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FRANCISCO SOUTO NETO no ano de 1991, através de antigos recortes de velhos jornais (e de algumas fotografias).

24 de julho de 2012

FRANCISCO SOUTO NETO no ano de 1991, através de antigos recortes de velhos jornais (e de algumas fotografias).

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O ANO DE 1991

 

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RECORTES:

Em azul são palavras de Souto Neto. Em preto são transcrições do que foi publicado. Em vermelho são os nomes das pessoas que aparecem nas fotos. Em verde são os números das ilustrações.

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O ano de 1991 começou com a imprensa sugerindo o meu nome para ocupar a pasta da Cultura no Governo Roberto Requião que tomaria posse em março. Até à véspera da sua posse, o governador eleito não se definiu quanto ao nome do seu futuro Secretário de Estado da Cultura.

Acima, detalhe de reportagem no Jornal do Estado de 27.12.1990, caderno Política, página 3-A, que divulgava: “Na Secretaria da Cultura a disputa é acirrada. Pode ser mantido o atual secretário René Dotti [René Ariel Dotti], ou nomeado um novo que seria o ex-secretário de Cultura de Requião na prefeitura, Carlos Marés [Carlos Frederico Marés de Souza Filho], ou o jornalista Souto Neto [Francisco Souto Neto], assessor para Assuntos de Cultura do Banestado”.

 

Quando faltava apenas um dia para a sua posse, Requião anunciou o nome de Gilda Poli. No novo governo, porém, permaneci como conselheiro do Sistema Paranaense de Museus. Entretanto ocorreu em 1991 um fato que mudou radicalmente a minha vida. No mês de março, uma circular normativa do Banco do Estado do Paraná determinou que todos os funcionários que tivessem no mínimo 30 anos de contribuição ao INSS seriam obrigados a aposentar-se. Se não se aposentassem, perderiam o direito aos cargos comissionados. A medida atingia principalmente os colegas mais velhos, que já trabalhavam há mais de 40 anos e não queriam aposentar-se. Eu tinha exatamente 30 anos de contribuição. Pretendia-se, forçando as aposentadorias, baixar o volume dos salários pagos pela instituição, e dar espaço aos funcionários que se encontravam em cargos mais baixos, e que não tinham como subir aos cargos ocupados pelos mais velhos. Aposentaram-se imediatamente cerca de 600 funcionários, muitos dos quais meus amigos e colegas próximos. Eu continuei até meados de junho, a pedido do novo presidente, para que alguém pudesse ser treinado para ocupar meu lugar. Eu, que comecei a trabalhar aos 17 anos, iria aposentar-me aos 47.

 

De fato, eu não pensava em aposentar-me tão cedo, tal como então a lei o permitia. Mas como não havia o que discutir, aposentei-me, como as centenas de colegas do Banestado que na ocasião me antecederam e sucederam em apenas alguns meses. Desligando-me do Banco, logo depois fiz uma longa viagem à Europa, continente que me encantava e do qual já conhecia quase vinte países, e fui a dois outros continentes onde nunca estivera antes: o asiático e o africano. Antes de viajar, suspendi meu programa na Rádio Estadual do Paraná e adiei sine die o programa que eu produziria e apresentaria na TV Estadual. E a partir de então, descobri que era absolutamente maravilhoso não ter mais compromissos de trabalho, e que não precisar servir a diretores, presidentes e, por extensão, a governadores, tinha para mim o sabor da Lei Áurea. No meu primeiro dia de aposentado, por coincidência, o meu despertador parou. E eu nunca mais comprei outro.

 

O trabalho enobrece, tal como aprendemos na escola? Possivelmente sim. Porém se pudermos nos dedicar somente àquilo que quisermos, a nosso bel-prazer, sem hora marcada e sem precisar usar roupa formal em todos os dias úteis da semana, isto será infinitamente mais agradável, e terá o sabor da ambrosia.

 

Continuei aceitando convites para participar de diretorias de entidades ligadas à cultura, porém sem receber remuneração, movido apenas pela ars gratia artis. Há mais de duas décadas tenho o privilégio de viver sem compromissos formais, mirabile dictu.

Curitiba, 30 de junho de 2012

Francisco Souto Neto.

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ILUSTRAÇÃO 1Abaixo, 1º recorte: Os premiados do Banestado – Carlos Queiroz Maranhão. Jornal do Estado de 3.1.1991. Aparecem na foto: Nelson Padrella, Francisco Souto Neto, Denise Roman, João Osório Brzezinski. Texto da notícia: “O Banestado está divulgando o resultado dos serviços de seleção e julgamento do VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, que esteve a encargo da comissão julgadora composta por Denise Roman, Nelson Padrella e João Osório Brzezinski. Dos 236 trabalhos inscritos, foram selecionadas 63 telas de 44 artistas inscritos. Os nomes dos artistas premiados, porém, como já ocorre tradicionalmente desde o primeiro Salão Banestado, só serão conhecidos na noite de hoje, por ocasião da inauguração que será feita por Carlos Antônio de Almeida Ferreira, presidente do Banestado, e René Ariel Dotti, Secretário de Estado da Cultura. A coordenação do evento está a encargo de Francisco Souto Neto, que idealizou e criou o salão há oito anos”. Aparecem na foto: Nelson Padrella, Francisco Souto Neto, Denise Roman, João Osório Brzezinski. São os seguintes, os artistas selecionados: Cecília Marcondes Fortes, Cláudio de Azeredo, Clélia Saldanha de Almeida, Devanir Massami Tominaga, Dulcirene Montanha Moletta, Elani Paludo, Eliane Kowalski Vianna, Elieder Corrêa da Silva, Eloísio Ferreira de Souza, Félix Wojciechowski, Gil César de Macedo Gracia, Glenda Mara Uhrigshardt Silva, Henriqueta Sibila Pepin Ferreira, Idóvel Massaranduba Ribeiro, Ieda de Camargo Coelho, Juliana Leonor Kudlinski, Jussara Farias de Mattos Salazar, Laércio Redondo Júnior, Léa Innocêncio Bueno, Leda Maria Veneri, Leônida da Luz Moreira, Luciano José Antunes, Luciano Parreira Buchmann, Maria Cássia P. Custódio, Maria Cristina Etcheverry, Maria de Lourdes Brandão Hecke, Maria Thereza de Araújo, Marilisa Cruz Destro, Marilu Stellfeld C. de Albuquerque, Mauro Roberto Nichele, Nelly Undine S. Pereira, Noely Maria Zílio Caldart, Olavo Tenório Cavalcante, Osmar Delgado, Roberto Pereira da Silva, Rosângela Fátima de Andrade, Rubens Faria Gonçalves, Rubens Marques Curi, Salete Lottermann Forneck, Sérgio Monteiro de Almeida, Sônia Tramujas Vasconcellos, Túlio Márcio Gomes Andrade, Valdívia Alves Dalpósito, Valdomiro Moreira. 2º recorte: Sbai – Cláudio Manoel da Costa. O Estado do Paraná de 5.1.1991. 3º recorte: Resultado do VIII Salão Banestado de Artistas. Diário Popular de 27.12.1990. Aparecem na foto: Carlos Antonio de Almeida Ferreira, Francisco Souto Neto, René Ariel Dotti.

Ilustração 1.

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ILUSTRAÇÃO 2 – Abaixo, 1º recorte: Abre hoje o VIII Salão de Artistas Inéditos (SBAI) – Luiz Augusto Juk. Jornal Indústria & Comércio de 4.1.1991. Parte final do texto: “Salienta Francisco Souto Neto que ‘ansiosamente aguardado pelos artistas que nele se inscrevem, o Salão Banestado abre, todos os anos, o calendário artístico da capital paranaense, ao qual está definitivamente incorporado como um dos mais importantes eventos do Paraná, que se propõe a descobrir e projetar novos talentos’.”. 2º recorte: Mary Schaffer – Gazeta do Povo de 6.1.1991. Aparecem na foto: Nelson Padrella, Denise Roman, Francisco Souto Neto, João Osório Brzezinski. Texto da legenda da foto: “A comissão julgadora do VIII SBAI Salão Banestado foi composta por Nelson Padrella, Denise Roman e João Osório. Souto Neto, idealizador do Salão, inaugurou com sucesso a exposição dos 63 trabalhos selecionados dia 4 último”. 3º recorte: VIII SBAI – Izza Zilli. Correio de Notícias de 9.1.1991. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, João Osório Brzezinski, Francisco Souto Neto, Denise Roman e Nelson Padrella; na 2ª foto, Edith Barbosa Souto e Denise Roman.

Ilustração 2

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ILUSTRAÇÃO 3 – Abaixo, 1º recorte: VIII SBAI / Novos talentos. Izza Zilli. Correio de Notícias de 9.1.1991. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Denise Roman, João Osório Brzezinski, Nelson Padrella. Texto da notícia: “Já está aberto o VIII Salão Banestado de Artistas Inéditos. O evento é aplaudido pelo mundo artístico paranaense e conta com o apoio de Carlos Antonio de Almeida Ferreira, presidente do Conglomerado Financeiro Banestado. O Sbai é todos os anos esperado ansiosamente pelos artistas e anualmente marca a abertura do calendário artístico do Paraná. A ideia partiu de Francisco Souto Neto, assessor para assuntos de cultura, e deu certo, pois Souto visou a descoberta e a projeção de novos talentos. ADMIRÁVEL”. 2º recorte: Inauguração. O Estado do Paraná de 4.1.1991. Aparecem na foto: Carlos Antonio de Almeida Ferreira, Francisco Souto Neto, René Ariel Dotti. 3º recorte: Os fatos mais importantes nas artes plásticas em 90. O Estado do Paraná de 6.1.1991. Texto em que Francisco Souto Neto, a convite de Aramis Millarch, informa quais as cinco exposições que elegeu como as mais interessantes do ano de 1990: “FRANCISCO SOUTO NETO, advogado, colecionador de artes plásticas, assessor cultural do Banestado e idealizador do Salão Banestado, redator da coluna Expressão & Arte no Jornal Indústria & Comércio, colaborador das revistas Charme e Magia e produtor-apresentador de programa sobre artes plásticas na Rádio Estadual do Paraná: 1º – Retrospectiva de Helena Wong – Museu de Arte do Paraná. 2º – Exposição de desenhos de Poty – Galeria de Arte Banestado. 3º – Exposição de gravuras de Marcelo Grassmann – Sala Miguel Bakun. 4º – Mostra de pintura de Humberto Espíndola – Museu Guido Viaro. 5º – Exposição de desenhos de Didonet Thomaz – Sala Theodoro de Bona. Outros destaques apontados por Souto Neto: exposições de Henry Moore (Solar do Barão), Ianelli (MAC), Letícia Faria (Museu Guido Viaro), Carlos Brecher (Simões de Assis) e Edilson Viriato (Sala Theodoro de Bona)”.

Ilustração 3

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ILUSTRAÇÃO 4 – Abaixo, no recorte: Campanha visa estimular turista para preservação da Ilha do Mel – Restauração da Fortaleza. Gazeta do Povo de 3.1.1991. Texto da notícia: “(…) Restauração da Fortaleza. O Secretário de Cultura do Estado René Dotti, o presidente do Banestado Carlos Antonio de Almeida Ferreira, e dirigentes do Instituto Saint-Hilaire da Defesa dos Sítios Históricos do Paraná vão realizar no próximo sábado uma visita à Ilha do Mel, no litoral paranaense, onde inspecionarão as obras de restauração da Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, que está sendo executada pela Secretaria da Cultura com apoio financeiro do Banestado. O presidente do Instituto, José Tarcizo Falcão, o vice-presidente Christóvam Soares Cavalcante, o diretor financeiro João Luiz Rodrigues Biscaia, e o diretor de comunicação José Souto Neto [o correto é Francisco Souto Neto], deverão definir com o dirigente do Banestado, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, a doação de recursos a fim de conclui-se a segunda etapa das obras (…)”.

Ilustração 4

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ILUSTRAÇÃO 5 – Abaixo, o texto do catálogo do VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, assinado por Francisco Souto Neto, e cópia da ata de julgamento do Salão, assinada por Denise Roman, João Osório Brzezinski e Nelson Padrella.

Ilustração 5

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ILUSTRAÇÃO 6 – Abaixo, relação dos artistas participante do VIII SBAI, com seus endereços e nomes das obras. Artistas participantes: Cecília Marcondes Fortes, Cláudio de Azeredo, Clélia Saldanha de Almeida, Devanir Massami Tominaga, Dulcirene Montanha Moletta, Elani Paludo, Eliane Kowalski Vianna, Elieder Corrêa da Silva, Eloísio Ferreira de Souza, Félix Wojciechowski, Gil César de Macedo Gracia, Glenda Mara Uhrigshardt Silva, Henriqueta Sibila Pepin Ferreira, Idóvel Massaranduba Ribeiro, Ieda de Camargo Coelho, Juliana Leonor Kudlinski, Jussara Farias de Mattos Salazar, Laércio Redondo Júnior, Léa Innocêncio Bueno, Leda Maria Veneri, Leônida da Luz Moreira, Luciano José Antunes, Luciano Parreira Buchmann, Maria Cássia P. Custódio, Maria Cristina Etcheverry, Maria de Lourdes Brandão Hecke, Maria Thereza de Araújo, Marilisa Cruz Destro, Marilu Stellfeld C. de Albuquerque, Mauro Roberto Nichele, Nelly Undine S. Pereira, Noely Maria Zílio Caldart, Olavo Tenório Cavalcante, Osmar Delgado, Roberto Pereira da Silva, Rosângela Fátima de Andrade, Rubens Faria Gonçalves, Rubens Marques Curi, Salete Lottermann Forneck, Sérgio Monteiro de Almeida, Sônia Tramujas Vasconcellos, Túlio Márcio Gomes Andrade, Valdívia Alves Dalpósito, Valdomiro Moreira.

