do Banestado, que mandei pintar.

Retratos de antigos presidentes do Banestado, que mandei pintar.

Retratos de antigos presidentes do Banestado, que mandei pintar.

“Reunião com presidentes do Banestado”…

Um retrato retardatário de presidente do Banestado…

Francisco Souto Neto e Nicolau Elias Abagge descerrando a placa inaugural do Museu Banestado.

Dia 3 de julho de 1987: Edith Barbosa Souto comemorava seu 76º aniversário. Nas fotos, com o filho Francisco Souto Neto e a neta Dione Mara Souto da Rosa. E com o chihuahua Quincas Little Poncho.

Quincas Little Poncho em seu 14º aniversário.

Detalhes do retrato de Edith Barbosa Souto com Quincas Little Poncho. Óleo sobre tela da autoria de Antônio Macedo.

Detalhes do retrato de Arary Souto. Óleo sobre tela de Vilmar Lopes.

O livro que Arary Souto está segurando na pintura de Vilmar Lopes, é este, que pertenceu à biblioteca do seu avô, Francisco José Alves Souto. Trata-se do livro de poesias “Lucubrações” de Francisco Lobo da Costa, editado pela Typographia J. Seckler, São Paulo, em 1874.

Autorizei a Associação SAZA LATTES (de Proteção à Maternidade e à Infância) a usar a imagem da tela de minha propriedade, cujo autor é Osmar Chromiec, para usá-la como cartão de Natal, com os lucros das vendas revertidos à referida Associação.

Os cartões que recebemos no Natal de 1987, pendurados pela minha mãe numa das portas de nossa casa.

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Em 1987 colecionei exatamente 139 recortes de jornais que se referem às minhas atividades. Nesses 139 recortes daquele ano, há 75 fotografias minhas, publicadas por gentileza dos jornais ou dos meus amigos colunistas. Várias fotos dos arquivos dos jornais, já publicadas no ano anterior, são bastante repetidas pela própria imprensa em 1987. Algumas páginas de meus álbuns de fotografias completam esse quadro do blog, ilustrando um pouco da minha trajetória naquele ano.

Curitiba, 26 de fevereiro de 2012.

Francisco Souto Neto.

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8 Comentários
  1. Dione M S da Rosa permalink

    O blog está incrível! Lembro-me bem dessa época em que tive oportunidade de morar com vocês. Parabéns pelo grande trabalho e compilação. Beijos, Dione Mara

    • Querida Mara! Foi um tempo maravilhoso e produtivo. Principalmente feliz, porque tínhamos ainda a presença tão querida daqueles que já partiram. Este blog está sendo um belo passeio pelo passado. Beijo!

  2. Rossana Guimarães permalink

    Que ótimo Souto! …..e quem guarda tem. Ví esses dias essas fotos nos meus arquivos! deu saudades! bjs

    • Rossaníssima, como diz o Persona. Foi uma época de ouro para a cultura, para as artes plásticas e a criatividade. Obrigado por me escrever. Beijo.

  3. Fabianna Utrabo permalink

    Boa tarde Francisco, achei seu blog sem querer e fiquei muito surpresa, sou Fabianna Utrabo, filha da Eliana R. Utrabo, que faleceu no acidente do Banestado em 1987 numa excursão para Foz. O Apelido dela era Polaca ela trabalhava no credito imobiliário. Achei fotos minhas no seu blog de quando ela expôs seus quadros na Galeria Banestado e eu fui representa-la em 1988. Como você disse é uma homenagem aos que já partiram!!! Muita emoção!!! Caso você tenha mais noticias que tenham ela poderia me avisar e arrumar uma copia? eu lembro do jornal era muito legal. Um abraço. Obrigada

    • Oi, Fabianna! É uma alegria, uma emoção e uma honra este contato com uma filha da saudosa Polaca. Lembro-me dela bem claramente e me parece que ela trabalhava com a Vera, na Galeria de Arte. O acidente e seu falecimento abalaram a todos, pois ela era uma colega muito querida. O material que aparece nos meus blogs está preservado, porque felizmente eu guardei muitas cópias… porém a totalidade dos arquivos originais deve ter sido destruída com o fim do Banestado. Eu me aposentei em 1991, nove anos antes do escândalo que acabou com o banco, e como eu já estava fora da instituição, nada pude fazer em prol da preservação dos arquivos. Não tenho nenhuma notícia ou fotos além das que estão nos meus cinco blogs temáticos. Mas você pode “salvar” as imagens no seu computador e imprimi-las, incluindo o catálogo do Salão Banestado. Esta página do blog, na qual estamos escrevendo, é “Francisco Souto Neto no ano de 1987”. As suas fotos que você encontrou, estão na página seguinte, que é “Francisco Souto Neto no ano de 1988”? Pesquise no Google nas duas formas do nome da sua mãe, que eram “Eliana Utrabo” e “Eliana R. Utrabo”. Procure também com o R. por extenso. Desejo-lhe sucesso. Abraços a você e a todos os seus familiares.

  4. Joca Farias permalink

    O senhor podia incluir nesse blog a história do escândalo do Banestado, que ficou conhecida como uma das maiores lavagens de dinheiro do país, rendendo um rombo de milhões para os cofres públicos. Apesar de uma CPI que condenou o sr. Nicolas Abagge (homenageado aqui no site) a 10 anos de prisão, o caso foi descaradamente arquivado, como todos nós sabemos.Desculpe pedir assim esclarecimentos, mas com os últimos acontecimentos em Curitiba agora no final de julho de 2016, a história voltou à tona e eu tive a oportunidade de tomar conhecimento dela essa semana. Por isso é que estou pesquisando mais. Há muitas e muitas informações sobre a família Abagge na internet, todas elas extremamente escandalosas, como essa.