Ilustração 6

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ILUSTRAÇÃO 7 – Abaixo, detalhe do cartaz do VIII SBAI.

Ilustração 7

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ILUSTRAÇÃO 8 – Abaixo, texto de apresentação no cartaz do VIII SBAI, assinado por Francisco Souto Neto, e o convite para o ato inaugural.

Ilustração 8

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ILUSTRAÇÕES de 9 a 20 são páginas do álbum de fotografias nº 74 (organizado em 1991 tal como se encontra) de Francisco Souto Neto, páginas estas fotografadas para comporem as ilustrações deste blog, e correspondem à inauguração do VIII SBAI ocorrida na noite de 4 de janeiro de 1991:

Ilustração 9. Na 1ª foto, Francisco Souto Neto abre o VIII SBAI. Na 2ª foto, Souto Neto convida Carlos Antonio de Almeida Ferreira e Maria Cecília Araújo de Noronha para comporem a tribuna. Na 3ª foto, Francisco Souto Neto convida também Vera Maria da Rocha Marques, Clarissa Lagarrigue, Nelson Padrella e João Osório; em seguida Dr. Almeida (presidente do Banestado) faz seu discurso. Na 4ª foto o discurso de Dr. Almeida, com Maria Cecília e Padrella ao fundo.

Ilustração 10. Na 1ª foto, Rubens Faria Gonçalves aproxima-se para receber o 1º prêmio das mãos de Carlos Antonio de Almeida Ferreira, o presidente do Banestado. Na 2ª foto, Valdomiro Moreira comemora o 3º prêmio. Na 3ª foto, Malu Brandão recebe menção especial. Na 4ª foto, Elani Paludo aproxima-se para receber o 2º prêmio.

Ilustração 11. Na 1ª foto, Rubens Faria Gonçalves (o grande vencedor do VIII SBAI) com Francisco Souto Neto (idealizador do Salão Banestado) na frente das duas obras que deram a Rubens Gonçalves o 1º prêmio. Na 2ª foto, Vera Marques e Valdomiro Moreira. Na 3ª foto, Dr. Almeida, Vera Marques e Valdomiro Moreira. Na 4ª foto, Rubens Gonçalves e Souto Neto.

Ilustração 12. Na 1ª foto, os três premiados do VIII em frente às obras do 1º prêmio, Rubens Faria Gonçalves (ao centro). Na 2ª foto, ao fundo, Elani Paludo posa em frente aos seus quadros. Na 3ª foto, Giovana Romano, Regina Romano Bowles, Robert Jan Bowles, Francisco Souto Neto e Maria da Graça Trény (Graci Trény). Na 4ª foto, os três premiados ao lado das telas de Elani Paludo (ao centro).

Ilustração 13. Na 1ª foto, os três premiados em frente às obras de Valdomiro Moreira (ao centro). Na 2ª foto, Vera Marques, Giovana Romano, Regina Romano Bowles e Rubens Faria Gonçalves. Na 3ª foto, Lélia Azevedo Rego Leão e Sônia Gutierrez. Na 4ª foto, Francisco Souto Neto entre os três artistas vencedores do VIII SBAI.

Ilustração 14. Na 1ª foto, Lélia Azevedo Rego Leão, Sônia Gutierrez, Alfredo Faria, Rubens Faria Gonçalves, Edith Barbosa Souto. Na 2ª foto, convidados vendo a obra de Rubens Gonçalves. Na 3ª foto, artista plástica. Na 4ª foto: Francisco Souto Neto, Rubens Faria Gonçalves, Carlos Antonio de Almeida Ferreira e Vera Munhoz da Rocha Marques.

Ilustração 15. Na 1ª foto: Francisco Souto Neto, Maria da Graça Trény (Graci Trény), Rubens Faria Gonçalves, Alfredo Faria. Na 2ª foto: Francisco Souto Neto com Leda Maria Veneri (menção especial) e outros convidados. Na 3ª foto: João Osório Brzezinski e Suzana Lobo. Na 4ª foto: Dálio Zippin Filho, Lélia Brown, Francisco Souto, Marco Antonio Monteiro da Silva.

Ilustração 16. Na 1ª foto, convidado apreciando quadros em exposição. Foto 2: Poty Lazzarotto, Clarissa Lagarrigue, Vera Munhoz da Rocha Marques, Heloísa Ferreira. 3ª foto: Regina Romano Bowles.

Ilustração 17. Vários convidados apreciando as obras de arte expostas no VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

Ilustração 18. Na 1ª foto, Julieta Ribeiro da Silva e duas filhas. 2ª foto: Alfeo Viero Filho e amiga. 3ª foto: Elani Paludo. 4ª foto: Nelson Padrella, Clarissa Lagarrigue, Francisco Souto Neto, Valdomiro Moreira, Roberto Pereira Silva.

Ilustração 19. Na foto 1, Dr. Almeida e Elani Paludo. Foto 2: Leda Maria Veneri, Marly Meyer Araújo, Clarissa Lagarrigue. Foto 3: Francisco Souto Neto, Edith Barbosa Souto, Ennio Marques Ferreira e Jandira Martini. Foto 4: Edith Barbosa Souto e Jandira Chagas Martini.

Ilustração 20. Alguns dos convidados ao VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos.

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Notícias sobre o VIII SBAI e sobre Francisco Souto Neto “secretariável”

ILUSTRAÇÃO 21 – Abaixo, 1º recorte: Carta a Berta – Nelson Padrella. Correio de Notícias de 4.1.1991. O teor completo da crônica de Padrella vai abaixo da ilustração 21. 2º recorte: Mary Schaffer. Gazeta do Povo de 13.1.1991. Texto da nota: “Entre os secretariáveis do Governo Requião, aventa-se o nome de Francisco Souto Neto para a pasta da Cultura. Além de um amigo dos mais simpáticos, Souto Neto vem desenvolvendo um trabalho admirável dentro da área cultural em nosso Estado. Neste eu aposto e assino em baixo…”. 3º recorte: EM   PAUTA – Iza Zilli. Correio de Notícias de 9.1.1991. Texto da nota: “Eu soube que um grupo de artistas plásticos em estágio de desenvolvimento estão felizes com a indicação de Souto Neto para a pasta da Cultura e estão se empenhando a mil para que a ideia cresça”. 4º recorte: Esquentando. O Estado do Paraná de 20.1.1991.

Ilustração 21.

CARTA A BERTA (Nelson Padrella). Correio de Notícias de 4.1.1991.

Minha amiga, faça o seu cabelo, as unhas, ponha aquele vestido tcham, que hoje tem. Faça essa barba, use a loção que ganhou no Natal, ponha um brilho aí no sapato. Eu disse no sapato. Quantos brilhos o Tuma não curte? O garoto aí, por que não pega a namorada e vai também?

É que hoje, de tardezinha, está sendo inaugurado o VIII Salão Banestado de Artistas Inéditos. Onde? Ora, mas será que vocês não leram nos jornais? Ali na Marechal Deodoro, 333.

Tive a honra – e por que não dizer o prazer? – de participar da comissão que julgou as obras. Vocês não sabem o que é uma comissão? Eu explico. Comissão é a gente – eu, a Denise Roman e o João Osório – passar a tarde selecionando obras, enquanto o Souto ia apresentando salgadinhos e docinhos para a gente comer. Comissão eu acho que é isso. Foi uma comissão de salgadinhos que abrilhantaram aqueles momentos de tensão quando escolhíamos o que para cada um de nós nos pareceram os melhores.

Não é tarefa de fácil manejo, quando sabemos que cada obra apresentada traz em seu bojo a autencidade de um gesto, de um momento: é quando nos deparamos com a verdade de cada um. Como julgar a verdade?

Ah! Mas não é a verdade que está em julgamento. É a técnica, é a inovação, é o manuseio do material, é um monte de coisas conceituadas por quem diz que entende de arte. Mas não se trata de um salão de profissionais. São pessoas que sentem dentro de si aquela centelha que as faz mais sensíveis às coisas belas. Não dominam, ainda, a técnica (salvo exceções) e certamente o caminho não será por aí. Tanto assim é que alguns artistas (permitam-me chamá-los assim) ainda se prendem ao paisagismo que entre nós teria sido sepultado com todas as honras junto com De Bona, Matter, Freyesleben. Paisagismo que eu, como membro daquela comissão (os salgadinhos estavam uma delícia, Souto) briguei para manter no corpo dessa amostragem.

Não é a verdade que está em julgamento? É, sim. A minha verdade, a de Denise e a de João Osório gritavam (gritavam é modo de dizer) na sala cheia de quadros, enquanto o Souto apresentava delícias. E era através de nossas verdades que tínhamos que encarar a verdade de cada um daqueles concorrentes. Se a seleção não foi fácil, mais defícil foi a classificação dos melhores. Optamos pelos que apresentam uma linguagem mais atual, como se quiséssemos indicar caminhos: é por aqui. Não nos deixamos fascinar por efeitos belos, mas pela sua atenticidade ou o que para nós pareceu autêntico. Afinal, chegamos a um denominador comum.

De importante, em tudo isso, é a posição do Banco do Estado do Paraná, que abre as portas de sua galeria para incentivar artistas inéditos, justamente num momento que papai do céu considera a arte uma coisa supérflua. Viver também é supérfluo, se formos encarar a coisa como um todo.

De importante, a luta que o Souto (Francisco Souto Neto, assessor para assuntos culturais do Banestado) vem travando ano após ano para manter acesa a luz do SBAI. Uma luta nada fácil, podem acreditar, num momento que papai do céu… ah! Isso eu já disse.

Enfim, os trabalhos estão expostos a partir de hoje naquele endereço que já citei. Quero ver todo mundo lá. E se alguém vier me intimar, tipo assim: “Por que esse trabalho todo rabiscado é premiado e aquele pinheiral lindíssimo não é?”. Eu respondo: “Sabe que eu não sei!”.

Brincadeirinha. Toda obra de arte tem sua importância e nós, da comissão julgadora, sabemos disso, e respeitamos cada manifestação. Se nossa opção foi por esta e não aquela obra de arte é porque nós também temos algo a dizer, e não foi de graça que o Souto escolheu a nós três.

E antes que me esqueça, bom dia, doutor Almeida.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI

ILUSTRAÇÃO 22 – Abaixo, 1º recorte: Inaugurado o VIII Salão Banestado: Rubens Faria Gonçalves é o vencedor. Expressão & Arte – Souto Neto. Jornal Indústria & Comércio de 5 e 6.1.1991. Aparece na foto: Rubens Faria Gonçalves. O texto completo da coluna Expressão & Arte vai abaixo da ilustração 22. 2º recorte: Destaques – Wilde Martini. Diário Popular, recorte não datado. 3º recorte: Salão Banestado – Alcy Ramalho Filho. Curitiba Hoje de 16.1.1991. 4º recorte: Salão Banestado – Alcy Ramalho Filho. Curitiba Hoje de 10.2.1991. 5º recorte: Alcy Ramalho Filho. Gazeta do Povo de 16.1.1991.

Ilustração 22.

Inaugurado o VIII Salão Banestado: Rubens Faria Gonçalves é o vencedor (por Francisco Souto Neto)

O VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, carro-chefe dos eventos culturais do Banestado, que se realiza initerruptamente desde 1983, foi ontem inaugurado e revelados os nomes dos artistas premiados.

O SBAI vem cumprindo a sua missão de descobrir novos talentos. Este ano a comissão julgadora esteve a encargo de Denise Roman, Nelson Padrella e João Osório Brzezinski, que destinou o 1º prêmio no valor correspondente a 500 BTN a Rubens Faria Gonçalves, o 2º a Elani Paludo (250 BTN) e o 3º (também de 250 BTN) a Valdomiro Moreira, todos pelo conjunto da obra.

O júri também concedeu menções especiais a Dulcirene Montanha Moletta, Leda Maria Veneri, Luciano Parreira Buchmann, Malu Brandão e Roberto Pereira da Silva.

O vencedor do VIII SBAI, Rubens Faria Gonçalves, paulistano radicado em Curitiba, é psicólogo com pós-graduação e trabalha no SENAC. Ele pinta para satisfazer a uma necessidade interior. Sua pintura, um neo-expressionismo voltado ao pós-moderno, dentro de uma técnica desenvolvida pelo próprio (ele é autodidata), é fruto de anos de pesquisas e resulta altamente intelectualizada, pois Rubens é um intelectual que pinta ouvindo Maria Callas. Exemplo disso é “La fleur que tu m’avais jetée”, uma das telas que lhe valeu o grande prêmio do VIII SBAI: seu título é alusão a uma das árias da ópera Cármen, de Bizet. Posso assegurar que Rubens não sofre influência de outros artistas; pelo contrário, ele se preocupa em inovar através de uma expressão toda própria, às vezes provocativa. Ainda assim, sua arte não agride: se pode ser considerada atrevida, ela o é bem mais pelo poético que existe em sua essência. Deste modo a pintura de Rubens resulta leve, encaminhando-nos à reflexão. Mas se o artista é leve nos temas, é fortíssimo na composição.