    • Prezado Joca Farias!
      Acabo de aprovar a inclusão do seu comentário sobre o escândalo do Banestado, para que o mesmo se torne público aqui no meu blog, justamente porque considero suas assertivas perfeitamente justas e válidas. Sei a que se refere quando cita “os últimos acontecimentos em Curitiba no final de julho de 2016”, que começaram com a covarde e repulsiva agressão à respeitada atriz e cantora Letícia Sabatella. Foi uma demonstração do ponto a que podem chegar algumas pessoas que se tornam cegas pelo fanatismo político-partidário e que não sabem respeitar as opiniões contrárias. A cena foi a demonstração da intolerância e de um covarde ataque de um grupo de extremistas fanatizados vociferando obscenidades a uma pessoa de bem. Horas depois descobri o nome do ofensor e soube, escandalizado, tratar-se de um filho do dr. Nicolau.
      Vamos por partes: eu trabalhei no Banestado por 30 anos, aposentando-me em 1991. Quatro anos antes, em 13 de março de 1987, inaugurou-se o Museu Banestado, por mim idealizado. Era o fim do mandato-tampão do Governo João Elísio Ferraz de Campos, que durou de 9 de maio de 1986 a 15 de março de 1987 (15 de março era a data para final de um governo, e início do seu sucessor eleito), quando então começou o Governo Álvaro Dias.
      Os 10 meses do Governo João Elísio são o período em que dr. Nicolau presidiu o Banco. Como presidente do Banestado, coube a ele inaugurar a nova instituição representada pelo Museu Banestado. Em meu blog eu não estou fazendo homenagens nem a ele, nem a qualquer outro homem público (homenagem somente a meus pais, nas primeiras páginas do blog), mas simplesmente transcrevendo tudo aquilo que a imprensa registrou a respeito do meu trabalho na qualidade de Assessor para Assuntos de Cultura do Banestado. O diretor a quem eu assessorava naquele período era o dr. Octacilio Ribeiro da Silva, felizmente uma pessoa de ilibado conceito. Naquele momento o conceito público do presidente dr. Nicolau não era diverso deste.
      Devo lhe dizer que eu tenho a CPI do Banestado, que está há anos divulgada noutro dos meus blogs, cujo endereço lhe darei três ou quatro parágrafos abaixo, e que é extensivo a todos os leitores que se interessarem pelo assunto. Trata-se de uma “página especial” do blog “EXPRESSÃO & ARTE de Francisco Souto Neto”. Nele demonstro minha admiração pelo trabalho de Jaime Lerner durante as três ocasiões em que foi prefeito de Curitiba, admiração que ruiu e se transformou em indignação quando, eleito Lerner governador do Estado, ocorreu a vergonhosa corrupção que fez quebrar o Banco do Estado do Paraná.
      Correndo o “mouse” por essa página do meu blog, alcance o ANO DE 2013, onde se lê minha crônica “O dia em que não apertei a destra do governador”. Um pouco abaixo está o sub-título “JAIME LERNER E SEUS PROBLEMAS COM A LEI”, seguido de outra minha crônica intitulada “A condenação de Jaime Lerner e os desenganos da política”.. e então finalmente, “A CPI DO BANESTADO NAS PALAVRAS DE FRANCISCO SOUTO NETO”. Está ali o link com o endereço da referida CPI.
      A CPI tem nada menos do que 1142 páginas. Confesso que até hoje não a li integralmente. Ative-me a vários outros aspectos, sempre na expectativa de um dia lê-la in totum. Entretanto, confesso que sempre me falta ânimo para ir além, porque a minha decepção com o fato de os políticos terem transformado esta CPI “em pizza” até hoje me revolta, mas também me provoca uma certa apatia, talvez por me sentir impotente para gritar com mais força apelando pela atuação da nossa sonolenta Justiça. Talvez também por isso eu não soubesse do envolvimento do dr. Nicolau ao nível que sua mensagem me informa, e que nos últimos dias tem sido divulgado na internet após aquele covarde ataque a uma respeitada atriz.
      Eis o link:
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      EXPRESSÃO & ARTE por Francisco Souto Neto. Curitiba, 12 dez. 1997, p. 12. Galeria de todos os presidentes do Banestado (Subsídios para a história do Museu Banestado)


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      Portanto, duas foram as minhas surpresas nesta semana: a primeira, ao saber que o agressor da atriz Letícia Sabatella, chamando-a de “puta”, é filho do dr. Nicolau. Ele, e aquela senhora loura que tratou a atriz por “vagabunda”, certamente responderão na Justiça. A segunda surpresa, foi descobrir agora, através da internet, e também da sua mensagem ao meu blog, que dr. Nicolau foi condenado a 10 anos de prisão por comprovada culpa. É, pois, uma decepção a mais, envolvendo homens públicos, que devo incluir na minha longa lista.
      Concluindo, caro Joca Farias, nada tem do que se desculpar. Ao contrário, tenho eu a lhe agradecer pela oportunidade de opinar sobre o assunto.
      Aos nossos leitores, fica aqui a justificativa: este blog está encerrado com o ano de 2007. Reporte-se à nota de rodapé da página “Francisco Souto Neto no ano de 2007” (favor buscar essa página no Google). Entretanto, gostaria de somar esforços em prol da reabertura da CPI do Banestado, arquivado por interesses espúrios. Quem tiver forças e ainda acredite na Justiça, dê início a uma corrente com esse propósito. Apesar da minha pequenez, procurarei dar o maior apoio à causa.
      Obrigado.

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