Elani Paludo é chamada pelos seus colegas, carinhosamente, de “Miss Piggy”. É que Elani só tem pintado suínos. As suas porquinhas são coquetes, divertidas. Já chamaram o trabalho de Elani de “arte-porco”. A ironia e a crítica ao status quo, entretanto, estão na essência da sua pintura aparentemente divertida. Ela pode chocar os desavisados, mas na verdade está cumprindo uma das obrigações da arte: a de ser provocativa e inovadora.

Valdomiro Moreira, com 47 anos de idade, é o guarda da agência do Banestado, cuja porta dá também acesso à Galeria de Arte Banestado. Do contato com os artistas que frequentam o local, Valdomiro sentiu curiosidade e interesse pela arte. Sensível, talentoso, ele começou esboçando desenhos. Autodidata, há apenas uns quatro anos ele vem pintando, desenhando, e começa a encontrar os seus caminhos. Agora com abstrações, torna-se um artista premiado pelo Salão Banestado.

Esses artistas premiados, e todos os demais classificados, justificam a existência do Salão Banestado. A todos eles meus cumprimentos, desejando-lhes um caminho de sucesso crescente e de grandes vitórias.

Ilustração: Rubens Faria Gonçalves e uma das telas que lhe deu o 1º prêmio do VIII SBAI: “La fleur que tu m’avais jetée”. Foto Souto Neto.

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Notícias sobre a inauguraçãodo VIII SBAI

ILUSTRAÇÃO 23 – Abaixo, 1º recorte: Ainda a respeito do vencedor do VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos. Expressão & Arte – Souto Neto. Jornal Indústria & Comércio de 12.1.1991. O texto completo da notícia vai abaixo da ilustração 23. Aparecem na foto: Rubens Faria Gonçalves, Valdomiro Moreira, Elani Paludo. 2º recorte: Nelson Padrella: a propósito da “Carta a Berta” dirigida ao Salão Banestado. Expressão & Arte – Souto Neto. Jornal Indústria & Comércio de 12.1.1991. O texto completo da notícia vai também abaixo da ilustração 23. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto e Nelson Padrella.

Ilustração 23.

Ainda a respeito do vencedor do VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos (por Francisco Souto Neto)

Em sua oitava etapa, o Salão Banestado de Artistas Inéditos mereceu a atenção da revista VEJA. A equipe de repórteres (Marleth, Sílvio e Roberto) preparou um destaque de um quarto de página que será publicado na semana que se inicia, ou na seguinte. O fotógrafo da VEJA esteve na Galeria de Arte Banestado fotografando o vencedor do VIII SBAI, o psicólogo Rubens Faria Gonçalves, com as duas telas que lhe valeram o 1º prêmio: “La fleur que tu m’avais jetée” e “O voo do grande pássaro falso”. Foram mais de 30 fotos tiradas, para ser publicada apenas uma – o que demonstra o alto grau de profissionalismo e de perfeccionismo dos técnicos da VEJA.

Na semana passada, ao ser inaugurado o VIII SBAI, pôde-se verificar o quanto o Salão vem crescendo em qualidade nestes últimos anos. O trabalho da comissão julgadora (João Osório Brzezinski, Nelson Padrella e Denise Roman) foi muito elogiado pelos que viram a exposição montada e conferiram os prêmios e menções concedidos.

Muito comentou-se sobre “La fleur que tu m’avais jetée”, alusão a uma das árias da ópera Carmen, de Bizet, título de uma das duas obras que deram o 1º prêmio a Rubens Faria Gonçalves. Mas vale acrescentar que a figura feminina, que despetala uma flor, é, no seu enorme volume, uma referência à própria mãe-terra, com algo muito de lúdico e que nos leva a tal arquético.

A outra tela, “O voo do grande pássaro falso”, assim como a anteriormente comentada, é parte de uma fase que faz referências aos “falsos animais”, ou “falsos bichos”, como prefere nominá-los o seu autor.

Outras telas de Rubens Faria Gonçalves mostram-nos falsos gatos, falsas morsas, falsos tatus. Segundo o próprio artista, mesmo que esses “bichos” fossem pintados através da ótica do hiperrealismo, ou ainda academicamente, eles continuariam sendo “falsos”, porque jamais serão reais. Usando bastante do gestual, às vezes cingindo as figuras com a bisnaga espremida diretamente sobre a tela à guisa de pincel, Rubens alcança a metalinguagem.

Ele está ultimamente usando escrever o título das obras sobre as próprias telas, apondo-lhes até as medidas destas. Sob esses aspectos, seu trabalho é provocativo: ele mexe com o espectador. É, portanto, a arte cumprindo a sua obrigação de ser tão inovadora quanto provocativa.

Não se espere, portanto, nas obras de Rubens Faria Gonçalves, uma arte fácil ou decorativa: ele encontra eco apenas nos verdadeiros connaiseurs e destina-se àqueles que conseguem se desprender da arte convencional.

O VIII SBAI, instalado na Galeria de Arte Banestado (Rua Mal. Deodoro, 333), poderá ser visitado até dia 25 do corrente.

Nelson Padrella: a propósito da “Carta a Berta” dirigida ao Salão Banestado (por Francisco Souto Neto)

Um dos integrantes da comissão julgadora do VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, é o artista plástico Nelson Padrella. Ele é também jornalista, que diariamente assina a coluna “Carta a Berta” no Correio de Notícias. Irreverente, mordaz, inteligente, lúcido e divertido, Padrella é dono de um estilo todo próprio que conquistou centenas de leitores.

Na edição de 4 do corrente, Padrella referiu-se à sua experiência como membro da comissão julgadora do SBAI. Vale transcrever alguns trechos das suas apreciações:

“Tive a honra – e por que não dizer o prazer? – de participar da comissão que julgou as obras. Vocês não sabem o que é uma comissão? Eu explico. Comissão é a gente – eu, a Denise Roman e o João Osório – passar a tarde selecionando obras” (…) “Não é tarefa de fácil manejo, quando sabemos que cada obra apresentada traz em seu bojo a autencidade de um gesto, de um momento: é quando nos deparamos com a verdade de cada um. Como julgar a verdade? Ah! Mas não é a verdade que está em julgamento. É a técnica, é a inovação, é o manuseio do material, é um monte de coisas conceituadas por quem diz que entende de arte. Mas não se trata de um salão de profissionais. São pessoas que sentem dentro de si aquela centelha que as faz mais sensíveis às coisas belas. Não dominam, ainda, a técnica (salvo exceções) e certamente o caminho não será por aí. Tanto assim é que alguns artistas (permitam-me chamá-los assim) ainda se prendem ao paisagismo que entre nós teria sido sepultado com todas as honras junto com De Bona, Matter, Freyesleben. Paisagismo que eu, como membro daquela comissão (…) briguei para manter no corpo dessa amostragem. (…) E era através de nossas verdades que tínhamos que encarar a verdade de cada um daqueles concorrentes. Se a seleção não foi fácil, mais difícil foi a classificação dos melhores. Optamos pelos que apresentam uma linguagem mais atual, como se quiséssemos indicar caminhos: é por aqui. Não nos deixamos fascinar por efeitos belos, mas pela sua autenticidade ou o que para nós pareceu autêntico. Afinal, chegamos a um denominador comum. (…) De importante, a luta que o Souto (Francisco Souto Neto, assessor para assuntos culturais do Banestado) vem travando ano após ano para manter acesa a luz do SBAI. Uma luta nada fácil, podem acreditar, num momento que papai do céu… ah! Isso eu já disse. Enfim, os trabalhos estão expostos a partir de hoje. (…) E se alguém vier me intimar, tipo assim: ‘Por que esse trabalho todo rabiscado é premiado e aquele pinheiral lindíssimo não é?’. Eu respondo: ‘Sabe que eu não sei!’. Brincadeirinha. Toda obra de arte tem sua importância e nós, da comissão julgadora, sabemos disso, e respeitamos cada manifestação. Se nossa opção foi por esta e não aquela obra de arte é porque nós também temos algo a dizer, e não foi de graça que o Souto escolheu a nós três”.

…“Souto escolheu a nós três para compormos a comissão julgadora”, agora sou eu que completo a frase.

Pois é: durante os julgamentos dos Salões Banestado, embora estando presente a tais atividades, eu não me manifesto quanto às minhas preferências pessoais, porque as comissões julgadoras são sempre e totalmente soberanas, e só os seus membros podem e devem opinar e discutir a respeito das obras que estiverem sendo selecionadas. E essas comissões julgadoras, via de regra nem querem saber quais são os nomes dos autores, porque preferem julgar somente a importância da tela, ou desenho, ou gravura.

Entretanto, já fui membro de comissões julgadoras em outros salões e, confesso, tive vontade de escrever a respeito de tais experiências, tal como fez o Padrella. No ano passado, cheguei até a esboçar um artigo, a que denominei “A síndrome do artista recusado”. Entretanto, se tivesse concluído e publicado o artigo, não teria alcançado a leveza e as verdades que encontro no texto de Nelson Padrella.

Parabéns, amigo Padrella. Foi uma honra tê-lo tido, ao lado dos igualmente competentíssimos João Osório e Denise Roman, julgando o VIII SBAI. São vocês (isto é, esta e as comissões julgadores dos sete SBAIs anteriores) que com sua seriedade, competência e perspicácia, equânimes e justos, fazem dos Salões Banestado esse evento respeitado que é no mundo artístico paranaense. Obrigado!

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 24 – Abaixo, 1º recorte: EXPOSIÇÕES – Saem os premiados do VIII Salão Banestado de Inéditos. Falta no recorte o nome do jornal de 10.1.1991. Aparece na fotografia: Rubens Faria Gonçalves. 2º recorte: Premiados do VIII Salão de Artistas Inéditos. Jornal Indústria & Comércio de 9.1.1991. Aparecem na foto: Clarissa Lagarrigue, Vera Marques, Maria Cecília Araújo de Noronha, Valdomiro Moreira, Francisco Souto Neto, Nelson Padrella. 3º recorte: Destaques – Wilde Martini. Diário Popular de 13.1.1991. Aparecem na foto: Elani Paludo, Rubens Faria Gonçalves, Valdomiro Moreira.

Ilustração 24.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 25 – Abaixo, 1º recorte: Dino Almeida. Diário Popular de 15.1.1991. Aparecem na foto: Rubens Faria Gonçalves, Elani Paludo, Francisco Souto Neto, Valdomiro Moreira. 2º recorte: IZZA – Salão Banestado de Artistas Inéditos. Correio de Notícias de 16.1.1991. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, Leda Maria Veneri, Marly Meyer Araújo, Clarissa Lagarrigue; na 2ª foto, Francisco Souto Neto, Maria da Graça Trény (Graci Trény), Rubens Faria Gonçalves, Alfredo Faria; na 3ª foto, Lélia Azevedo Rego Leão, Sônia Gutierrez, Alfredo Faria, Rubens Faria Gonçalves, Edith Barbosa Souto; na 4ª foto, Dálio Zippin, Lélia Brown, Francisco Souto Neto, Marco Antônio Monteiro da Silva.

Ilustração 25.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 26 – Abaixo, recorte dividido no álbum em duas partes: Espaço Dois – VIII SALÃO BANESTADO – Robson Silva Campos. Jornal do Estado de 17.1.1991. Aparecem na foto: Valdomiro Moreira, Elani Paludo e Rubens Faria Gonçalves. Abaixo da ilustração 26, vai o texto completo da reportagem de Robson Silva Campos.

Ilustração 26. A reportagem de Robson Silva Campos para Ruy Barrozo (com fotos de Rogério Theodorovy e arte de Bola) ocupa duas páginas do álbum de fotografias.

VII SALÃO BANESTADO por Robson Silva Campos, fotos de Rogério Theodorovy, edição de Ruy Barrozo e arte de Bola.

SALÃO COMEÇOU EM 1983 – O Salão Banestado de Artistas Inéditos foi criado em 1983 por Francisco Souto Neto com o decidido apoio do então diretor Octacílio Ribeiro da Silva. Segundo Souto Neto, isto foi fundamental para que sua ideia não morresse. Atualmente quem tem apoiado a realização do salão é o presidente do Conglomerado Financeiro Banestado, Carlos Antonio de Almeida Ferreira.

Há 17 anos como assessor de diretores do banco para assuntos técnicos, Souto Neto passou a dedicar-se somente à assessoria cultural há três anos, devido ao aumento das atividades culturais promovidas pelo Banestado, que tem três galerias de arte, um museu, um coral, e o Instituto Saint’Hilaire da Defesa dos Sítios Históricos.

Segundo Souto Neto, as exposições promovidas pela Galeria de Arte Banestado não revertem nenhum lucro ao banco. Não há comissão para a galeria, que já é tida como “um dos mais importantes locais para lançamentos de livros”. “É uma obrigação de todos os bancos estaduais”, diz Souto Neto sobre esse trabalho de fomento à cultura feito pelo Banestado.

Para muitos, momentos de crise representam a época de se relegar a cultura a um segundo plano. Alguns com razão, porque o que importa primeiro é o arroz com feijão no prato. Outros relegam mesmo por ignorância primária, e nessa altura do campeonato já se sabe de quem se trata. Por outro lado, tempos de crise servem como fermento para os artistas, que costumam produzir intensamente nesses períodos. Sorte que há aqueles que estão com a antena ligada para sintonizar essa efervecência, por maior ou menor número de bolhas que ela produza. E uma nova maneira de entrar no ar é o Salão Banestado de Artistas Inéditos, que está na sua oitava edição e que neste ano premiou os artistas Rubens Faria Gonçalves, Elani Paludo e Valdomiro Moreira, cujos trabalhos estão na Galeria de Arte Banestado, até o dia 25 de janeiro.

Distribuindo 1 mil BTNs em prêmios – 500 para o primeiro prêmio e 250 às outras duas colocações – o VIII Salão Banestado vem segundo seu criador e organizador Francisco Souto Neto, melhorando o seu nível a cada ano. Para ele, isto acontece porque o Salão está se afirmando enquanto evento, não somente junto ao público, mas principalmente aos artistas, que a partir de cada novo segundo semestre começam a buscar informações sobre o período de inscrições, realizado no mês de novembro. E seguindo uma tradição do Salão Paranaense, que é reconhecido em nível nacional, o Salão Banestado vai aumentando em cada ano de realização, o número de participantes de outros Estados brasileiros, geralmente aqueles que possuem agências do Banestado.

Isso acontece, segundo Souto Neto, porque a imprensa de outros Estados como que não assimilou ainda o Salão Banestado. Mas reputação se constrói com o tempo. E pelo menos nesse aspecto, o evento conta com a força dos artistas que procuram um lugar no mercado, sair do anonimato e construir também o seu nome. Para isso, a promoção do Banestado serve como uma chave para abrir as portas do mercado, aos artistas inéditos, ou seja, aqueles que até hoje não tiveram uma exposição individual e que não foram premiados em certames oficiais. “Assim tanto participa deste salão um artista que tenha 60 anos, mas que nunca expôs, ou aquele que expõe há 20 anos e nunca foi premiado”, exemplifica Francisco Souto Neto.

Nesse sentido o Salão Banestado tem cumprido o seu papel. Alguns nomes hoje respeitados no cenário artístico passaram por ele. “Um exemplo interessante”, diz Souto Neto, “é o da artista Jandira Martini, premiada na terceira edição do salão que nos meses seguintes percorreu vários certames pelo Brasil afora, principalmente no Nordeste. Outro exemplo, neste caso interessantíssimo, é o do terceiro colocado nesta mostra atual, Valdomiro Moreira, guarda da agência do Banestado Saint’Hilaire. Como esta fica em cima da Galeria de Arte Banestado, Moreira costumava observar a movimentação dos artistas pelo local e assim começou a se interessar por arte também. Essa descoberta, que já tem quatro anos, foi nele impulsionada por outros artistas, consagrados até, como Poty Lazzarotto que lhe deu uma caixa de lápis de cor, ajudando-o nos primeiros passos dados no desenho.

Hoje Valdomiro Moreira é premiado num salão que teve 118 inscrições, cada uma trazendo duas obras, número suficiente para se ter uma ideia de conjunto, segundo Souto Neto. Depois de uma criteriosa e trabalhosa escolha feita pelo júri – formado por três artistas plásticos: Denise Roman, João Osório e Nelson Padrella – sobraram 44 artistas e 63 obras, cada qual com sua importância, independente de temas ou técnicas. Isso decorre, para Souto Neto, do fato de “a comissão julgadora mostrar, em cada um de seus componentes, universos que se entrechocam, dando um resultado mais cristalino e proveitoso”. “O júri é heterogêneo, são artistas com tendências diferentes, mas que têm uma universalidade na maneira de encarar a arte”, diz.

Como criador e organizador do salão, Souto Neto faz questão de lembrar que durante o julgamento das obras, ele só participa como observador de um trabalho feito “por pessoas altamente conceituadas no universo das artes plásticas, não só do Paraná, como do Brasil”. Neste ano, quem caiu nas graças do júri foi Rubens Faria Gonçalves, com seus trabalhos marcados pelo uso da metalinguagem, o que os tornam não muito acessíveis àqueles pouco conhecedores de artes plásticas. Mas, segundo Souto Neto, essa linguagem , para muitos provocativa, é interessante porque tira as pessoas da mera contemplação. “Ela tira o espectador do marasmo”, diz.

Com esse procedimento provocativo, Rubens Faria Gonçalves, que também é psicólogo, parece tentar uma maior interação do espectador com a sua obra. Algo que talvez surja da própria maneira de ele pintar. Como Rubens trabalha nas telas ouvindo música, não seria muito exercício de imaginação dizer que ele procura interagir com a música através da pintura. Afinal quem é que não gosta de cantar, imitar um guitarrista ou um maestro regendo, na comunhão solitária entre o ouvinte e a música? Essa impressão se reforça com o título de uma das obras apresentadas por ele no salão: “La fleur que tu m’amais jetée”, alusão a uma das árias da ópera Carmem, de Bizet.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 27 – Abaixo, recorte com o título SALÃO BANESTADO. Curitiba Hoje de 15.1.1991. Aparecem na foto: Clarissa Lagarrigue, Vera Munhoz da Rocha Marques, Maria Cecília Araújo de Noronha, Rubens Faria Gonçalves (de costas), Carlos Antônio de Almeida Ferreira (fazendo a entrega do primeiro prêmio), Francisco Souto Neto, Nelson Padrella.

Ilustração 27.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI: Rubens Faria Gonçalves na revista Veja

ILUSTRAÇÃO 28 – Abaixo, capa da revista Veja edição 1165, de 16.1.1991, com o detalhe da reportagem “Revelações de verão”, e a foto de Rubens Faria Gonçalves, 1º prêmio do VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos (página 13 da Veja Paraná de 16.1.1991). Na ILUSTRAÇÃO 29, vai a transcrição completa do referido texto.

Ilustração 28.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI: Rubens Faria Gonçalves na revista Veja

ILUSTRAÇÃO 29 – Detalhe da fotografia de Rubens Faria Gonçalves na revista Veja:  

Ilustração 29.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 30 – Abaixo, 1º recorte (recorte este em preto, do original a cores da revista Veja, porque em 1991 não existia ainda Xerox a cores): Veja Paraná (revista Veja) de 16.1.1991. Aparece na foto: Rubens Faria Gonçalves. Texto da notícia Curitiba- Exposições. Revelações de verão por Roberto José da Silva:Verão e cultura combinam? Bem, pelo menos para 118 artistas de doze Estados brasileiros, autores de 236 obras (pintura, desenho e gravura), o grande ‘point’ deste início de temporada é o VIII Salão Banestado de Artistas Inéditos, SBAI, aberto desde o dia 4 de janeiro na Galeria de Arte do Banco Oficial do Governo Paranaense. ‘Janeiro é um mês de recesso completo na cultura paranaense, e o Salão Banestado preenche plenamente esse espaço’, acredita o criador do evento, Francisco Souto Neto, assessor da presidência do Banco. O mérito do salão está no fato de somente aceitar inscrições de artistas que estão em fase de desenvolvimento, nunca terem ganho prêmios em outras mostras ou realizado exposições individuais em galerias de porte. Vale a pena? Jandira Martini, a grande revelação do III SBAI, saiu do anonimato curitibano, ganhou alguns salões no Nordeste e hoje suas obras primitivas são bem disputadas por colecionadores. Para quem tem faro para descobrir e investir em futuros talentos, é bom saber que todas as obras estão à venda e devem ser negociadas diretamente com os autores. O salão de inéditos, de fato, merece uma visita (veja em exposições)”. 2º recorte: Alcy Ramalho Filho. Curitiba Hoje de 9.1.1991. Aparecem na foto: João Osório Brzezinski, Francisco Souto Neto, Denise Roman, Nelson Padrella. 3º recorte: EXPOSIÇÕES em cartaz. Veja Paraná de 16.1.1991. 4º recorte: Adalice Araújo. Gazeta do Povo de 20.1.1991. 5º recorte: Mary Schaffer. Gazeta do Povo de 21.1.1991. Aparecem na foto: Lélia Azevedo Rego Leão, Sônia Gutierrez, Alfredo Faria, Rubens Faria Gonçalves, Edith Barbosa Souto. 6º recorte: Juril Carnasciali. Gazeta do Povo de 20.1.1991. 7º recorte: Dino Almeida. Gazeta do Povo de 22.1.1991. 8º recorte: Salão Banestado. O recorte não está datado. Aparecem na foto: Rubens Faria Gonçalves, Elani Paludo, Francisco Souto Neto, Valdomiro Moreira.

Ilustração 30.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI, e outras

ILUSTRAÇÃO 31 – Abaixo, 1º recorte: Destaques – Wilde Martini. Diário Popular de 12.1.1991. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Edith Barbosa Souto, Ennio Marques Ferreira, Jandira Martini. 2º recorte: Ana Marta. Jornal de Londrina de 15.1.1991. Aparecem na foto: Clarissa Lagarrigue, Vera Marques, Maria Cecília Araújo de Noronha, Malu Brandão, Francisco Souto Neto, Nelson Padrella, João Osório Brzezinski. 3º recorte: faltam a data e o nome do jornal. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Rosana S. Soares, Pico Balera.

Ilustração 31.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 32 – Abaixo, 1º recorte: 8º Salão Banestado anuncia vencedores. Jornal da Manhã (Ponta Grossa) de 16.1.1991. Aparecem na foto: Clarissa Lagarrigue, Vera Marques, Maria Cecília Araújo de Noronha, Malu Brandão, Francisco Souto Neto, Nelson Padrella. 2º recorte: Mary Schaffer. Gazeta do Povo de 27.1.1991. Aparecem na foto: Clarissa Lagarrigue, Vera Marques, Maria Cecília Araújo de Noronha, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, Francisco Souto Neto. 3º recorte: Alcy Ramalho Filho. Gazeta do Povo de 24.1.1991. Aparecem na foto: Elani Paludo, Rubens Faria Gonçalves, Valdomiro Moreira. 4º recorte: O VIII Salão Banestado na revista VEJA: “Revelações de verão” – Expressão & Arte – Souto Neto. Jornal Indústria & Comércio de 19.1.1991. Aparecem na foto: Maria da Graça Trény (Grací Trény), Rubens Faria Gonçalves, Alfredo Faria. Texto completo da coluna de Souto Neto: “O Salão Banestado mereceu, na revista Veja que ainda está nas bancas (edição 1165, de 16.1.1991) um destaque de um quarto de página, sob o título ‘Revelações de verão’. O jornalista Roberto José da Silva, autor do texto, soube captar muito bem o espírito do SBAI, e escreveu com propriedade: ‘Verão e cultura combinam? Bem, pelo menos para 118 artistas de doze Estados brasileiros, autores de 236 obras (pintura, desenho e gravura), o grande point deste início de temporada é o VIII Salão Banestado de Artistas Inéditos, SBAI, aberto desde o dia 4 de janeiro na Galeria de Arte do Banco Oficial do Governo Paranaense. ‘Janeiro é um mês de recesso completo na cultura paranaense, e o Salão Banestado preenche plenamente esse espaço’, acredita o criador do evento, Francisco Souto Neto, assessor da presidência do Banco. O mérito do salão está no fato de somente aceitar inscrições de artistas que estão em fase de desenvolvimento, nunca terem ganho prêmios em outras mostras ou realizado exposições individuais em galerias de porte. Vale a pena? Jandira Martini, a grande revelação do III SBAI, saiu do anonimato curitibano, ganhou alguns salões no Nordeste e hoje suas obras primitivas são bem disputadas por colecionadores. Para quem tem faro para descobrir e investir em futuros talentos, é bom saber que todas as obras estão à venda e devem ser negociadas diretamente com os autores. O salão de inéditos, de fato, merece uma visita (veja em exposições)’. Em Exposições em cartaz, a Veja Paraná informa os nomes dos artistas premiados (Rubens Faria Gonçalves, primeiro prêmio; Elani Paludo, segundo; Valdomiro Moreira, terceiro prêmio). Ela publica foto de Rubens Gonçalves ao lado das suas obras vencedoras, e informa também que a exposição poderá ser vista na Galeria de Arte Banestado, à Rua Marechal Deodoro, 333, de segunda a sexta-feira, das 14:00 às 18:30 horas, até o próximo 25 do corrente”. 5º recorte: Alcy Ramalho Filho. Curitiba Hoje de 23.1.1991. 6º recorte: Sbai na “Veja” – Izza Zilli. Texto da nota: “A revista VEJA também prestou atenção no VIII SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos. A prova disso é que dedicou ¼ de página ao acontecimento e ao 1º prêmio Rubens Faria Gonçalves. O idealizador do SBAI, Francisco Souto Neto, está orgulhoso com o fato, pois tem conseguido os seus objetivos com aquele apoio dos que realmente sabem o que é bom e merece destaque. Parabéns”.

Ilustração 32.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 33 – Abaixo, único recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo – Salão Banestado. Jornal do Estado de 27.1.1991. O recorte contém cinco fotografias. Aparecem na 1ª foto, Lélia Azevedo Reso Leão, Sônia Gutierrez, Alfredo Faria, Rubens Faria Gonçalves, Edith Barbosa Souto; na 2ª foto, Nelson Padrella, Clarissa Lagarrigue, Francisco Souto Neto, Valdomiro Moreira, Roberto Pereira da Silva; na 3ª foto, Dálio Zippin Filho, Lélia Brown, Francisco Souto Neto, Marco Antonio Monteiro da Silva; na 4ª foto, Adélia Maria Wollner, Poty, Clarissa Lagarrigue, Vera Marques, Heloísa Ferreira; na 5ª foto, Vera Marques, Giovana Romano, Regina Romano Bowles, Robert Jan Bowles, Rubens Faria Gonçalves.

Ilustração 33.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 34 – Abaixo, 1º recorte: Expressão & Arte – Souto Neto. O recorte, de publicação na revista Charme, não está datado. “O Salão Banestado de Artistas Inéditos revela novos talentos”. Aparecem na 1ª foto, Rubens Faria Gonçalves e Elani Paludo; na 2ª foto, Malu Brandão, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, Francisco Souto Neto. 2º recorte: Vencedores do VIII Salão Banestado. Jornal Indústria & Comércio de 4.2.1991. Aparecem na foto: Rubens Faria Gonçalves, Valdomiro Moreira, Elani Paludo. A foto a cores que aparece na página do álbum nada tem a ver com as notícias publicadas.

Ilustração 34.

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Notícias sobre a inauguração do VIII SBAI.

ILUSTRAÇÃO 35 – Abaixo, 1º recorte: ARTES VISUAIS – Adalice Araújo. Gazeta do Povo de 3.2.1991. Os bons resultados do VIII Salão Banestado de Artistas Inéditos. O texto da crítica segue, na íntegra, transcrito abaixo da Ilustração 35. Aparecem na foto: Elani Paludo, Rubens Faria Gonçalves, Valdomiro Moreira. 2º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo. Jornal do Estado de 1º.2.1991. Legenda da foto: “Edith Barbosa Souto recebeu a comissão julgadora do VIII SBAI, na noite da divulgação dos nomes dos classificados. Na foto, Edith e a artista plástica Denise Roman”. Aparecem na foto: Edith Barbosa Souto, Denise Roman.

Ilustração 35.

ARTES VISUAIS – ADALICE ARAÚJO. Gazeta do Povo de 3.2.1991.

Os bons resultados do VIII Salão Banestado de Artistas Inéditos.

Sob o comando do crítico de arte Francisco Souto Neto aconteceu de 4 a 29 de janeiro na Galeria de Arte Banestado, o VIII Salão Banestado de Artistas Inéditos que, com dignidade, vem cumprindo a sua missão de revelar novos valores.

Dentro deste contexto, o seu nível geral pode ser considerado bom, destacando-se uma eficiente curadoria que soube aproximar linguagens, facilitando, assim, a leitura do espectador. Pelo menos oitenta por cento das obras classificadas são figurativas, dentro de diversas tendências que oscilam do academismo e realismo ao neo-expressionismo e arte ínsita, entre outras. Em menor proporção, fazem-se presentes alguns ensaios abstratos.

O primeiro prêmio coube – com muita justiça – a Rubens Faria Gonçalves. Seus trabalhos de cunho neo-expressionista ganham uma velocidade mais gestual. Em “La fleur que tu m’avais jetée” o compulsivo onirismo é exorcisado pela ironia. Já em outra composição predomina o voo do grande pássaro e a discussão do mito da liberdade face ao livre arbítrio. No momento, o artista está anexando textos, que seriam dispensáveis, já que agem mais pelo valor literário do que pelo grafismo em si.

Elani Paludo, um dos valores da novíssima geração, conquistou o segundo prêmio. Em sua obra ela monta um irônico “vaudeville”. Usando recursos do neo-expressionismo e da “bad painting”, suas personagens são suínos que assumem atitudes humanas. Um misto de jogo perverso, de humor e crítica social estão presentes. Além das qualidades cromáticas, ela lança mão do grafismo para dar a sua mensagem.

Em reconhecimento a um dos grandes talentos da arte ínsita, emergentes no Paraná, foi outorgado o terceiro prêmio a Valdomiro Moreira. Este artista – que é guarda da agência Banestado – descobriu a pintura através das obras expostas na Galeria de Arte Banestado, anexo ao local em que trabalha; bem como graças ao incentivo que recebeu dos artistas. Tomado pelo impulso de criar, começou a fazer esquisses, que mostrou a Nely Valente [Nely Almeida], então coordenadora geral das Galerias de Arte Banestado. Esta lhe deu telas e tinta, enquanto Poty lhe forneceu material gráfico. A partir daí começaria a pintar regularmente. Como autodidata, inventa seus próprios caminhos e processos, resultando uma obra de grande originalidade. Seu trabalho atual – embora de cunho figurativo – tem uma organização espacial extremamente curiosa. Dentro de uma essencialidade geométrica oriental – que tanto lembra a visão do voo de pássaro como a busca cubista da quarta dimensão – constrói projetos aéreos de jardins. Em contraste, dentro de uma concepção absolutamente frontal, neles coloca plantas, as mais diversas possíveis. Seus resultados – ao mesmo tempo líricos e inusitados – reciclam o nosso olhar.

Entre os artistas que obtiveram menções especiais, merecem especial destaque Roberto Pereira da Silva e Leda Maria Veneri, ambos do interior do Estado. Enquanto Persil (Roberto Pereira da Silva) de Paranavaí impõe–se como um dos mais vigorosos talentos nacionais, capaz de criar imagens simbólicas extremamente dinâmicas; Leda Maria Veneri de Ponta Grossa sobressai-se pela imaginária poética e pelo clima de ficção que propõe.

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Notícias diversas.

ILUSTRAÇÃO 36 – Abaixo, 1º recorte: Calil Simão. Jornal Indústria & Comércio de 22.2.1991. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto, Sale Wolokita, Vera Marques, Leopoldino Abreu Neto. 2º recorte: Suene na Galeria de Arte Banestado – Izza Zilli. Correio de Notícias de 21.3.1991. Aparecem na foto: Marcos Pereira dos Santos, Suene Oliveira Santos, Francisco Souto Neto. 3º recorte: Cláudio Manoel da Costa. Tribuna do Paraná de 18.3.1991. Aparecem na foto: Clarissa Lagarrigue, Francisco Souto Neto, Vera Munhoz da Rocha Marques. 4º recorte: Dino Almeida. Gazeta do Povo de 24.3.1991. Aparecem na foto: Marcos Pereira dos Santos, Francisco Souto Neto. A fotografia arquivada na página dos recortes foi publicada por Mary Schaffer na Gazeta do Povo, cujo recorte aparece na Ilustração 37.

Ilustração 36.

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Notícias diversas.

ILUSTRAÇÃO 37 – Abaixo, os dois primeiros recortes não são de jornais, mas dos catálogos das exposições de Dulce Osinski e de José Antônio respectivamente, com textos de apresentação de Francisco Souto Neto. No recorte de jornal, de Mary Schaffer na coluna Paraná in Foco, na Gazeta do Povo de 7.4.1991, lê-se: “Em uma das últimas reuniões de René Dotti como secretário da Cultura, juntamente com os membros do Conselho Consultivo [do Sistema Parananese de Museus] (…)”. Aparecem na foto: Ubaldo Martini Pupo, Francisco Souto Neto, René Ariel Dotti, Mauri Rodrigues da Cruz, Maria das Dores Wouk, Márcia Kersten, Heloísa Monte Serrat Bindo, Jair Mendes.

Ilustração 37.

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Notícias diversas.

ILUSTRAÇÃO 38 – Abaixo, 1º recorte: Cláudio Manoel da Costa. O Estado do Paraná de 7.4.1991. Aparecem nas duas fotografias: na 1ª foto, Wallace de Mello e Silva e senhora, Violeta Franco, Vera Marques; na 2ª foto, Vera Marques, Francisco Souto Neto, Nely Almeida. Texto da notícia do Cláudio Manoel da Costa: “Francisco Souto Neto, responsável pela programação cultural do Banestado, crítico de artes, recebia os cumprimentos pela noite de Violeta, musa do movimento da renovação das artes plásticas do Paraná, a partir da ‘Garaginha’, nos anos 40 e 50. Entre os presentes, ainda: a vereadora Nely Almeida; Vera Munhoz da Rocha Marques, ajudando a receber; os pintores João Osório Brzezinski e Fernando Veloso; o promotor cultural Ennio Marques Ferreira, sempre valiosa referência nos meios artísticos e culturais de primeira linha; Tânia e Luiz Júlio Zaruch; Martha Feldens e Eduardo Sganzerla; João Lazzarotto; o secretário da comunicação social da prefeitura de Curitiba Jaime Lechinski e Leila Pugnaloni; Luiz Gastão Franco de Alencar Carvalho e senhora; e muita gente mais, uma multidão”. 2º recorte: Mary Schaffer – Paraná in Foco. Gazeta do Povo de 28.4.1991. Aparecem na foto: Heitor Wallace de Mello e Silva, Lucy Nozomi Araújo, Francisco Souto Neto. Texto da nota de Mary Schaffer: “Durante a exposição de Violeta Franco (por sinal, divina), muita curiosidade entre os presentes para conhecer pessoalmente o novo presidente do Banestado, Heitor Wallace de Mello e Silva. Aqui está ele, bem de pertinho para os nossos leitores, com Lucy Nozomi Araújo e Francisco Souto Neto”. 3º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo. Jornal do Estado de 16.5.1991. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. Texto da notícia escrita por Ruy Barrozo: “O Banco co Estado do Paraná inaugurou no último dia 7, às 20 horas, o retrato de Carlos Antonio de Almeida Ferreira, na Galeria de ex-Presidentes do Banestado”. 5º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo. Jornal do Estado de 26.4.1991. Aparecem na foto: Francisco Souto Neto e Violeta Franco. Texto da notícia: “Souto Neto e a artista plástica Violeta Franco, durante a inauguração de sua mostra individual na Galeria Banestado. Foto Roney Saldanha”. 6º recorte: Niver. Recorte não identificado e não datado. Texto: “Vera da Rocha Marques aniversariou na semana, comemorou em petit comité no Jordan’s Stand and Sit Bar. Lá estive e anotei a presença dos amigos Clarissa Lagarrigue, Álvaro Borges, Marly Meyer de Araújo, Poty Lazzarotto, Flávia Maria Moreira Salles, Souto Neto, Danielle Frank, André Parisi e Alice Varajão”. 7º recorte: Cláudio Manoel da Costa. O Estado do Paraná de 6.5.1991. Aparecem na foto: Juril Carnasciali, Francisco Souto Neto, Daldívia Darcanchy. 8º recorte: Retrato de Almeida – Calil Simão. Jornal Indústria & Comércio de 13.5.1991. Texto da noticia: “O presidente do Banestado Heitor Wallace de Mello e Silva presidiu a solenidade de inauguração do retrato do seu antecessor, Carlos Antônio de Almeida Ferreira, na Galeria dos ex-presidentes do Banco, na sede do Museu Banestado, instalado no 2º andar do histórico edifício que abriga a Agência 15 de Novembro, gerenciado por Maria Lúcia Gomes e que tem em Francisco Souto Neto o Assessor para assuntos de cultura do Banco. A tela foi pintada por Antonio Macedo, mas existem outros retratos pintados por De Bona, Vilmar Lopes e outros artistas”.

Ilustração 38.

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Notícias diversas.

ILUSTRAÇÃO 39 – Abaixo, 1º recorte: Desenho e pintura – Izza Zilli. Correio de Notícias de 26.5.1991. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, Francisco Souto Neto, Sônia Gutierrez, Ennio Marques Ferreira; na 2ª foto, Clarissa Lagarrigue, Nadyegge Almeida, Vera Munhoz da Rocha Marques; na 3ª foto, Terezinha Guarienti, Nely Almeida, Sônia Gutierrez, Sílvia Moura Pires; na 4ª foto, Ennio Marques Ferreira, Clarete Maganhotto, João Osório, Eliana Moro Reboli. Texto da notícia: “Sônia Gutierrez abriu a sua individual na Galeria de Arte Banestado no dia 8. A desenhista e pintora recebeu na ocasião a presença de amigos e de grande número de artistas que lá estiveram para prestigiá-la. Alice Varajão fotografou”. 2º recorte: Dr. Almeida Ferreira na Galeria dos ex-Presidentes do Banestado – Izza Zilli. Correio de Notícias de 19.5.1991. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, Jorge Accioly, Everton Distéfano Ribeiro, Carlos Antonio de Almeida Ferreira; na 2ª foto, Delise Ferreira, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, Heitor Wallace de Mello e Silva; na 3ª foto, Francisco Souto Neto e Tina Camargo; na 4ª foto, Marco Antonio Monteiro da Silva, Anita Zippin Monteiro da Silva, Delise Ferreira, André Almeida Ferreira, Terezinha Guariente.

Ilustração 39.

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Exposição de Violeta Franco

ILUSTRAÇÃO 40 – Abaixo, fotos em preto-e-branco (para a imprensa) da inauguração da mostra de Violeta Franco.

Na 1ª foto: Francisco Souto Neto, Violeta Franco, vereadora Nely Almeida. Na 2ª foto: Juril Carnasciali, Francisco Souto Neto e Daldívia Darcanchy. Na 3ª foto: Francisco Souto Neto e Violeta Franco. Na 4ª foto: Heitor Wallace de Mello e Silva, Lucy Nozomi Araújo, Francisco Souto Neto.

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Notícias diversas

ILUSTRAÇÃO 41 – Abaixo, 1º recorte: Dino Almeida. Diário Popular de 15.5.1991. Aparecem na foto: Carlos Antonio de Almeida Ferreira, Francisco Souto Neto, Heitor Wallace de Mello e Silva. Texto da notícia: “No Museu Banestado, semana finda, Carlos Antonio de Almeida Ferreira teve o seu retrato inaugurado na galeria de ex-presidentes do banco, Na foto de Alice Varajão, o homenageado ao lado de Francisco Souto Neto (diretor para assuntos culturais do Banestado), e Heitor Wallace de Mello e Silva, o novo presidente do banco oficial paranaense”. 2º recorte: Calil Simão. Jornal Indústria & Comércio de 16.5.1991. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. Texto da notícia: “O retrato do ex-presidente do Banestado, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, pintado por Antonio Macedo, e que agora faz parte da galeria de ex-presidentes da instituição no Museu Banestado, é exibido por Francisco Souto Neto, assessor do Banestado para assuntos culturais”. Na parte inferior da página, duas fotografias do álbum do Francisco Souto Neto. Na primeira foto, Souto Neto no seu gabinete de trabalho, com o colega Cleverson Marinho Teixeira. Na segunda foto, no sala da biblioteca na sua residência, com o óleo sobre tela de Carlos Antonio de Almeida Ferreira, antes de ser levado para o Museu Banestado.

Ilustração 41.

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Inauguração do retrato do ex-presidente do Banestado

ILUSTRAÇÃO 42 – Abaixo, flashes da inauguração do retrato do ex-presidente do Banestado, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, feita por Heitor Wallace de Mello e Silva e Francisco Souto Neto.

Ilustração 42. Na 1ª foto, o ex-presidente do Banestado Carlos Antonio de Almeida Ferreira, com o então atual presidente Heitor Wallace de Mello e Silva, observados pelo assessor da presidência do Banestado Francisco Souto Neto. Na 2ª foto, Francisco Souto Neto apresenta o retrato do ex-presidente de Banestado, pintado por Antonio Macedo, que passa a fazer parte do acervo do Museu Banestado. 3ª foto: Dr. Almeida ao lado do seu retrato, com Souto Neto. 4ª foto: Francisco Souto Neto ao lado da placa inaugural do Museu Banestado, que leva o seu nome.

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Inauguração do retrato do ex-presidente do Banestado

ILUSTRAÇÃO 43 – Abaixo, flashes da inauguração do retrato do ex-presidente do Banestado, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, feita por Heitor Wallace de Mello e Silva e Francisco Souto Neto.

Ilustração 43. Na 1ª foto, Francisco Souto Neto com Tina Camargo. 2ª foto: o presidente do Banestado, ao lado de Souto Neto, agradece. Na 3ª foto, Dr. Almeida e Souto Neto com convidadas. Na 4ª foto, Francisco Souto Neto, Vera Marques e Carlos Antonio de Almeida Ferreira.

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Inauguração do retrato do ex-presidente do Banestado

ILUSTRAÇÃO 44 – Abaixo, 1º recorte: Expressão & Arte – Souto Neto – Retrato de Almeida Ferreira no acervo do Museu Banestado. Jornal Indústria & Comércio de 4.5.1991. Texto da notícia: “Nesta terça-feira, 7 do corrente, o presidente do Conglomerado Financeiro Banestado, Heitor Wallace de Mello e Silva, inaugurará o retrato do seu antecessor, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, na galeria dos ex-presidentes do banco, na sede do Museu Banestado. O Museu Banestado está instalado no 2º andar do histórico edifício que abriga a Agência XV de Novembro do banco oficial paranaense. Conta com um acervo em expansão, é administrado por Maria Lúcia Gomes, tem um Conselho de Administração composto por Paulo Schultz Filho, Rodrigo Otávio Collere de Oliveira, Álvaro Maffessoni, Emerson Casseb e Olympio Sant’Ana Moreira, e é dirigido por Francisco Souto Neto, autor desta coluna. As mais antigas telas, que retratam os os primeiros presidentes do Banestado , em número de oito, e iniciando-se com Pretextato Taborda Ribas, foram realizadas por Theodoro De Bona. A galeria dos retratos foi completada por Vilmar Lopes e Antonio Macedo, sendo este último o autor da tela de Almeida Ferreira, ora incorporada ao acervo”. Legenda da foto ilustrativa: “Na biblioteca da sua residência, Francisco Souto Neto, autor desta coluna, apresenta a tela de Carlos Antonio de Almeida Ferreira, da autoria de Antonio Macedo”. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. 2º recorte: Destaques – Wilde Martini – Galeria de presidentes. Diário Popular de 7.5.1991. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. 3º recorte: Carta a Berta – Nelson Padrella. Correio de Notícias de 11.5.1991. Texto da notícia: “Em se falando de Almeidas… Em se falando de Almeidas… Parece que foi a semana deles. No Museu Banestado, terça-feira, dia 7 de maio, foi inaugurado o retrato a óleo de Carlos Antônio de Almeida Ferreira, ex-presidente do Conglomerado e que agora integra a galeria de retratos de presidentes do banco oficial. Numa solenidade singela em que se pronunciaram além do homenageado, o Dr. Souto Neto, assessor para assuntos de Cultura do Banco e o atual presidente Dr. Heitor Wallace de Mello e Silva, os colegas e admiradores do Dr. Almeida tiveram a oportunidade de congratulá-lo pelos relevantes serviços prestados à comunidade paranaense. Juntamos aos demais, nossos próprios agradecimentos cumprimentando-o como sempre. Bom dia Dr. Almeida”. 4º recorte: Carta a Berta – Nelson Padrella. Correio de Notícias de 9.5.1991. Texto da notícia: “Mania de perfeição. Leu-nos o amigo Souto Neto, quando cabisbaixos retirávamos nosso voto de louvor ao Ligeirinho 2000 e foi logo esclarecendo. ‘Não faz só plim’, disse ele. ‘Faz plim, plam, plum… coisa linda, musical. E a estação-tubo não é de acrílico, é de vidro, vidro fumê’. Emocionados com a tentativa do amigo em consolar-nos, perguntamos a meia-voz: ‘Mas e os velhinhos? E os deficientes? Nada de ligeirinho pra eles?’. Sem se deixar abater pela nossa insistência, o Souto retrucou: ‘Também nem tudo é perfeito’.”

Ilustração 44.

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Inauguração do retrato do ex-presidente do Banestado

ILUSTRAÇÃO 45 – Abaixo, único recorte: Carta a Berta – Nelson Padrella. Correio de Notícias de 14.5.1991. Texto da notícia: “A nossa equipe. Conosco acontece igualzinho como com o Collor. Convidamos e o pessoal aceita incontinenti. Nosso amigo Souto Neto parte em breve, como nosso correspondente especial para o Exterior. Em missão das mais excitantes. Ficaremos aguardando notícias. A partida com data incerta tem um roteiro mais ou menos certo, locais para embarques e desembarques obscuros, companhias misteriosas, motivos secretos e destinos ignorados. Tudo como deve ser entre correspondentes no Exterior. Tão logo nos sejam dadas as pistas informaremos ao leitor. Só uma coisa temos certeza. Ele não irá com a Zélia”.

Ilustração 45. Prestes a aposentar-se, Souto Neto planeja uma longa viagem.

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Francisco Souto Neto aposenta-se

ILUSTRAÇÃO 46 – Abaixo, 1º recorte: Unidade Bancária (Jornal do Sindicato dos Bancários). Abril de 1991. Texto da notícia: “A eterna saga. (…) Houve deliberação da própria diretoria para que aproveitassem os funcionários de cargos em disfunção, principalmente em Departamentos e Divisões que estão vagando com as aposentadorias. Não é isto que estamos verificando. Não está havendo reconhecimento do potencial desses funcionários que poderiam perfeitamente, entre outras aptidões, exercer a função do mais novo Assessor Especial de Curso Superior, que veio a reboque da Diretoria [do Banestado] para substituir o cargo de Assessor para Assuntos Culturais [do funcionário prestes a aposentar-se Francisco Souto Neto]. Temos que dar valor ao funcionário da casa”. 2º recorte: Servidor não é mercadoria – Luiz Geraldo Mazza. Correio de Notícias de 14.5.1991. Texto da notícia: “O governo do Estado [Governo Requião] acha que o ser humano é a mesma coisa que mercadoria. Embora, pois, o tom progressista do seu governador, as instituições como o Banestado e a Sanepar, por exemplo, encaram o homem como mercadoria e das mais sucateáveis, tal o tom capitalista selvagem que aplicam para estimular desligamentos e aposentadorias nas duas empresas. (…) No Banestado, uma circular normativa de 1º de março fixa critérios por desligamento por aposentadoria. A indução à aposentadoria completa o quadro de apatia reinante com o propósito pragmático de tornar o banco mais competitivo. Banestadenses com carreira bonita e honesta, com mais de 30 anos de serviço, se veem impelidos à perplexidade porque se se aposentarem ganharão pouco e não poderão arrumar emprego novo para completar seus ganhos por causa da idade. Continuo achando que fazem falta filósofos ao governo”. 3º recorte: Tabloide – Aramis Millarch. O Estado do Paraná de 18.5.1991. Texto da notícia: “Maria Cristina (Tina) Camargo, 43 anos, 21 de Prefeitura, substituiu Francisco Souto Neto na assessoria cultural do Banestado. Com isso o setor de turismo da prefeitura perdeu uma das suas mais eficientes assessoras que ali promoveu grandes eventos populares. (…) Apesar de ser amiga pessoal do prefeito Jaime Lerner, Tina cansou-se de ser desprestigiada como profissional e pediu demissão, em caráter irrevogável, da FUCUCU. Francisco Souto Neto, aposentando-se do Banestado [por força de uma circular normativa de 1º de março, que alcançou cerca de seiscentos funcionários do Banestado com mais de 30 anos de serviços], vai se dedicar agora exclusivamente a projetos culturais e, especialmente, enfrentar o cipoal burocrático para legalizar o título nobiliárquico de sua família que lhe dará o título de Visconde. Antes, porém, de deixar o Banestado, Souto Neto organizou a galeria de retratos de ex-presidentes daquele banco, completado no último dia 7 com a inauguração do óleo do último presidente no governo Álvaro Dias, Carlos Antônio de Almeida Ferreira. Foi graças ao Souto Neto que se criou o Museu Banestado e se implantou o salão anual de artes plásticas”.

Ilustração 46.

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Francisco Souto Neto aposenta-se

ILUSTRAÇÃO 47 – Abaixo, único recorte: Destaques – Wilde Martini – Souto Neto aposenta-se. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. Texto da notícia: “Recebo: Estimado Wilde. Durante anos mantivemos contato epistolar quanto aos acontecimentos ligados à vida cultural do Banestado. Bancário que sou há 30 anos, 17 dos quais no cargo de confiança de Assessor de Diretor, e nos últimos anos na qualidade de Assessor da Presidência do Banestado para Assuntos de Cultura, vejo-me agora compelido a aposentar-me cumprindo normas internas do Banco, o que se dará nos próximos dias de junho. Quero, portanto, agradecer por todas as atenções que sempre caracterizaram as nossas relações, e o seu carinho para com o Programa de Cultura do Banestado. Grato, sobretudo, pelo inestimável apoio ao Salão Banestado. Tenho dito, e direi sempre, que se sucesso houve no SBAI, e se o Salão cresceu tanto quanto vimos, foi porque os meus amigos da imprensa valorizaram-no e deram-lhe importância, tornando-o conhecido e permitindo que tantos artistas novos fossem beneficiados pelo mesmo. Não somos apenas eu e o Banestado a agradecer-lhe o carinho e a amizade, mas todo um universo de artistas plásticos emergentes, que foram os beneficiários do SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos. Afasto-me com a tranquilidade do dever cumprido, e com a esperança de ver o SBAI, no final do ano em curso, abrir as inscrições para a sua 9ª etapa. Estou certo de que o Programa de Cultura (que envolve as Galerias de Arte que funcionam na Capital e em cidades do interior, o Museu Banestado, o Coral Banestado, o SBAI, o estímulo às artes plásticas, ao teatro, à literatura, ao cinema e à música), que passará a ser regido pela sra. Maria Cristina Camargo, continuará a receber o seu inestimável e precioso apoio. Obrigado por tudo! Conte com a amizade e o meu reconhecimento por toda a vida. Com o abraço amigo do Francisco Souto Neto”.

Ilustração 47.

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Francisco Souto Neto aposenta-se e notícias diversas.

ILUSTRAÇÃO 48 – Abaixo, 1º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo – Jornal do Estado de 30.6.1991. Galeria de ex-presidentes. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, Carlos Antonio de Almeida Ferreira, Heitor Wallace de Mello e Silva; na 2ª foto, Waltraud Sékula, Francisco Souto Neto, Lélia Pedroso, Ilva Aguiar. 2º recorte: Izza Zilli – Correio de Notícias de 18.6.1991. Texto da notícia: “Muito bonita a carta que Francisco Souto Neto mandou para seus amigos da imprensa comunicando a sua saída do Banestado e agradecendo o apoio durante os anos em que esteve à frente da Assessoria da Presidência para Assuntos de Cultura. Classe é classe”. 3º recorte: Alcy Ramalho Filho. Nome do jornal não anotado, de 2.7.1991. Texto parcial da notícia: “Carreira bem sucedida. Durante anos mantivemos contato epistolar quanto aos acontecimentos ligados à vida cultural do Banestado. (…)” – Missiva enviada a este jornalista, por ocasião do desligamento de Francisco   Souto Neto dos assuntos culturais relativos ao Banestado”. 4º recorte: Cláudio Manoel da Costa – Tribuna do Paraná de 3.6.1991. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, Heitor Wallace de Mello e Silva, Sônia Gutierrez, George Christófis, Romeu Rauen; na 2ª foto: Flávia Moreira Salles, Francisco Souto Neto, Nely Almeida, Vera Marques.

Ilustração 48.

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Francisco Souto Neto aposenta-se e notícias diversas.

ILUSTRAÇÃO 49 – Abaixo, 1º recorte: Visita – Izza – Correio de Notícias de 16.6.1991. Texto da notícia: “Na semana passada recebi a visita de meu amigo Francisco   Souto Neto, ex-assessor da presidência do Banestado para assuntos de cultura. Souto se aposentou recentemente, mas continua a mil com outras atividades, inclusive escrevendo a superlida coluna do Jornal Indústria & Comércio, sobre artes. Em setembro ele parte em viagem para Ásia e África. Serão dois meses de descanso. Souto Neto deixa o cargo, tendo contribuído muito para a cultura do nosso Estado, pois foi o responsável pela criação do SBAI que continuará acontecendo agora sob a supervisão da atual assessora, sra. Maria Cristina Camargo”. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. 2º recorte: Artes – Izza – Correio de Notícias de 7.7.1991. Texto da notícia: “Quem se aposentou recentemente foi Francisco Souto Neto, assessor da Presidência para assuntos de cultura do Banestado. Souto, no entanto, continuará se dedicando à arte, segue com a sua coluna semanal Engenho & Arte [Expressão & Arte], no jornal Indústria & Comércio, e colaborando com a revista Charme. Foto gentilmente cedida por Alice Varajão”. Aparecem na foto: Vera Munhoz da Rocha Marques, Francisco Souto Neto, Tereza Koch.

Ilustração 49.

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Notícias diversas.

ILUSTRAÇÃO 50 – Abaixo, único recorte: Em grande estilo – Izza – Correio de Notícias de 2.7.1991. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, Alcy Ramalho Filho, Francisco da Cunha Pereira Filho, Miriam Chueiri Ramalho; na 2ª foto, Janete Burda, Lúcia Calluf, Utizes Bressiani Vieira, Parahides Pereira; na 3ª foto, Luiz Geraldo Mazza, Abdo Aref Kudri, Francisco da Cunha Pereira Filho, Miriam Chueiri Ramalho, Anita Zippin, Marco Antonio Monteiro da Silva; na 4ª foto: Elza Knoll Rocha, Francisco Souto Neto, Maria Luíza Kozicki, Osmar Chromiec; na 5ª foto, Maurício Ferreira, Layr Ferreira, Alcy Ramalho Filho, casal José Toaldo Filho.

Ilustração 50.

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Francisco Souto Neto aposenta-se.

ILUSTRAÇÃO 51 – Abaixo, único recorte: Na Galeria de Arte Banestado, final e reinício. Expressão & Arte – Souto Neto. Jornal Indústria & Comércio de 8 e 9.6.1991. Aparecem na foto: Ário Dergint, Nilza Procopiak, Domício Pedroso, Francisco Souto Neto, Vera Munhoz da Rocha Marques, Heron da Luz Trindade, Clarissa Lagarrigue. Teor da notícia:

 Na Galeria de Arte Banestado, final e reinício

[e minha aposentadoria]

No mês passado, o Conselho de Administração da Galeria de Arte Banestado de Curitiba concluiu mais uma etapa do seu trabalho em prol da cultura desta capital. Desde março de 1988 reuniu-se periodicamente, trabalhando por puro diletantismo, pois o Conselho não recebe remuneração, e traçou a linha de atuação daquele espaço ao organizar, todos os anos, o calendário das exposições para o período seguinte. O trabalho dos conselheiros foi brilhante sob todos os aspectos: eles realizaram exposições com artistas não comerciais, de vanguarda, e deram tanta atenção aos novos talentos quanto aos artistas já consagrados. As mostras da Galeria de Arte Banestado têm sido didáticas na medida em que escolas visitam o espaço e são monitoradas para que as crianças compreendam as obras expostas.

A foto que ilustra este artigo, feita no fim do ano passado por Alice Varajão, mostra, em pé, os conselheiros Ário Dergint (indicado pela UFPR), Nilza Procopiak (representante da APAP/PR), Domício Pedroso (indicado pelo presidente do Banestado, então Carlos Antonio de Almeida Ferreira) e o autor desta coluna (Francisco Souto Neto). Sentados: ao centro, Heron da Luz Trindade, presidente do Conselho, ladeado por Vera Munhoz da Rocha Marques e Clarissa Lagarrigue, administradoras da Galeria. Graças ao trabalho de Vera Marques foi que a Galeria Banestado tornou-se um ponto de encontro de artistas plásticos e intelectuais. Sem dúvida, a História das Artes Plásticas no Paraná haverá de registrar, com todos os seus méritos, o dedicado e importante trabalho desenvolvido naquela Galeria.

O novo presidente do Banestado, Heitor Wallace de Mello e Silva, já enviou convites às autoridades para que indiquem os novos membros do Conselho de Administração, cujo trabalho será facilitado pelos caminhos abertos pelos seus antecessores e por Vera e Clarissa, luzes humanas que iluminam aquele espaço cultural.

[Minha aposentadoria]

Vale acrescentar que também eu me afasto do Banestado, por aposentadoria. Foram décadas de trabalho, dezesseis anos das quais no cargo de Assessor de Diretor, os últimos deles acumulando as funções de Assessor da Presidência para Assuntos de Cultura. Sou, modéstia à parte, o recorde do Banestado de um funcionário num mesmo cargo de confiança, ininterruptamente, durante tantos e sucessivos governos e gestões. Saio com a felicidade de ter consolidado o Programa de Cultura do Banestado, com a esperança de vê-lo adentrar-se no milênio que se avizinha, com as suas galerias de arte multiplicadas (os estatutos das galerias, tais como os concebi, tornaram aqueles espaços mais democráticos e transparentes), o Museu Banestado (administrado por Maria Lúcia Gomes) vivo e atuante, e o Coral Banestado (coordenado por Amóz Camilo dos Santos), respeitado e forte. E também com a esperança de ver reiterado, por este e pelos próximos governos, o apoio à literatura, à música, ao teatro, ao cinema… Mais, ainda, de presenciar o SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos (agora, como todo o Programa de Cultura, regido por Maria Cristina Camargo) rumando às suas etapas futuras.

Quero aproveitar a oportunidade para agradecer aos meus amigos da imprensa, o inestimável apoio que sempre deram ao Programa de Cultura do Banestado, particularmente aos colunistas aqui mencionados em ordem alfabética: Alcy Ramalho Filho, Aramis Millarch, Calil Simão, Cláudio Manoel da Costa, Cláudio Seto, Dino Almeida, Edna Jankoski, Izza Zilli [Iza Zilli], Juril Carnasciali, Mary Schaffer, Renato Toniolo, Ricardo Rodrigues, Ruy Barrozo, Tucca, Wilde Martini e Wilson de Araújo Bueno.

Esses profissionais, divulgando eventos como o SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos, tornaram-no conhecido e colaboraram para que artistas plásticos revelados por tal certame fossem beneficiados em termos de imagem pública. Seguramente, se o SBAI conquistou espaço de destaque no Paraná, devo isto aos referidos jornalistas. A eles, o meu reconhecimento!

Ilustração 51.

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O 80º aniversário de Edith Barbosa Souto

ILUSTRAÇÃO 52 – Abaixo, recorte dividido em duas partes para caber nas páginas do álbum: IZZA – Correio de Notícias de 23.7.1991. Aparecem nas fotografias: na 1ª foto, Edith Barbosa Souto; na 2ª foto, Edith Barbosa Souto e Francisco Souto Neto; na 3ª foto, Edith Barbosa Souto e Ivone Souto da Rosa ao centro; à direita, Francisco Souto Neto filmando; ao fundo, Rossana Souto da Rosa com o bebê Marion Souto da Rosa Lemes ao colo, e também Dulci Col da Rosa e Regina Romano Bowles; na 4ª foto, Edith Barbosa Souto. Teor da notícia:

Dª Edith completou 80 anos

Edith Barbosa Souto comemorou o seu 80º aniversário entre familiares e os amigos mais íntimos. Viúva do jornalista Arary Souto, radicou-se em Curitiba em 1976, quando o filho com quem reside, Francisco Souto Neto, então inspetor geral do Banestado, veio para esta capital para assumir o cargo de Assessor de Diretoria do referido banco.

Em Ponta Grossa, onde ela residiu desde o final da década de 40, ela desenvolveu importantes serviços em prol da comunidade. Foi presidenta da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Deve-se a ela e Romilda Lange a transferência de recursos para o Hospital Erasto Gaertner de Curitiba, que lhe possibilitou a construção de uma nova ala.

Didi Doná publicou no Diário dos Campos (Ponta Grossa) de 26.10.1980 o seguinte texto: “A sra. Edith Barbosa Souto já esteve na presidência e é voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer. É a imagem da mulher espontânea, pródiga, autêntica. Ser é o essencial. Ser a esperança nos jardins exauridos. Ser a luz na estrada coberta de cardos. Ser a alegria nos caminhos sem flores. Ser pródiga nos sorrisos, iluminando o escuro mundo dos já cansados. A riqueza dos seus sentimentos fizeram-na perceber o longo caminho que separa o ser do ter. E num mundo tão carente ela é aquela que participa, trabalha, ajuda, acreditando que se cada um der um pouquinho só de si, como por exemplo cantar baixinho, o canto será grande e bonito”.

Em seu 80º aniversário, Edith Souto recebeu uma homenagem que conferiu um brilho especial à noite: o Coral Banestado surpreendeu-a com uma apresentação, cantando primeiro em frente ao prédio onde reside, depois no interior do apartamento. Uma justa homenagem!

Robert Jan Bowles fotografou.

1ª parte da Ilustração 52.

2ª parte da Ilustração 52.

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O 80º aniversário de Edith Barbosa Souto e a aposentadoria de Francisco Souto Neto

ILUSTRAÇÃO 53 – Abaixo, 1º recorte: Expressão & Arte – Souto Neto. Jornal Indústria & Comércio 27 e 28.7.1991. Aparecem na foto: Edith Barbosa Souto em seu 80º aniversário, ao lado da filha Ivone Souto da Rosa, ouvindo o Coral Banestado regido por Amoz Camilo dos Santos. À direita, meio atrás do lustre, Francisco Souto Neto filma a cena. Atrás do regente vê-se Rossana Souto da Rosa com o seu bebê (Marion Souto da Rosa Lemes) ao colo, que são neta e bisneta de Dona Edith. Teor da notícia: A difícil arte e o entusiasmo do canto coral [e o 80º aniversário de dona Edith Barbosa Souto]. Nada mais difícil, nestes dias que temos vivido, do que manifestações autênticas e desinteressadas da ars gratia artis. Pois o canto coral é um desses exemplos. E o primeiro dos exemplos que me vem à mente é o Coral Banestado, porque, composto por funcionários e não funcionários do banco oficial paranaense, tem conseguido manter uma impressionante atividade, apresentando-se em teatros, missas, praças públicas. Convidados por prefeituras municipais até de outros Estados da Federação, e também convocados pela própria empresa que os apoia, os componentes do Coral Banestado, incansáveis, apresentam-se à noite e em finais de semana, sacrificando as suas vidas particulares e os seus interesses pessoais, numa clara opção de “arte pela arte”, para levar a beleza, a música e o canto, isto é, a própria emoção, por toda parte. Comparo o referido Coral, no universo da arte, ao diletantismo daqueles que, no campo da solidariedade humana, trabalham silenciosa e anonimamente em prol dos menos favorecidos pela sorte. Daí, a importância do encontro verificado no dia 3 do corrente, entre a Sra. Edith Barbosa Souto (mãe de Francisco Souto Neto, o autor desta coluna) e os meus amigos que compõem o Coral Banestado. Esses meus amigos, em homenagem ao 80º aniversário de Edith Souto, cantaram, não na qualidade de “Coral Banestado” (que na gestão há pouco iniciada passou a apresentar-se somente em caráter oficial), mas na qualidade muito mais importante de meus convidados. Cantaram movidos pelos autênticos laços de amizade e de afeição que se sobrepõem às relações de trabalho que nós, num passado recente, mantivemos. A propósito, minha querida amiga Izza Zilli [Iza Zilli], na sua prestigiosa e conhecida coluna “Izza” (que também edita o tabloide dominical “Gente” no jornal Correio de Notícias) publicou, no dia 23 do corrente, o seguinte:“Edith Barbosa Souto comemorou o seu 80º aniversário entre familiares e os amigos mais íntimos. Viúva do jornalista Arary Souto, radicou-se em Curitiba em 1976 quando o filho com quem reside, Francisco Souto Neto, então inspetor geral do Banestado, veio para esta capital para assumir o cargo de Assessor de Diretoria do referido banco. Em Ponta Grossa, onde residiu desde o final da década de 40, ela desenvolveu importante serviço em prol da comunidade. Foi presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Deve-se a ela e Romilda Lange a transferência de recursos para o Hospital Erasto Guertner de Curitiba, que lhe possibilitou a construção de uma nova ala”. Izza também transcreveu Didi Doná, num texto publicado no jornal Diário dos Campos de Ponta Grossa, em 26.10.1980: “A sra. Edith Barbosa Souto já esteve na presidência e é voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer. É a imagem da mulher espontânea, pródiga, autêntica. Ser é o essencial. Ser a esperança nos jardins exauridos. Ser a alegria nos caminhos sem flores. Ser pródiga em sorrisos, iluminando o escuro mundo dos já cansados. A riqueza dos seus sentimentos fizeram-na perceber o longo caminho que separa o ser do ter. E neste mundo tão carente ela é aquela que participa, trabalha, ajuda, acreditando que se cada um der um pouquinho de si, como por exemplo cantar baixinho, o canto será grande e bonito”. O encontro dos diletantes da arte do canto coral com aquela que tem dedicado sua vida aos doentes e desamparados merece este registro. 2º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo. Jornal do Estado de 24.7.1991. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. 3º recorte: BAZAAR – Ruy Barrozo. Jornal do Estado de 11.8.1991. Aparece na foto: Francisco Souto Neto. Teor da notícia: “Depois de exercer a função de bancário durante 30 anos, dezessete dos quais no cargo de confiança de Assessor de Diretor, e nos últimos anos na qualidade de Assessor da Presidência do Banestado para Assuntos de Cultura, Francisco Souto Neto vê-se compelido a aposentar-se cumprindo normas internas do Banestado, oportunidade em que remeteu correspondência a esta coluna, agradecendo o apoio recebido, quando de sua atuação frente ao Banco”.

Ilustração 53.

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Francisco Souto Neto na Diretoria da AA-MAC/MIS.

ILUSTRAÇÃO 54 – Abaixo, recorte da coluna Dino Almeida. Gazeta do Povo de 8.8.1991. Aparecem na foto: Lylian Tamplim Vargas, Jaime Bernardo, Nadyegge Almeida, Nelson Ferri, Marisa Vilella, Francisco Souto Neto. Legenda da foto: “Na reunião de posse da diretoria da Associação de Amigos do MAC e MIS (Museu de Arte Contemporânea e Museu da Imagem e do Som): Lylian Vargas (presidente), Jaime Bernardo (conselheiro), Nadyegge Almeida (fundadora e diretora do MAC), Nelson Ferri (tesoureiro), Marisa Vilella (diretora do MIS e também fundadora da Associação) e Francisco Souto Neto (diretor secretário)”.

Ilustração 54. Na mesma página do álbum onde está o registro de Francisco Souto Neto na direção da Associação dos Amigos dos Museus de Curitiba, há uma fotografia (tirada pelo próprio Souto Neto) que documenta o dia da inauguração da Rua 24 Horas na capital do Paraná.

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Mensagem de Natal e de Ano Novo de Francisco Souto Neto.

ILUSTRAÇÃO 55 – Abaixo, recorte de Expressão de Arte. Jornal Indústria & Comércio de 23.12.1991. Aparecem na foto: Edith Barbosa Souto, rainha Elizabeth II, Francisco Souto Neto. Teor do texto:

  Este Natal [de 1991] e o ano de 1992

Expressão & Arte vai entrar no seu 5º ano de publicação. Nas páginas deste I&C desde 1988, esta coluna vem acompanhando as artes plásticas paranaenses e opinando sobre as exposições que acontecem principalmente em Curitiba.

Olhando para trás, sinto-me gratificado por ter percorrido galerias e salas de exposições durante todos estes anos, já que esse exercício intelectual me permitiu observar a caminhada e o processo de construção de centenas de artistas plásticos.

Refiro-me, neste espaço, quase que exclusivamente às artes plásticas, ainda que exepcionalmente, e quando haja razão que o justifique, também a respeito de outros assuntos.

No tocante às artes plásticas, não faço divulgação de eventos futuros, já que prefiro ir à exposição para depois escrever sobre a obra à mostra do público.

Muitas vezes peco por omissão, nas ocasiões em que recebo atenciosos convites aos quais não consigo corresponder, devido à falta de tempo para ver todas as exposições que acontecem em Curitiba.

Entretanto, este espaço permanece aberto às salas de exposições particulares e oficiais e, principalmente, para os artistas plásticos, tanto aos já consagrados que estejam expondo e mereçam comentários à obra em questão, quanto aos artistas iniciantes.  Aliás, sinto-me muito mais disposto a ver as exposições de artistas novos, talentosos, justamente aqueles que estão lutando pela conquista de espaços. Não foi por acaso que idealizei o SBAI – Salão Banestado de Artistas Inéditos. Bem a propósito, sempre achei que é preciso dar atenção e oportunidade aos novos talentos, àqueles aos quais as portas se abrem com maior dificuldade.

Vale ressaltar, e para esclarecimento de alguns leitores que me fizeram perguntas nesse sentido, que esta coluna Expressão & Arte sempre foi total e absolutamente independente. Nunca e jamais teve qualquer ligação com o Banestado, exceto pelo fato de que eu, seu autor, fui funcionário do Banestado durante 30 anos e estive no cargo de assessor da Diretoria durante cerca de 16 anos, os sete últimos na função paralela de assessor para Assuntos de Cultura e, de 1988 a 1991, ligado à vice-presidência, e depois à presidência do Banestado. Entretanto, mesmo quando era funcionário do referido Banco, fui sempre independente, com a mesma independência com que prossigo e que deu a Expressão & Arte a credibilidade que é por todos conhecida. E acrescento que esta é a mesma credibilidade que levou meu nome, através de parlamentares e amigos, e colegas de imprensa, ao então governador eleito Roberto Requião, como sugestão para ocupar a Pasta da Cultura do Paraná. Expressão & Arte entra, pois, no seu quinto ano neste jornal, e no terceiro na revista Charme.

O meu cartão de Natal

O meu cartão de Natal que ilustra este artigo, é dirigido a todos os meus leitores, aos amigos, e aos meus colegas deste I&C. Todos os anos, já tradicionalmente, crio um cartão para brincar com os amigos e, ao mesmo tempo, enviar-lhes mensagens natalinas de otimismo. Este ano, no meu cartão, eu desejo a todos que a prosperidade e a alegria não sejam “para inglês ver”, isto é, que não sejam somente de mentiras e ilusões, já que o momento nacional sob a presidência de Fernando Collor de Mello, e em todos os níveis, a alegria e a prosperidade são tão irreais quanto seria irreal recebermos a rainha da Inglaterra em nossa casa.

Não precisamos desejar demais… Basta apenas que o Palácio do Planalto erre menos, que a corrupção no mínimo diminua, que a truculência governamental [também do governo Roberto Requião] se desvaneça, e que os políticos faltosos tenham mais compostura, tudo isso associado a melhores recursos para a saúde, a educação e a cultura.

Feliz Natal e próspero 1992 a todos!

Ilustração original: “Que a prosperidade e a alegria no Brasil não sejam apenas para inglês ver”. Assinado: Edith Barbosa Souto, Elizabeth II e Francisco Souto Neto.

Ilustração 55.

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PARA ENCERRAR, SEGUE, ABAIXO, O REGISTRO DE 15 PÁGINAS DE ÁLBUNS QUE SINTETIZAM ALGUNS ACONTECIMENTOS DE 1991 NO DIA-A-DIA DE FRANCISCO SOUTO NETO:

ILUSTRAÇÃO 56 – A primeira viagem de Marion Souto da Rosa Lemes a Curitiba, aos cinco meses de idade.

Ilustração 56. Em maio de 1991 Ivone Souto da Rosa traz pela primeira vez a Curitiba sua neta, o bebê Marion Souto da Rosa Lemes, para visitar a bisavó Dª Edith Barbosa Souto.

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ILUSTRAÇÃO 57 – Olímpio Souto, irmão de Francisco Souto Neto, em seu apartamento em Nova York.

Ilustração 57.

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ILUSTRAÇÃO 58 – O 80º aniversário de Dª Edith Barbosa Souto.

Ilustração 58. Com sete meses, o bebê Marion Souto da Rosa Lemes é levado a Curitiba pela sua mãe Rossana Souto da Rosa, e pelos avós, para o 80º aniversário de sua bisavó Edith Barbosa Souto.

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ILUSTRAÇÃO 59 – O 80º aniversário de Dª Edith Barbosa Souto.

Ilustração 59. Edith Souto recebe o Coral Banestado.

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ILUSTRAÇÃO 60 – O 80º aniversário de Dª Edith Barbosa Souto.

Ilustração 60. Edith Souto recebe o Coral Banestado.

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ILUSTRAÇÃO 61 – O 80º aniversário de Dª Edith Barbosa Souto.

Ilustração 61.

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ILUSTRAÇÃO 62 – O 80º aniversário de Dª Edith Barbosa Souto.

Ilustração 62.

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ILUSTRAÇÃO 63 – Capas de três exemplares da  revista CHARME e as páginas assinadas por Francisco Souto Neto.

Ilustração 63.

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ILUSTRAÇÃO 64 – 48º aniversário de Souto Neto.

Ilustração 64.

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ILUSTRAÇÃO 65 – Souto Neto aos 48 anos.

Ilustração 65.

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ILUSTRAÇÃO 66 – As fases da criação do cartão de Natal.

Ilustração 66

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ILUSTRAÇÃO 67 – Algumas das colunas Expressão & Arte de 1991 e duas alegorias (fotomontagens) a respeito do Egito e da Turquia.

Ilustração 67.

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ILUSTRAÇÃO 68 – No dia do início da viagem à Europa, Ásia e África, 22.9.1991, Francisco Souto Neto despede-se de sua mãe Edith Barbosa Souto e da sobrinha Dione Mara Souto da Rosa, em Curitiba.

Ilustração 68.

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ILUSTRAÇÃO 69 – No dia seguinte, no Aeroporto de Guarulhos (São Paulo), Rubens Faria Gonçalves despede-se de sua prima Shirley Dattola, da irmã Roseli Luup e cunhado Edson “Papa” Luup, e dos sobrinhos.

Ilustração 69.

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ILUSTRAÇÃO 70 – Mapa com o roteiro da viagem de Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves.

Ilustração 70.

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ABAIXO, OS LINKS QUE LEVAM ÀS DESCRIÇÕES (CONTENDO FOTOS E ÀS VEZES PEQUENOS FILMES) FEITAS POR FRANCISCO SOUTO NETO NA SUA COLUNA “EXPRESSÃO & ARTE”, A RESPEITO DE UMA VIAGEM EM 1991 À EUROPA, ÁSIA E ÁFRICA, SOB OS SEGUINTES TÍTULOS:

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1 – “EXPRESSÃO & ARTE” VIAJA PELO MUNDO http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/03/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-21-e-22-set-1991-p-c1/

2 – NA FRANÇA, A ARTE DE VIVER BEM http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/07/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-5-e-6-out-1991-p-c1/

3 – A SUÍÇA NO SEU 7º CENTENÁRIO http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/07/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-14-out-1991-p-c6/

4 – PASSEANDO POR UMA ITÁLIA OUTONAL http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/09/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-21-out-1991-p-a14/

5 – TURQUIA, NOSSO PRIMEIRO PASSO NA ÁSIA http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/11/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-4-nov-1991-p-c3/

6 – ISRAEL: A HISTÓRIA REVIVE AQUI http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/11/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-28-out-1991-p-a13/

7 – NA ANTIGA TERRA DOS FARAÓS http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/13/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-18-nov-1991-p-c1/

8 – NA GRÉCIA, O AZUL DO CÉU E DO MAR http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/15/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-25-nov-1991-p-c2/

9 – NAVEGANDO A BORDO DO HOMERICUS http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/17/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-2-dez-1991-p-c1/

10 – AINDA NAVEGANDO PELAS ILHAS GREGAS http://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/21/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-9-dez-1991-p-c1/

11 – ALITALIA: DESCONTOS ENGANOSOS E FALTA DE ÉTICAhttp://fsoutoneto.wordpress.com/2012/07/23/expressao-arte-por-francisco-souto-neto-curitiba-23-dez-1991-p-c1/

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2 Comentários
  1. Dione Mara Souto da Rosa permalink

    Adorei as fotos da Mãe Edith. Salvei todas.

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  1. EXPRESSÃO& ARTE por Francisco Souto Neto. Curitiba, 5 a 7 dez. 1997, p. B3. | fsoutoneto – EXPRESSÃO & ARTE

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